“Tudo que acontecer à Terra acontecerá aos filhos da
Terra”Índio Seatle.
SARAIVA-!997,inBARRRETO-2000[tese
de doutorado-USP] ,analisa que o crescimento contínuo do consumo de energia e
as suas conseqüências, via de regra negativas, para o ambiente põem um conjunto
de questões que, no mínimo, se poderão considerar como complexas. Complexas
porque se a energia é hoje considerada um dos elementos fundamentais do
desenvolvimento econômico e social de todas as nações, não é menos verdade que o
Homem começou, finalmente, a perceber que a sua disponibilidade está ligada à
quase todos os aspectos relacionados com o equilíbrio do nosso meio ambiente.
Ao longo dos últimos anos, um
conjunto de soluções tem sido proposto para resolver, ou de alguma forma
reduzir este problema:
1)redução da
população; 2)crescimento econômico nulo; 3)recurso em grande escala às fontes
ditas renováveis; 4)utilização de energia nuclear; 5)desenvolvimento de
combustíveis alternativos; 6)adoção de medidas de conservação de energia, promovendo a sua utilização racional.
Falemos sobre as quatro últimas: As
energias renováveis são todas as derivadas do sol – Hidropower, Biomasssa,
geotérmica, eólica, marés - e estão em franco crescimento em termos de
tecnologia disponível e redução de custo. Já a energia nuclear apesar da
maturidade tecnológica, e em alguns países ser a mais viável, têm sobre seu uso
uma espada de dêmocles que é o resíduo perigoso (radiativo por milhares de
anos) além da síndrome “Não em meu Quintal”.
Por outro lado o principal problema
associado à utilização de energia proveniente da queima de combustíveis fósseis
(d.petróleo)tem sido identificado com o chamado efeito estufa ou aquecimento
global, como alguns autores preferem dizer.
Mudando
o clima do planeta, o CO2 (responsável por 60% do aquecimento) e demais gases (CFC,
Nox, metano), contribuem para desastres ambientais e distribuem seus efeitos
tanto para países e continentes pobres como o Haití e África, quanto para a
costa dos EUA e CEE.
Hoje
está claro que algumas ações devem ser tomadas desde já porque como não
dispomos de tecnologias que nos permitam remover da atmosfera o CO2 produzido
no último século ou mesmo qualquer dos outros gases, temos que reduzir as taxas
de emissão atuais.
Neste
cenário há uma janela de oportunidade para o biocombustível (de mamona, pequi, etc)
e álcool brasileiros como combustíveis alternativos, haja vista, termos
tecnologia e sol o ano inteiro para produção e exportação destes produtos para
CEE, JP e EUA, ávidos para pagar
por uma energia limpa, que além de não colocar mais carbono no ar, ajuda a
retirá-lo da atmosfera durante o crescimento das nossas plantações, o que gera
também um novo negócio para o país: vender a captação do carbono.
A
utilização racional de Energia será a agenda deste século para o Mundo. Não
seria para o Brasil? Apesar do aprendizado com o apagão persistem lâmpadas
acesas durante o dia. Concluo: A profecia do índio Seatle paira como um
fantasma sobre nossas vidas, e ela pode ser traduzida pela maneira como lidamos
com o ente energia. Haja Luz!
Dr José
Carlos Nunes Barreto
Diretor da
DEBATEF CONSULTORES
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