“Longa é a arte/ Breve é a
vida”
Tom Jobim
A tecnologia do
etanol ocupou corações e mentes na semana que passou. Bush veio. Ficou 24 horas
e trouxe com ele um exército. O macaco Simão afirmou na “Folha” que isto
foi uma invasão. Concordo. Em todos os sentidos, inclusive no da privacidade.
Pessoas em pleno século 21 ficaram em SP sem poder sair de casa por horas, em
virtude da passagem da comitiva do imperador da “pax americana”. Outros tiveram
prejuízos de diversas formas. Restaurantes, profissionais liberais, médicos, artistas,
com suas vidas paralisadas por alguém que tem nas mãos uma máquina de mentir e
sensibilizar: A arte de Holyood. Desta vez eu e Chavez estamos do
mesmo lado: Bush veio nos dar uma esmola e, subservientes aceitamos. Chavez
exporta petróleo com tarifa cheia, e nós continuaremos sendo sobretaxados em
0,14 dólares o litro de etanol, para não “prejudicar” os produtores americanos
até 2009. Bush que é sócio de empresas petrolíferas está ligado até a alma com
os barões sauditas do petróleo e com o aquecimento do climático - um vilão.
Mandou fazer a guerra do Iraque, para atender inclusive a seus interesses
empresariais. Porque ele estaria interessado em nosso etanol de cana de açúcar
se as pesquisas de sua bilionária área de C&T em breve lançarão o etanol de
baixo custo oriundo de qualquer biomassa, inclusive capim? Estaria o Sr.
Bush tentando ganhar tempo?
Desde Alexandre
- o grande, os impérios só movem o imperador quando se vêem ameaçados. Foi daí
que começou o uso de “estratégias de marketing”, o uso da mentira como
política de estado para engrupir povos conquistados. Ao cunhar moedas com seu
rosto, e espalhar estátuas nas terras conquistadas, aliadas a divulgação de
vitórias antecipadas, completava sua dominação. Mais a frente já na “pax
romana” Augustus seguiu a mesma linha. Conseguiu reunificar Roma, 43 AC
conquistando os republicanos com uma falsa mensagem (em estátuas) de humildade,
despojo, e cidadania. Mentira que inaugurou uma ditadura de 400 anos com tudo
ao contrário do que pregou. (Alguma semelhança com o PT de Lula?). A arte nas
moedas e estátuas foram usadas para mentir e iludir como fazem as
“campanhas de marketing” de Odelmo, Lula, Chavez, Stalin, do PC chinês, de
Hitler, e de tantos ocupantes do poder, quantos formos analisar.
Interessante notar que de todos, Hitler foi o mais eficiente. Gostava de
arquitetura, de quadros caros e relíquias que saqueava após invadir nações.
Chegou ao absurdo matar a influente classe média judia, com a complacência de
toda sociedade alemã, dita cristã, mas anestesiada pela propaganda feita para
iludir a todos utilizando a arte escrita, falada, esculpida e musicada. Dizer
que pessoas eram piores que animais e por isso teriam que ser primeiramente e
sorrateiramente afastadas do convívio social. Depois eliminadas como animais
peçonhentos. E todo mundo acreditar, salvo alguns “loucos” gritando no deserto?
Finalizando e voltando para a tal visita, o que precisamos fazer é investir
pesadamente nesta nossa tecnologia, inclusive com planejamento estratégico para
área de cultivos. Mercados já têm na EU, JP e no USA – que quer taxem ou não
terão de nos engolir! E para mim já chega: Fora Bush!
José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor
debatef@debatef.com
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