domingo, 6 de setembro de 2015

Crimes de Guerra


“ A guerra é de vital importância para a Nação. É o domínio da vida ou da morte, o caminho para a sobrevivência ou a destruição.” Sun Tzu em “ A Arte da Guerra”

Ao refletir sobre os 12 anos do “nine eleven” americano, que mudou  o mundo contemporâneo, reli a obra em epígrafe, haja vista sua luz, que atravessa séculos –desde 960, a iluminar estratégias de empresas e governos, principalmente  após arqueólogos chineses encontrarem, em  1972, fragmentos do livro deste general chinês, que é o mais sábio tratado militar da humanidade. Segundo ele “um soberano não pode convocar o exército só por raiva, e um general não pode lutar apenas por vingança. Uma pessoa com raiva pode recuperar a serenidade, e o ressentido pode ser apaziguado, mas um estado  arruinado não se recupera, e os mortos- não podem retornar à vida”. Me lembro, então, que era esperado na Universidade de Miami, para um pós doutorado a ser orientado pelo “Chair Person” do 4º “ Simpósio internacional de sistemas e novas energias”  em Shangai na China, do qual participei com um artigo do meu doutorado na USP,e que terminou menos de 20 dias antes daquela tragédia de guerra- Inclusive a tempo de eu visitar NY e uma esplêndida biblioteca que ocupava os 3 primeiros andares do World Trade Center. Estávamos em agosto de 2001 e  até aquele momento, eu pensava que iria para Universidade de Miami em janeiro de 2002. Recebi, entretanto, logo após a retaliação americana, um e-mail do orientador recomendando que ficasse no Brasil, pois alguns de seus orientandos, com o mesmo perfil étnico que eu, estavam sendo levados para Guantánamo-sem julgamento. Era a Guerra.

Segundo Sun Tzu, 5  coisas são mandatórias quando se deseja prever o desfecho de uma guerra:  “O Caminho”, ou seja, a harmonia do governante com o povo; O Tempo(clima); O Terreno; A Liderança e as Regras. Segundo o mestre, numa guerra, é fundamental destruir os planos do inimigo. Depois destruir suas alianças, e por fim atacar suas tropas. Ele destaca que o ideal é vencê-lo sem combates, o que dá sentido ao recrudescimento da espionagem, pelo Estado americano e demais países avançados em tecnologia da informação, desnudada agora pelo escândalo,  posto a nu pelo herói Snowdem.

Em toda guerra, a primeira vítima, dizem, é a verdade. Acredito. Vejam nossa guerra política interna, entre o governo petista e a classe médica, lançando a população contra os médicos. É Crime em uma guerra, não cumprir as leis- e o governo Dilma não cumpre a leis do País ao tentar revalidar, a qualquer preço, a atuação de médicos cubanos como política de estado. Subordinando a Nação à política de saúde  dos Castros ditadores, ao invés de fazer aqui as revoluções na área médica, que o País necessita e tem pressa. Dilma agora é o Bin Laden que sempre sonhou ser. Esta medida é uma cunha para que outras desregulamentações aconteçam, e um míssil ou avião, em nosso arcabouço.

Ela foi gestada como estratégia de guerra- estava pronta há um ano, enquanto seu ministro Padilha “negociava” com nossas autoridades médicas-que são culpadas sim, por não terem resolvido a tempo a mudança do currículo médico, e por não terem pressionado o congresso por leis, que obrigassem nossos médicos recém- formados prestarem serviços em lugares ermos do Brasil. Todavia, inaceitável é, que um governo democrático não cumpra a Lei, e faça propaganda contra uma classe, para tirar proveito eleitoreiro. Finalizo  com as palavras do mestre Sun Tzu, e as envio  diretamente à Presidente e aos governos de seu partido “mensaleiro”: ”Um bom líder avança sem desejar glória, e se retira sem temer os castigos”. Vide o julgamento de Nuremberg e o da ação 470 ora no STF - O crime de guerra não compensa.

José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor e Presidente da Academia de Letras de Uberlandia(ALU-MG)

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