“A sabedoria e a ignorância se transmitem como
doenças; daí a necessidade de se saber escolher as companhias.” William Shakespeare
Já
escrevi muitas vezes sobre este assunto nos últimos dez anos, mas nunca como
vítima da doença. Estar com dengue prostra, deixa seu corpo com baixa produção
de plaquetas, o que pode levar à morte sangrando pelos poros e internamente: um
horror. E nove em cada dez mortos tem mais de 60 anos, como eu e minha mulher, e sucumbem pobres ou celebridades, como o ator global Claudio
Marzo, tombado no interior de SP do PSDB, no ápice da epidemia, com dezenas de milhares
de vítimas.
Esse
arbovírus existe há milhões de anos, e é
descrito desde o Egito antigo. No Brasil, chegou com os navios negreiros-mais
uma sina para os negros, que sofrem neste País, além do preconceito e
desigualdade social, a moleza, manha
advinda da falta de saneamento em suas casas, e da falta de educação de
qualidade - usadas por este inimigo para ajuda-los a procriar e então atacar os
incautos – somos todos vítimas deste mal,
é produzido por um mosquito malevolente, o Aedes Aegypti, que infectado voa
sobre muros, e é uma verdadeira praga egípcia, reproduzida em água parada qualquer
lugar que junte água, seja num copinho no lixo, pneu velho ou e uma calha entupida. Vejam que
ele usa o lixo e a desordem como vantagem competitiva. É um forte. Um guerrilheiro vietnamita que consegue
proezas ao atacar na espreita, adversários milhares de vezes vezes maiores que
ele, e ganha sempre, ao contar com a parceria
do vírus, do qual é hospedeiro.
Todavia,
o que aconteceu com os protocolos de saúde pública que praticamente eliminaram filas de doentes em barracas de campanha armadas
em praças públicas da década passada?
O
tal contingenciamento de verbas do Ministério da Saúde em 2014, tirou os funcionários da vigilância
epidemiológica das ruas- eles iam de casa em casa, alertando moradores, e,
treinados, retiravam ninhos com larvas nos criadouros, cujo ciclo é rápido-
três a 10 dias, além de medirem o índice
de infestação-caso extrapolassem a meta, seja em bairros chiques(vizinhos podem
ser assassinos)ou, na periferia, os bichos ao voar, eram abatidos
pelo famoso fumacê, que não apareceu mais.
Em
minhas caminhadas diárias, conversava com estes agentes sanitário, e ficava
sabendo se subiu ou não, o índice, e, em que rua, que vizinho não permitia a
entrada para inspeção etc... Desde janeiro não mas os vi na minha rua.
Justamente na época que mais recrudesceu a epidemia, quando os protocolos foram
afrouxados, como nunca nos últimos 10 anos, pelo atual governo do PT desta
cidade- Um crime de responsabilidade.
Concluo
triste, pensando com meus botões sobre o aviso em epígrafe de - William Shakespeare -, esta foi a escolha
dos eleitores de Uberlândia, que precisam escolher melhor companhia, se não quiserem
morrer com as próximas cepas de vírus que estão chegando por aí, com cada nome,
que nem compensa falar pra não dar azar. Chô mosquito!Chô PT!
Jose
Carlos Nunes Barreto
Professor
doutor
debatef@debatef.com.br
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