domingo, 21 de junho de 2015

Gestão Educacional



“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito. É um hábito”. Aristóteles

Costumo dar aulas parra 20~30 alunos. Porém quando escrevo um artigo( e fico feliz  por você me honrar com esta leitura) ,no mínimo 5000 pessoas podem lê-lo, e também aprender alguma coisa. E isto é maravilhoso. Hoje, mais uma vez vou abordar uma ferramenta da qualidade que está fazendo falta nas escolas do Brasil e também na gestão de seu espaço aéreo em pleno apagão: o ciclo PDCA ou roda de Deming.-primeiro planejar, depois realizar o que planejou ,checar (ou auditar) e por último agir para melhorar por meio de plano de ação. Trata-se de uma ferramenta, que se usada, proporciona melhoria contínua nos processos. O que é um processo? é uma sequência de passos para se obter um bem ou serviço de acordo com a especificação da parte interessada - o cliente. Quando se faz um café para as visitas, pode-se ilustrar muito bem o que é um processo. Primeiro coloca-se a água no fogo. Mas que quantidade? Depende do número de pessoas. Usa-se este indicador para não haver desperdício de água, pó e energia. Desperdiçar para quê? depois de colocar a quantidade exata de pó, despeja-se a água quente sobre o mesmo. Servir quente. Um belo sorriso de anfitriã (o) completa o processo.  Que é um sucesso em fito ativos, pois fazem o papo seguir lívido e o relacionamento quente como o café servido.

O número de escolas particulares superiores e médias no Brasil cresceu exponencialmente com a entrada de jovens brasileiros em busca do conhecimento. E isto é uma coisa boa. O que não é bom é a crise que se avizinha em virtude da má gestão e da mudança de perfil dos alunos-agora muito mais pobres e sem condição de pagar os 100 dólares mínimos exigidos de mensalidade. Uma série de fusões está sendo esperada. Muitas instituições deixarão de existir e colocarão a culpa na inadimplência. Mas como explicar que para algumas empresas educacionais ela está na ordem de 0,3~0,8% e em outras em 10~30%?Como qualquer empresa de varejo, elas deveriam “pesquisar o cliente”. E não é o que vem acontecendo no segundo caso. A realidade do mercado fará o ajuste. Demissões em massa de mestres e doutores assim que os cursos forem reconhecidos pelo MEC. Um verdadeiro desperdício de capital humano. Mas o que fazer? Os salários representam até 60% dos custos. Se somarmos cerca de 25% de impostos, sobram 15% para serem  gastos com investimentos e  despesas correntes, e se há inadimplência  esta conta passa em muito de 100%.Dívidas trabalhistas  completam o quadro desolador. Um verdadeiro desastre como o do legacy- gol. Mas também didático para evidenciar que não adianta fazer aeroportos bonitos, escolas idem,  sem considerar uma parte crucial na gestão : o planejamento estratégico. E a exemplo das empresas de varejo ( 500) que pesquisamos pelo SEBRAETEC-expansões são feitas , sem cuidar do capital humano, do clima organizacional. De que adianta estes impecáveis aeroportos, se os operadores estão em frangalhos? E estas escolas de prédios pomposos, se a alma delas -os professores e os alunos( a parte interessada) estão insatisfeitos ?Um tsunami vem aí. É  preciso estar em lugar alto.

José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor

debatef@debatef.com.br

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