Este é o tema do artigo científico que
apresento com meus alunos do oitavo período de administração, no terceiro
seminário de pesquisa do ENUTEC- encontro UNIUBE de Tecnologia. O objetivo
deste seminário é promover a participação de pesquisadores, professores, alunos
de graduação e pós graduação, no esforço de publicar seus experimentos e
revisões bibliográficas num ambiente próprio, onde há expositores de novas
tecnologias, professores convidados com expertises de notória especialização,
além do mercado que participa buscando talentos e inovações. Peço vênia para
dividir com o leitor amigo, a sequência
utilizada para chegar a este momento especial na vida destes alunos, que vão
agora em direção ao futuro. Tudo começou com a disciplina que lhes apresento no
último semestre do curso de Administração: “Análise e elaboração de projetos”
que tem como finalidade gerar a competência gerencial para o aluno criar, operar
e gerenciar projetos, utilizando a tecnologia PMI/PMBoK reconhecida em qualquer
parte do mundo. Iniciamos o semestre com um brainwriting 6-3-5, ou seja um toró
de idéias escrito em papel pelas equipes
com seis participantes. Cada membro pode
apresentar até 3 idéias em até 5 minutos em uma roda. Ao sinal do facilitador,
passam o papel para o participante da direita, e cada membro tem acesso às
idéias do companheiro do lado, de forma que todos tenham conhecimento das propostas
do grupo, quando muitos “absurdos” à
primeira vista, se revelam grandes inovações após implementações. E foi o que aconteceu com
“Conhecer o Futuro” - projeto voltado para jovens carentes de 13 a 17 anos, que tem como objetivo fazer
palestras e visitas técnicas nas áreas
sonhadas como possíveis profissões para esses adolescentes. Aqueles que querem
ser médicos, ouvem palestras de
médicos convidados e que doam seu tempo
à causa. O mesmo acontece com engenheiros, juízes, geólogos, padres etc... Após
este encontro, são disponibilizados ônibus com facilitadores que levam os
interessados para visita técnica em sua área desejada, e no projeto há o
controle posterior dos estudos e avanços dos meninos e meninas, envolvidos neste
processo. Na contextualização do projeto, está colocada a carência de mão de
obra qualificada no País, o que tem gerado importação de cérebros, enquanto nossos
jovens permanecem desempregados ou sub empregados por não terem as habilidades
e atitudes necessárias para atuar no
mercado. O caso da engenharia é gritante: em 1992- quando atuei como chefe da
assessoria técnica do CONFEA, em Brasília- o problema era a falta de
oportunidade para engenheiros: vivíamos então a “década perdida”. Hoje este
órgão libera por ano cerca de 20000 vistos de trabalho em áreas tecnológicas
para indianos, chineses, argentinos e
profissionais de toda parte do mundo, sem os quais o País não conseguiria
crescer. Nossa elite dirigente, infelizmente, deixou no limbo a juventude do Brasil
e somos obrigados a dar os melhores empregos para pessoas de outros países.
O Projeto “Conhecer o Futuro”- faz análise
técnico econômico financeira e comprova ser viável. Usa a ferramenta MS PROJECT
que delimita o caminho crítico de execução, e tem uma relação custo - benefício
excelentíssima, por resgatar a um custo baixo (graças à Deus e ao voluntarismo),
o futuro de nossos jovens, filhos e filhas do Brasil.
José
Carlos Nunes Barreto
Professor
doutor
debatef@debatef.com.br
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