quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Lembrando o “fora Bush”!


“Longa é a arte/ Breve é a vida”  
Tom Jobim

A tecnologia do etanol ocupou corações e mentes na semana que passou. Bush veio. Ficou 24 horas e trouxe com ele um exército.  O macaco Simão afirmou na “Folha” que isto foi uma invasão. Concordo. Em todos os sentidos, inclusive no da privacidade. Pessoas em pleno século 21 ficaram em SP sem poder sair de casa por horas, em virtude da passagem da comitiva do imperador da “pax americana”. Outros tiveram prejuízos de diversas formas. Restaurantes, profissionais liberais, médicos, artistas, com suas vidas paralisadas por alguém que tem nas mãos uma máquina de mentir e sensibilizar: A arte de Holyood.  Desta vez  eu e Chavez estamos do mesmo lado: Bush veio nos dar uma esmola e, subservientes aceitamos. Chavez exporta petróleo com tarifa cheia, e nós continuaremos sendo sobretaxados em 0,14 dólares o litro de etanol, para não “prejudicar” os produtores americanos até 2009. Bush que é sócio de empresas petrolíferas está ligado até a alma com os barões sauditas do petróleo e com o aquecimento do climático - um vilão. Mandou fazer a guerra do Iraque, para atender inclusive a seus interesses  empresariais. Porque ele estaria interessado em nosso etanol de cana de açúcar se as pesquisas de sua bilionária área de C&T em breve lançarão o etanol de baixo custo oriundo de qualquer biomassa, inclusive capim? Estaria o Sr.  Bush tentando ganhar tempo?

Desde Alexandre - o grande, os impérios só movem o imperador quando se vêem ameaçados. Foi daí que começou o uso de “estratégias de marketing”,  o uso da mentira como política de estado para engrupir povos conquistados. Ao cunhar moedas com seu rosto, e espalhar estátuas nas terras conquistadas, aliadas a divulgação de vitórias antecipadas, completava sua  dominação. Mais a frente já na “pax romana” Augustus seguiu a mesma linha. Conseguiu reunificar Roma, 43 AC conquistando os republicanos com uma falsa mensagem (em estátuas) de humildade, despojo, e cidadania. Mentira que inaugurou uma ditadura de 400 anos com tudo ao contrário do que pregou. (Alguma semelhança com o PT de Lula?). A arte nas moedas e  estátuas foram usadas para mentir e iludir como fazem as “campanhas de marketing” de Odelmo, Lula, Chavez, Stalin, do PC chinês, de Hitler, e de  tantos ocupantes do poder, quantos formos analisar. Interessante notar  que de todos, Hitler foi o mais eficiente. Gostava de arquitetura, de quadros caros e relíquias que saqueava após invadir nações. Chegou ao absurdo matar a influente classe média judia, com a complacência de toda sociedade alemã, dita cristã, mas anestesiada pela propaganda feita  para iludir a todos utilizando a arte escrita, falada, esculpida e musicada. Dizer que pessoas eram piores que animais e por isso teriam que ser primeiramente e sorrateiramente afastadas do convívio social. Depois eliminadas como animais peçonhentos. E todo mundo acreditar, salvo alguns “loucos” gritando no deserto? Finalizando e voltando para a tal visita, o que precisamos fazer é investir pesadamente nesta nossa tecnologia, inclusive com planejamento estratégico para área de cultivos. Mercados já têm na EU, JP e no USA – que quer taxem ou não terão de nos engolir! E para mim já chega: Fora Bush!

José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor
debatef@debatef.com

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