quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Veja o que mudou desde 2005 Sierra Maestra e Sun Tzu



“Aprenda a lutar”
   Sun Tzu

O senador e ex-ministro da educação Cristovam Buarque, escrevendo artigo sobre educação no jornal Valor Econômico de 7/01/2005 demonstra que apenas 1,09% do orçamento de 683 bilhões da república são necessários para se fazer uma revolução educacional no Brasil, 12o economia do mundo. Segundo o professor- senador o Brasil é um dos raros países com maioria de população de baixa renda em  que o PIB e a carga fiscal já permitem a realização de um choque de políticas públicas para superar a exclusão social. Ivan Santos, meses atrás em editorial do CORREIO, destacou as migalhas do orça mento da União–6 bilhões de reais- para o “bolsa–esmola”, que caem da mesa do banquete de 147 bilhões de reais pagos religiosamente à banca internacional. A sobra, primeiro é disputada a unhas e dentes pelos representantes dos falcões de  nossas elites nos parlamentos. A revista veja de12/02/2005 mostra a revolução que a educação básica fez no PIB da Coréia do sul. Eis o ponto, também destacado na revista Carta Capital de 29/12/2004 por Gustavo Ioschpe: A educação básica é o nó que precisa ser desatado. A repetência passa de 20% ao ano, a evasão faz com que 2,5 milhões de alunos/ano deixem a escola todo ano. Os resultados do sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) mostram que mais  da metade das crianças de quarta série estão em nível crítico ou muito crítico. Só um quarto da população brasileira  consegue ler e entender uma notícia de jornal ou realizar operações aritméticas concatenadas. Em suma enquanto o mundo entra na era do conhecimento, nós mal conseguimos alfabetizar. Porque isso acontece? Impossível falar de alunos sem olhar de perto seus professores e estes não consegue transmitir conhecimentos porque eles mesmos não os têm em nível necessário. Não discutiremos a tão decantada questão do salário, já que empiricamente estudos mostram não existir relação significativa entre ele é a performance dos alunos.(deixo claro a indignidade do salário da maioria de professores deste país). O que realmente “pega” é a falta da educação de base para os futuros professores, além da parca existência de cursos de magistério que burilem competências técnicas e desestimulem a forte carga ideológica do professorado nacional- uma questão de foco. Ainda segundo Ioschpe (autor de “A ignorância custa um mundo-o valor da Educação no Desenvolvimento do Brasil”-ed.W11-2004)é necessário instituir incentivos que premiem a qualidade, além de desmontar as conexões políticas que nomeiam diretores, e que por isso não utilizam ferramentas de avaliação da Qualidade(como é feito em  empresas que conseguem chegar à excelência) para não  desagradar seus professores-eleitores, os quais preferem culpar pelo seu fracasso o capitalismo, o governo, ou  pasmem, seus próprios alunos!

No século passado Fidel Castro fez uma revolução em Cuba, gostemos ou não dela. Concordo com o senador: nossa  Sierra Maestra está nas comissões de orçamento dos parlamentos federal, estadual e municipal. Você já aprendeu a lutar?

José Carlos Nunes barreto
Professor Doutor

nunesbarreto@debatef.com
     


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