quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Carta Aberta ao STF


Já escrevi várias vezes sobre a importância do STF haver julgado e condenado os ladrões petistas do mensalão e, que se deveria fazer o mesmo com os meliantes tucanos mineiros, que inventaram tal delito. Todavia, peço vênia a Vossas Excelências para, voltando ao assunto, registrar minha indignação com o julgamento dos embargos infringentes da ação 470, que livraram os apenados de pagar pelo crime de formação de quadrilha. E o que é quadrilha? No wikipédia, significa:” bando, associação criminosa ou gangue - denominações atribuídas a um grupo de pessoas, que tem por objetivo praticar crimes, ou atividades consideradas ilegais em determinado ordenamento  jurídico...”

Ora Senhores, dizer que o maior esquema de corrupção da história deste País, que se reunia dentro do palácio do Planalto para achacar empresários e desviar dinheiro público, não tinha esse fim, é querer enganar os brasileiros e despistá-los acerca da forma como foram indicados os novos postos de ministro deste tribunal. Triste País cujos dirigentes se reúnem na calada da noite, para trocar a composição da suprema corte com o único intuito de livrar criminosos, que a história haverá de enterrar como ladrões. O Brasil não merecia isto. Um processo empobrecedor de valores tão caros ao futuro de qualquer país - a meritocracia, a justiça como última instância para fazer acontecer à cidadania de um povo.
Está escrito: “Bem aventurado o homem cuja força está em Ti; em cujo coração se encontra os caminhos aplanados, o qual, passando em vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva”, salmo 84 de David. Um coração aplanado é aquele que promove a justiça aqui na terra, já que a justiça divina é certa, e colocará os bodes a arder em suas consciências ad eternum – e este é o inferno, de Dan Brown, ou não.

Alerto a Suas Excelências para que levantem os olhos para o mundo a sua volta. Observem as barricadas de Kiev. Vejam as ruas de Paris ou do Rio de Janeiro.  As revoluções das multidões contra injustiças estão construindo a história contemporânea e, data vênia, os Senhores não poderão se esconder para sempre debaixo de suas negras togas e em caros palácios. Como “marias antonietas” do presente, serão decapitadas pelo avanço dos fatos, que farão a nova ordem prevalecer, onde não   mais aceitaremos que existam dois tipos de decisões judiciais,  a dos ricos e aboletados em altos postos da sociedade,  e a dos pretos e pobres que representam a  maioria.

Apesar disso, não apoiamos a violência como a do MST - braço armado e financiado do petismo, que esteve a ponto de invadir e quebrar este palácio, agora feito inútil. Contudo, a mesma história ensina que toda insensibilidade no poder será castigada, e isto também vale, é claro, para o executivo e o legislativo.

Concluo, deplorando o vale árido pelo qual os brasileiros atravessamos, buscando homens sábios e com coração aplanados, e ainda assim, como um simples escriba, feito portador desta missiva, lembrar aos ilustres juristas que só a fé  faz de Deus a  nossa força,  capaz de gerar bem aventuranças e paz social à Nação, como as bênçãos esverdeadas de uma primeira chuva. Que Ele nos Guie.

José Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor e Presidente da ALU- Academia de Letras de Uberlândia-MG

debatef@debatef.com

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