domingo, 21 de junho de 2015

Estava Escrito


“ Amor da minha vida /Daqui até a eternidade/Nossos destinos/
Foram traçados/Na maternidade”(Cazuza)

Dois mistérios me fascinam. Sim, dois entre muitos: O cumprimento de profecias e a essência do amor. E de repente lendo as Escrituras Sagradas, descobri que são dons espirituais. O destino que às vezes maltrata, e outras vezes dá alegrias, pode ser previsto por profetas. Alguns ainda estão entre nós. Outros já se foram, e anos depois seus oráculos são desvendados um a um para espanto  dos incrédulos. As profecias são segundo Paulo, aos Corintios, recomendadas como um dom superior e devem ser buscadas porque edificam a igreja. Conheço pessoas com o dom de antever desastres. Sonham e interpretam sonhos que são avisos. Profetas modernos, os cientistas John Naisbitt e Patrícia Aburder publicaram pela editora Amana Key o livro “Mega Trends 2000 : Revelando As Mega Tendências do Séc XXI”. Ainda na década de 80. São elas:*a economia global em explosão a partir dos anos 90;*Um renascimento das artes;*A emergência do socialismo de mercado;*Estilos de vida globais e nacionalismo cultural;*A privatização do Well Fare State;*A ascensão dos países do Pacífico;*A era da biologia;*A década das mulheres liderando;* O renascimento religioso no novo milênio; e *O triunfo do indivíduo.

Contudo sigo as orientações de Paulo no cap.13 aos coríntios. Dentre todos os dons, o de suprema excelência é o amor, cujo poema na íntegra foi popularizado na música de Renato Russo: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine (vazio)”.

E ainda que tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda ciência, e ainda que tivesse tamanha fé que transportasse os montes para o mar (poder ilimitado), se não tivesse amor nada seria.

E ainda que distribuísse toda minha fortuna para o sustento dos pobres (Extremo da responsabilidade social).E ainda que entregasse meu corpo para ser queimado(mártir por causa nobre),se não tivesse amor nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno, não é invejoso; O amor não se porta com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (suprema utopia de que carece a humanidade).

O amor nunca falha, mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas cessarão; havendo ciência, desaparecerá.

Este hino ao amor estava escrito em pergaminhos. Hoje poetas modernos o fazem em blogs, Okuts e acordes. Como Nelson mota na canção cantada por Lulu Santos: ”Não existiria` som senão/Houvesse o silêncio/Não haveria luz senão/Fosse a escuridão[...] Eu te amo calado/Como se fosse uma/ Sinfonia/De silêncio e de luz.

Ou Carlos Rennó: “Signo do destino/que surpresa /Ele nos preparou/meu amor nosso amor estava escrito nas estrelas/ Tava sim. Para os críticos deste estilo, poderia parafrasear Vinícius de Moraes: “Canto porque o momento “exige” e minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste. Sou poeta”. Vivendo um grande amor há 31 anos, homenageio minha mulher Maria Terezinha.

José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor
debatef@debatef.com


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