Já escrevi várias
vezes sobre a importância do STF haver julgado e condenado os ladrões petistas
do mensalão e, que se deveria fazer o mesmo com os meliantes tucanos mineiros,
que inventaram tal delito. Todavia, peço vênia a Vossas Excelências para, voltando
ao assunto, registrar minha indignação com o julgamento dos embargos
infringentes da ação 470, que livraram os apenados de pagar pelo crime de
formação de quadrilha. E o que é quadrilha? No wikipédia, significa:” bando, associação criminosa ou gangue
- denominações atribuídas a um grupo de pessoas, que tem por objetivo praticar crimes,
ou atividades consideradas ilegais em determinado ordenamento jurídico...”
Ora Senhores, dizer que o maior esquema de corrupção da história deste País, que se reunia dentro do palácio do Planalto para achacar empresários e desviar dinheiro público, não tinha esse fim, é querer enganar os brasileiros e despistá-los acerca da forma como foram indicados os novos postos de ministro deste tribunal. Triste País cujos dirigentes se reúnem na calada da noite, para trocar a composição da suprema corte com o único intuito de livrar criminosos, que a história haverá de enterrar como ladrões. O Brasil não merecia isto. Um processo empobrecedor de valores tão caros ao futuro de qualquer país - a meritocracia, a justiça como última instância para fazer acontecer à cidadania de um povo.
Está escrito: “Bem aventurado o
homem cuja força está em Ti; em cujo coração se encontra os caminhos aplanados,
o qual, passando em vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a
primeira chuva”, salmo 84 de David. Um coração aplanado é aquele que promove a
justiça aqui na terra, já que a justiça divina é certa, e colocará os bodes a
arder em suas consciências ad eternum – e este é o inferno, de Dan Brown, ou
não.
Alerto a Suas
Excelências para que levantem os olhos para o mundo a sua volta. Observem as
barricadas de Kiev. Vejam as ruas de Paris ou do Rio de Janeiro. As revoluções das multidões contra injustiças
estão construindo a história contemporânea e, data vênia, os Senhores não
poderão se esconder para sempre debaixo de suas negras togas e em caros palácios.
Como “marias antonietas” do presente, serão decapitadas pelo avanço dos fatos,
que farão a nova ordem prevalecer, onde não mais
aceitaremos que existam dois tipos de decisões judiciais, a dos ricos e aboletados em altos postos da
sociedade, e a dos pretos e pobres que
representam a maioria.
Apesar
disso, não apoiamos a violência como a do MST - braço armado e financiado do petismo,
que esteve a ponto de invadir e quebrar este palácio, agora feito inútil. Contudo,
a mesma história ensina que toda insensibilidade no poder será castigada, e
isto também vale, é claro, para o executivo e o legislativo.
Concluo,
deplorando o vale árido pelo qual os brasileiros atravessamos, buscando homens
sábios e com coração aplanados, e ainda assim, como um simples escriba, feito
portador desta missiva, lembrar aos ilustres juristas que só a fé faz de Deus a nossa força, capaz de gerar bem aventuranças e paz social à
Nação, como as bênçãos esverdeadas de uma primeira chuva. Que Ele nos Guie.
José Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor e Presidente da
ALU- Academia de Letras de Uberlândia-MG
debatef@debatef.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário