“A guerra é
de vital importância para a Nação. É o domínio da vida ou da morte, o caminho
para a sobrevivência ou a destruição”. Sun Tzu em “A Arte da Guerra”.
Ao
refletir sobre os 12 anos do “nine eleven” americano, que mudou o mundo
contemporâneo, reli a obra em epígrafe, haja vista sua luz, que atravessa
séculos, a clarear estratégias de empresas e governos, principalmente após
arqueólogos chineses encontrarem, em 1972, fragmentos do livro deste general
chinês, autor do mais sábio tratado militar da humanidade. Segundo ele “um
soberano não pode convocar o exército só por raiva, e um general não pode lutar
apenas por vingança. Uma pessoa com raiva pode recuperar a serenidade, e o
ressentido pode ser apaziguado, mas um Estado arruinado não se recupera, e os
mortos- não podem retornar à vida”. Lembro-me, então, que era esperado na
Universidade de Miami, para um pós-doutorado a ser orientado pelo coordenador
do 4º “Simpósio internacional de sistemas e novas energias” em Shangai na China,
do qual participei. Estávamos em agosto de 2001 e até aquele momento, eu
pensava que iria para Universidade de Miami em janeiro de 2002. Recebi, entretanto,
logo após a retaliação americana, um e-mail do orientador recomendando que ficasse
no Brasil, pois alguns de seus orientandos, com o mesmo perfil étnico que eu estavam
sendo levados para Guantánamo-sem julgamento. Era a Guerra.
Segundo
Sun Tzu, 5 coisas são mandatórias quando
se deseja prever o desfecho de uma guerra: “O Caminho”, ou seja, a harmonia do governante
com o povo; O Tempo(clima); O Terreno; A Liderança e as Regras(Leis). Segundo o
mestre, numa guerra, é fundamental destruir os planos do inimigo. Depois
destruir suas alianças, e por fim atacar suas tropas. Ele destaca que o ideal é
vencê-lo sem combates, o que dá sentido ao recrudescimento da espionagem, pelo
Estado americano e demais países avançados em tecnologia da informação, desnudada
agora pelo herói Snowdem.
Em
toda guerra, a primeira vítima, dizem, é a verdade. Acredito. Vejam nossa
guerra política interna, entre o governo petista e a classe médica, lançando a população contra os médicos. É crime em uma
guerra, não cumprir regras- e o governo Dilma não cumpre as leis do País ao
tentar revalidar, a qualquer preço, a atuação de médicos cubanos como política
de estado. Subordinando a Nação à política de saúde dos Castros ditadores, ao
invés de fazer aqui as revoluções na área médica, que o País necessita e tem
pressa. Dilma agora é o Bin Laden que sempre sonhou ser, pois esta medida é uma
cunha para que outras desregulamentações aconteçam. É um míssil ou avião
lançado em nosso arcabouço jurídico- profissional.
Ela
foi gestada como estratégia de guerra (estava pronta há um ano), enquanto seu
ministro Padilha “negociava” com nossas autoridades médicas que são culpadas, sim,
por este estado da arte: por não terem mudado com o MEC o currículo da medicina,
por não terem pressionado o Congresso por leis que obrigassem nossos médicos recém-
formados, a prestarem serviços em lugares ermos do Brasil. Todavia, inaceitável
é, que um governo democrático não cumpra a Lei, e faça propaganda contra uma
classe, para tirar proveito eleitoreiro.
Finalizo
com as palavras de Sun Tzu, e as envio para reflexão da Presidente e dirigentes
de seu partido: “Um bom líder avança sem desejar glória, e se retira sem temer
os castigos”. Vide o julgamento do nazismo em Nuremberg e o da ação 470 do
mensalão petista, ora no STF: o crime de guerra não compensa.
José Carlos
Nunes Barreto
Professor
doutor e Presidente da Academia de Letras de Uberlandia(ALU-MG)
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