quinta-feira, 28 de maio de 2015

Energia e Ambiente

“Tudo que acontecer à Terra acontecerá aos filhos da Terra”Índio Seatle.

SARAIVA-!997,inBARRRETO-2000[tese de doutorado-USP] ,analisa que o crescimento contínuo do consumo de energia e as suas conseqüências, via de regra negativas, para o ambiente põem um conjunto de questões que, no mínimo, se poderão considerar como complexas. Complexas porque se a energia é hoje considerada um dos elementos fundamentais do desenvolvimento econômico e social de todas as nações, não é menos verdade que o Homem começou, finalmente, a perceber que a sua disponibilidade está ligada à quase todos os aspectos relacionados com o equilíbrio do nosso meio ambiente.

     Ao longo dos últimos anos, um conjunto de soluções tem sido proposto para resolver, ou de alguma forma reduzir este problema:
1)redução da população; 2)crescimento econômico nulo; 3)recurso em grande escala às fontes ditas renováveis; 4)utilização de energia nuclear; 5)desenvolvimento de combustíveis alternativos; 6)adoção de medidas de conservação de energia,  promovendo a sua utilização racional.

     Falemos sobre as quatro últimas: As energias renováveis são todas as derivadas do sol – Hidropower, Biomasssa, geotérmica, eólica, marés - e estão em franco crescimento em termos de tecnologia disponível e redução de custo. Já a energia nuclear apesar da maturidade tecnológica, e em alguns países ser a mais viável, têm sobre seu uso uma espada de dêmocles que é o resíduo perigoso (radiativo por milhares de anos) além da síndrome “Não em meu Quintal”.

     Por outro lado o principal problema associado à utilização de energia proveniente da queima de combustíveis fósseis (d.petróleo)tem sido identificado com o chamado efeito estufa ou aquecimento global, como alguns autores preferem dizer.

Mudando o clima do planeta, o CO2 (responsável por 60% do aquecimento) e demais gases (CFC, Nox, metano), contribuem para desastres ambientais e distribuem seus efeitos tanto para países e continentes pobres como o Haití e África, quanto para a costa dos EUA e CEE.

Hoje está claro que algumas ações devem ser tomadas desde já porque como não dispomos de tecnologias que nos permitam remover da atmosfera o CO2 produzido no último século ou mesmo qualquer dos outros gases, temos que reduzir as taxas de emissão atuais.

Neste cenário há uma janela de oportunidade para o biocombustível (de mamona, pequi, etc) e álcool brasileiros como combustíveis alternativos, haja vista, termos tecnologia e sol o ano inteiro para produção e exportação destes produtos para CEE, JP e EUA, ávidos para       pagar por uma energia limpa, que além de não colocar mais carbono no ar, ajuda a retirá-lo da atmosfera durante o crescimento das nossas plantações, o que gera também um novo negócio para o país: vender a captação do carbono.

A utilização racional de Energia será a agenda deste século para o Mundo. Não seria para o Brasil? Apesar do aprendizado com o apagão persistem lâmpadas acesas durante o dia. Concluo: A profecia do índio Seatle paira como um fantasma sobre nossas vidas, e ela pode ser traduzida pela maneira como lidamos com o ente energia. Haja Luz!

Dr José Carlos Nunes Barreto
Diretor da DEBATEF CONSULTORES


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