O governo mais auto elogiado da história do País
saía, após tentar humilhar seus
antecessores com pretensas lições de governar. Daí veio a catástrofe de
Teresópolis e de Nova Friburgo, então, seu secretário de tecnologia foi obrigado
a confessar, no Congresso Nacional: ”Falamos muito e fizemos pouco” - No caso
do mapeamento de área de riscos, e fortalecimento da defesa civil nas áreas
atingidas, e em todo o País, esse pouco
foi quase nada. O ex - governador Garotinho, de muitos outros pecados, além de
coautor do atual estado da arte, divulgou em seu blog, que o governo federal disponibilizou 24 milhões de reais para serem
utilizados na remoção de moradores destas áreas, e o dinheiro foi desviado pelo
atual governador do Rio, para uma importante rede de televisão, na época da
campanha para reeleição. Onde o ministério
público? Porque ainda não foi usada polícia federal? Um crime como esse, se
comprovado, não poderia ficar sem punição, a fim de servir de exemplo para todos gestores da coisa pública que desviam
recursos do erário. São políticos vigaristas, como ensinava
Berttold Brech: por gastarem mal os escassos recursos da sociedade, geram como
consequência mortes, carestia, fome, prostitutas, menores abandonados, e futuros assaltantes.
Goebels, no
nazismo de Hitler, comprovou que uma
mentira falada muitas vezes, se transforma em verdade, e maquiavelicamente, o governo que terminou foi um às no assunto: Mensalão virou “golpe
das elites” mesmo com vasta documentação e condenação em andamento no STF. Outra
lorota: Abriu-se a porta da prosperidade, vendeu-se ilusões para o povão e até,
pasmem, para a elite que o elegeu como
guia. Desgraçadamente para os jovens, reforçando a “lei de Gerson” do menor
esforço, a megalomania, ao se julgar excepcionalmente melhor que os outros, sem
ralar em cima de projetos, de estudos e da
penosa preparação contra o que pode vir
de pior. Pobre Brasil. Não somos melhores que ninguém, temos uma argentina de
desvalidos, e precisamos investir muito em nossa gente para sairmos do
septuagésimo terceiro lugar em IDH, para algo próximo ao que somos como
economia, oitavo lugar. Isso só se faz com livros, professores, horas de estudo
e meritocracia, ou seja, ganha quem tem conhecimento, habilidades e atitudes
aprendidas. Nos últimos 5 anos, crescemos menos que a média da América Latina, e
os países pobres da Europa como Romênia,
Sérvia, Bulgária. Apesar disso, ao crescermos 7,5% em 2010, nos deparamos com o apagão de talentos
e de infraestrutura. E a perspectiva? Sem um grande projeto nacional de educação que englobe, da escola
primária à pós graduação, não teremos chance de brilhar nesta janela de oportunidade que se abre para
os próximos vinte anos.
Finalizando,
cada centavo do orçamento é sagrado e deveria
ser utilizado para a redenção desta escravidão moderna que nos oprime: Teremos
de importar, já, milhares de engenheiros, carpinteiros, pedreiros, pilotos de
avião e arquitetos, se quisermos
continuar a crescer, enquanto milhões de brasileiros que poderiam ocupar estes
postos de trabalho, permanecem no limbo. Não é triste?
José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor
debatef@debatef.com.br
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