”De
tudo ficam três coisas:/A certeza de que estamos sempre começando,/A
certeza de que precisamos continuar,/A certeza de que
seremos interrompidos antes de terminar./Portanto, devemos fazer da interrupção
um caminho novo,/da queda, um passo de dança, do medo uma escada,/ Do sonho uma
ponte, da procura um encontro”(Fernando Pessoa).
Existem anos que nunca terminam: 1968 foi um
deles, e este escriba era um adolescente
à época da transformação
social empreendida pelos babyboomers com o woodstock, e a tríade sexo, drogas e rock em roll; 2001 com o evento
“ataque e destruição das torres gêmeas “foi
outro ícone, e, 2011-dez anos depois, com a crise econômica do mundo desenvolvido,
somado à primavera árabe, nos transmite a mesma sensação de que um novo tempo de mudanças apenas está iniciando.
Uma era de oportunidades e de mudanças que
nos colocam desafios como Nação, que
peço vênia ao leitor amigo para enumerar:
primeiro realizar um a revolução
educacional, segundo uma revolução
sanitária - em paralelo com a revolução sociológica e a partir de reformas estruturais que propiciarão a implantação da igualdade social,(as reformas
tributária, política e fiscal), pois não queremos repetir a Grécia de 2011. Em
terceiro seria desejável a construção de um marco de gestão ambiental no País, como
bechmarking para o mundo, aproveitando
nossas vantagens comparativas inatas. Sobre este tema é relevante lembrar a Rio +20 summit, que se realizará agora em 2012 com temas caros ao mundo como as
medidas necessárias para evitar maiores desastres climáticos com o aumento da
temperatura da Terra. Vale lembrar que a construção de Belo Monte vai em sentido contrário a este paradigma, haja
vista seu planejamento ter acontecido antes da agudização dos eventos do clima.
Uma obra cujos impactos sociais e ambientais sequer são conhecidos em sua
totalidade - e o debate que querem calar, deveria ter acontecido democraticamente antes
da tomada de decisão da construção.
Há também que que se Lutar
pela consolidação da reforma do judiciário não permitindo retrocessos no
controle externo deste poder pela
procuradoria do CNJ. Aplicar a lei ficha limpa, apesar do STF e de seu
casulo de mediocridade (“aos amigos tudo”) e espirito de corpo. Se quisermos poderemos fazer em cinco anos
principal revolução necessária ao
País, a educacional, e para tanto precisaremos de menos recursos e
energias do que estamos devotando à FIFA para realização da Copa de 2014: vide
os acordos ora realizados no Congresso Nacional
para votação de legislações específicas, muitas delas deletérias ao
arcabouço institucional e jurídico da Nação, como o favorecimento de stackholders de cervejarias através de venda de álcool em
estádios. A revolução sanitária a meu
ver é simples de ser feita, e junto com ela deixaríamos de gastar vários
bilhões de dólares ano com o SUS: basta
sanearmos as cidades brasileiras, construindo estações de tratamento de água e
esgoto além de aterros sanitários. Estas
metas estratégicas farão girar a economia e os resultados ficarão para sempre como marcos favoráveis às atuais e futuras gerações de
brasileiros, aos invés dos elefantes brancos que se converterão após a copa, vários
estádios de futebol agora em construção.
José
Carlos Nunes Barreto
Professor
doutor
debatef@debatef.com
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