“Não me ofereça coisas.
Não me ofereça sapatos.
Ofereça-me comodidade para meus pés e o
prazer
De caminhar.
Não me ofereça casa.
Ofereça-me segurança, conforto e um
lugar que prime
Pela limpeza e felicidade.
Não me ofereça livros.
Ofereça-me horas de prazer e o
benefício
Do conhecimento.
Não me ofereça móveis.
Ofereça-me conforto e tranquilidade de
um ambiente
Aconchegante.
Não me ofereça coisas.
Ofereça-me idéias, emoções, ambiência,
sentimentos
E benefícios.
Por favor, não me ofereça coisas.”
Autor desconhecido
Apesar
de ser engenheiro e professor, tenho me apaixonado ultimamente pela psicologia.
E me aproximei dela, exatamente por trabalhar com gente, ensinando e dando
consultoria. Uma sala de aula é um laboratório com a diversidade dos alunos a
nos desafiar. Uma empresa possui famílias no comando e suas susceptibilidades
têm nos levado à especializações em gestão familiar nos negócios, onde a
psicologia do poder é uma constante, principalmente quando somada ao capital
humano contratado, formando o chamado clima organizacional, que se “leve”
favorece a produtividade, se “climão” leva à perdas de capital humano e Mercado.
Tudo
começa pela pirâmide de Maslow, que é uma escala de prioridades das pessoas em
que degraus nunca podem deixar de ser vivenciados para que se siga em frente. O
primeiro deles é a conservação da vida, onde as necessidades fisiológicas
básicas devem ser satisfeitas - comer, beber, vestir, etc.. O seguinte é o
domínio do ambiente físico. Se estiver frio, aquecer, se quente esfriar, se
escuro, iluminar, adequar moradia e trabalho às exigências psicofisiológicas e
anatômicas do corpo humano. A isto damos o nome de ergonomia, que é um conjunto
de ciências com uma diretriz ética e técnica fundamental: adequar o ambiente ao
ser humano para produção ou para o lazer. Continuando a sequência de MasloW, o
terceiro degrau é a necessidade que o ser humano têm de ser aceito pelo grupo, o
que explica a profusão de clubes de servir, ongs e tribos na atual sociedade do
conhecimento. Interessante notar que em nações em guerra não se chegam à este
patamar por ausência de condições de domínio do ambiente(Nossa guerra urbana
talvez explique nossa falta de solidariedade...)Após cumprir esta etapa o
cidadão segundo o autor, pode reconhecer o seu próprio valor que é o quarto
degrau, e chegando à autonomia logo a seguir. Finalmente no último degrau
estará a auto realização. Hora em que se deixa legados para futuras gerações.
Entre
todos os degraus o que mais demanda tecnologia é o segundo, exatamente o da
ergonomia. E onde houver fome, frio, ausência de moradia, aí estará
todo tipo de tensão social. No Brasil segundo o IBGE, 10,525 milhões de
micro e pequenas empresas com até 5 empregados, estão, similarmente às pessoas,
na base desta pirâmide, e tudo indica, nunca chegarão ao topo com tudo que isto
significa para o País em termos de qualidade vida e sucesso. Por favor não me
ofereça coisas...
José Carlos
Nunes Barreto
Professor
doutor
debatef@debatef.com.br
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