“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência,
portanto, não é um feito. É um hábito”. Aristóteles
Costumo dar aulas parra
20~30 alunos. Porém quando escrevo um artigo( e fico feliz por você me honrar com esta leitura) ,no
mínimo 5000 pessoas podem lê-lo, e também aprender alguma coisa. E isto é
maravilhoso. Hoje, mais uma vez vou abordar uma ferramenta da qualidade que
está fazendo falta nas escolas do Brasil e também na gestão de seu espaço aéreo
em pleno apagão: o ciclo PDCA ou roda de Deming.-primeiro planejar, depois
realizar o que planejou ,checar (ou auditar) e por último agir para melhorar
por meio de plano de ação. Trata-se de uma ferramenta, que se usada,
proporciona melhoria contínua nos processos. O que é um processo? é uma
sequência de passos para se obter um bem ou serviço de acordo com a
especificação da parte interessada - o cliente. Quando se faz um café para as
visitas, pode-se ilustrar muito bem o que é um processo. Primeiro coloca-se a
água no fogo. Mas que quantidade? Depende do número de pessoas. Usa-se este
indicador para não haver desperdício de água, pó e energia. Desperdiçar para
quê? depois de colocar a quantidade exata de pó, despeja-se a água quente sobre
o mesmo. Servir quente. Um belo sorriso de anfitriã (o) completa o
processo. Que é um sucesso em fito
ativos, pois fazem o papo seguir lívido e o relacionamento quente como o café
servido.
O número de escolas
particulares superiores e médias no Brasil cresceu exponencialmente com a
entrada de jovens brasileiros em busca do conhecimento. E isto é uma coisa boa.
O que não é bom é a crise que se avizinha em virtude da má gestão e da mudança
de perfil dos alunos-agora muito mais pobres e sem condição de pagar os 100
dólares mínimos exigidos de mensalidade. Uma série de fusões está sendo
esperada. Muitas instituições deixarão de existir e colocarão a culpa na inadimplência.
Mas como explicar que para algumas empresas educacionais ela está na ordem de
0,3~0,8% e em outras em 10~30%?Como qualquer empresa de varejo, elas deveriam
“pesquisar o cliente”. E não é o que vem acontecendo no segundo caso. A
realidade do mercado fará o ajuste. Demissões em massa de mestres e doutores
assim que os cursos forem reconhecidos pelo MEC. Um verdadeiro desperdício de
capital humano. Mas o que fazer? Os salários representam até 60% dos custos. Se
somarmos cerca de 25% de impostos, sobram 15% para serem gastos com investimentos e despesas correntes, e se há inadimplência esta conta passa em muito de 100%.Dívidas
trabalhistas completam o quadro
desolador. Um verdadeiro desastre como o do legacy- gol. Mas também didático
para evidenciar que não adianta fazer aeroportos bonitos, escolas idem, sem considerar uma parte crucial na gestão :
o planejamento estratégico. E a exemplo das empresas de varejo ( 500) que
pesquisamos pelo SEBRAETEC-expansões são feitas , sem cuidar do capital humano,
do clima organizacional. De que adianta estes impecáveis aeroportos, se os
operadores estão em frangalhos? E estas escolas de prédios pomposos, se a alma
delas -os professores e os alunos( a parte interessada) estão insatisfeitos ?Um
tsunami vem aí. É preciso estar em lugar
alto.
José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor
debatef@debatef.com.br
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