Blog do Consultor e Professor de Graduação e Pós Graduação José Carlos Nunes Barreto
quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
Desafios da Índia X Perspectivas do Mundo
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
O Planeta Índia
Na Índia acredita-se que Deus pronuncia apenas a palavra "sim". Na verdade, Ele não diz sim para o que as pessoas pedem, mas para aquilo em que elas acreditam."
Roberto Shinyashikisábado, 21 de novembro de 2020
Consciência Negra (Revisitando um antigo texto, e o atualizando para a data...)
Eu tenho um sonho: que os negros e os brancos andassem em irmandade, e, sentassem na mesma mesa em paz.
Escrevo às vésperas do dia nacional da consciência negra. Dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder da resistência dos negros, contra a escravidão. Que continua. Sob outra forma pior, como mostrarei a seguir... E o IBGE joga luz no assunto: no racismo dissimulado, que os números não deixam mentir: Como explicar que o aumento da escolaridade, possa elevar o fosso, entre a renda dos pardos/ negros, e os brancos? E, que em média , entre todas as faixas salariais , os mesmos ganhem 51,1% dos salários dos brancos?
Filho de pai branco e mãe negra não sou xiita. Mas, sempre me assumi negro, e , apesar de tudo, amo a negritude.. . Até porque, só isso podia explicar as vitórias, em nome de Deus, após tantos nãos, ao longo da vida. Para um menino pouco quieto, e perguntador. Para um jovem namorador, que acreditava no amor, sem a barreira da epiderme. Para um velho professor, com 30 anos de experiência em salas de aula, ensinando tudo que sabia, não importando a cor, de quem quer que fosse. Ultimamente, na Pós Graduação da Academia, sem ver os negros, como meus alunos, volto a afirmar: não se constrói uma nação desse jeito: A pobreza tem cor e ela é negra. E, afirmo categoricamente: essa pobreza, está sendo construída há centenas de anos, institucionalmente no País... A riqueza também tem cor, e ela é branca , desde sempre. Daí porque, precisamos de outros Zumbis . Outra resistência, porque cerca de dois milhões de jovens negros (até 22 anos)e de baixa escolaridade, só entre o Rio e São Paulo, por não terem positivas lideranças, estão prestes a entrar nas fileiras do crime organizado, e aí sim, virão engrossar as estatísticas de morte de jovens negros, lutando contra a polícia... Um verdadeiro genocídio. Ou, quem sabe, os sobreviventes, irão adentrar em caras prisões, e sofrerão depois, porque não tiveram sequer baratas escolas, e mal pagos professores.
Entre aqueles que estão desempregados ,diz o IBGE, a esmagadora maioria é negra ou parda. E o poeta já dizia que, “ sem o seu trabalho / um homem não tem honra/ E sem a sua honra, se mata ./Se morre/ Não dá pra ser feliz”. Principalmente porque, no bairro ao lado, a opulência afronta: carros blindados, com segurança...Mansões , festas nababescas, e escarnecedoras( muitas delas feitas com desvios de dinheiro público) , a que seus irmãos, só tem acesso pelo elevador de serviço( Já que outra pesquisa do IBGE. mostra também que, negros e pardos, só são maioria, no mercado de construção civil ,e, como domésticos!)
Pobre Brasil dos negros! Rico Brasil dos brancos! Uma mama África - mãe solteira, pobre e sofredora, e uma européia bem nascida , quatrocentona e de sangue azul. Duas nações superpostas, no mesmo espaço físico.
Claro que os negros estão por baixo. E, não importa quão ricos e intelectuais eles sejam. Quão famosos e elegantes se apresentem. Esta é uma constatação, de todos afrodescendentes (uma palavra que a direita radical odeia, e que eu adoro, por mostrar nossas raízes) que, como eu, à duras penas, conseguiram ascender às classes A/B.
Ações civis públicas contra o racismo, estão sendo construídas contra estes números, e começam a romper o silêncio constrangedor, a que se referia Martin Luther King... A moderna escravidão, a que estão sujeitos muitos dos irmãos pardos e negros, é a gerada pela falta de escolaridade, em plena era do conhecimento. “O sol da liberdade em raios fúlgidos” é para esses brasileiros, aprenderem a aprender. Para romper o dia de amanhã sem grilhões, imateriais que sejam.
José Carlos Nunes Barreto
Pós doutor, sócio da DEBATEF e editor da Revista SCIENCOMM
Consciência Negra (Revisitando um antigo texto, e o atualizando para a data...)
Eu tenho um sonho: que os negros e os brancos andassem em irmandade, e, sentassem na mesma mesa em paz.
Escrevo às vésperas do dia nacional da consciência negra. Dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder da resistência dos negros, contra a escravidão. Que continua. Sob outra forma pior, como mostrarei a seguir... E o IBGE joga luz no assunto: no racismo dissimulado, que os números não deixam mentir: Como explicar que o aumento da escolaridade, possa elevar o fosso, entre a renda dos pardos/ negros, e os brancos? E, que em média , entre todas as faixas salariais , os mesmos ganhem 51,1% dos salários dos brancos?
Filho de pai branco e mãe negra não sou xiita. Mas, sempre me assumi negro, e , apesar de tudo, amo a negritude.. . Até porque, só isso podia explicar as vitórias, em nome de Deus, após tantos nãos, ao longo da vida. Para um menino pouco quieto, e perguntador. Para um jovem namorador, que acreditava no amor, sem a barreira da epiderme. Para um velho professor, com 30 anos de experiência em salas de aula, ensinando tudo que sabia, não importando a cor, de quem quer que fosse. Ultimamente, na Pós Graduação da Academia, sem ver os negros, como meus alunos, volto a afirmar: não se constrói uma nação desse jeito: A pobreza tem cor e ela é negra. E, afirmo categoricamente: essa pobreza, está sendo construída há centenas de anos, institucionalmente no País... A riqueza também tem cor, e ela é branca , desde sempre. Daí porque, precisamos de outros Zumbis . Outra resistência, porque cerca de dois milhões de jovens negros (até 22 anos)e de baixa escolaridade, só entre o Rio e São Paulo, por não terem positivas lideranças, estão prestes a entrar nas fileiras do crime organizado, e aí sim, virão engrossar as estatísticas de morte de jovens negros, lutando contra a polícia... Um verdadeiro genocídio. Ou, quem sabe, os sobreviventes, irão adentrar em caras prisões, e sofrerão depois, porque não tiveram sequer baratas escolas, e mal pagos professores.
Entre aqueles que estão desempregados ,diz o IBGE, a esmagadora maioria é negra ou parda. E o poeta já dizia que, “ sem o seu trabalho / um homem não tem honra/ E sem a sua honra, se mata ./Se morre/ Não dá pra ser feliz”. Principalmente porque, no bairro ao lado, a opulência afronta: carros blindados, com segurança...Mansões , festas nababescas, e escarnecedoras( muitas delas feitas com desvios de dinheiro público) , a que seus irmãos, só tem acesso pelo elevador de serviço( Já que outra pesquisa do IBGE. mostra também que, negros e pardos, só são maioria, no mercado de construção civil ,e, como domésticos!)
Pobre Brasil dos negros! Rico Brasil dos brancos! Uma mama África - mãe solteira, pobre e sofredora, e uma européia bem nascida , quatrocentona e de sangue azul. Duas nações superpostas, no mesmo espaço físico.
Claro que os negros estão por baixo. E, não importa quão ricos e intelectuais eles sejam. Quão famosos e elegantes se apresentem. Esta é uma constatação, de todos afrodescendentes (uma palavra que a direita radical odeia, e que eu adoro, por mostrar nossas raízes) que, como eu, à duras penas, conseguiram ascender às classes A/B.
Ações civis públicas contra o racismo, estão sendo construídas contra estes números, e começam a romper o silêncio constrangedor, a que se referia Martin Luther King... A moderna escravidão, a que estão sujeitos muitos dos irmãos pardos e negros, é a gerada pela falta de escolaridade, em plena era do conhecimento. “O sol da liberdade em raios fúlgidos” é para esses brasileiros, aprenderem a aprender. Para romper o dia de amanhã sem grilhões, imateriais que sejam.
José Carlos Nunes Barreto
Pós doutor, sócio da DEBATEF e editor da Revista SCIENCOMM
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
Segurança Vital
“Não me amarra dinheiro não/mas elegância/dinheiro não/mas a cultura/dinheiro não/mas segurança”
Adaptado de Caetano Veloso
Trabalho em um prédio que seria o” World Trade Center de NY” em UDI na localização e na forma ,guardadas as devidas proporções. Várias vezes tentei com o síndico montar uma brigada de incêndio, e a investir em melhorias de segurança. Não há portas corta-fogo nos andares e nenhuma escada de segurança anti-incêndio. Meu escritório de consultoria é no décimo primeiro pavimento. Caso haja um incêndio em patamares inferiores só saio vivo se for por rapell .Após a última decisão do condomínio de reformar a fachada ao invés de colocar as portas corta fogo, cheguei até a procurar uma empresa credenciada.(Claro que não foi aquela do “bang-jump” criminoso em Araguari).Indignado fui verificar qual era o estado da arte em termos de segurança dos prédios em UDI, e verifiquei que quase todos estão na mesma situação: sem um sistema de segurança operando,e sem utilizar as normas vigentes, mesmo alertados pelo corpo de bombeiros. Uma brigada de incêndio que treinasse as pessoas a saírem após a sirene, em ordem pela única e estreita escada(porque fora de padrão normativo),salvaria muitas vidas como salvou em NY no fatídico 11 de setembro.Aqui morreríamos todos. Em SP após várias tragédias-a última foi o edifício Joelma de triste memória- uma legislação municipal rígida e a pressão da opinião pública tem levado a importantes resultados nesta área.E aqui porque a prefeitura não atua? E o ministério Público? E o estado mesmo com a famigerada taxa de incêndio? Será que ,desgraçadamente só sabemos correr após o pior já ter acontecido, como no caso dos saltos na ponte em Araguari?
Para que as autoridades se lembrem de suas responsabilidades, passo a transcrever algumas Definições de um sistema de Segurança baseado na norma inglesa BS8800:
1)Acidente>Evento não planejado que acarrete morte,problema de saúde, ferimento,ou outros prejuízos.
2)Perigo>Fonte ou situação com potencial de provocar danos em termos de ferimentos humanos ou problemas de Saúde, danos à propriedade, ao ambiente ou a combinação disto
3)Identificação de perigo>O processo de reconhecer que um perigo existe e definir suas características.
4)Risco: Combinação da probabilidade e consequência de ocorrer um evento perigoso especificado.
5)Avaliação de Riscos: Processo global de estimar a magnitude do risco e decidir se ele é tolerável ou aceitável.
6) O processo de Avaliação de Risco segundo a BS8800>a)Classificar as atividades de trabalho b)Identificar os Perigos c)determinar o risco d)decidir se o risco é tolerável e)Preparar o plano de ação para controle de risco (se necessário)f) Revisar a adequação do plano de ação.
Concluindo,Os prédios da cidade estão inseguros porque não seguem as 1normas ,a prefeitura não fiscaliza e a legislação é frouxa.Já a segurança é vital.Não fazê-la é crime de responsabilidade.Com a palavra os senhores síndicos e também o poder público que cobra taxa de incêndio e deixa de fazer o necessário para que não morramos queimados.
José Carlos Nunes Barreto
Professor
doutor
Sobre a Consciência Negra
“Sou um negro gato/de arrepiar/E esta minha vida /É mesmo de amargar./.../Eu sou um negro gato”.
Do nosso cancioneiro popular
Escrevo na véspera do dia nacional da consciência negra. Dia da morte de Zumbi dos Palmares, lider da resistência dos negros contra a escravidão. Que continua. Sob outra forma pior.E o IBGE joga luz no assunto: no racismo dissimulado que os números não deixam mentir. Como explicar que o aumento da escolaridade possa elevar o fosso entre a renda dos pardos/ negros e os brancos? E que na média entre todas as faixas salariais os mesmos ganhem 51,1% dos salários dos brancos? Filho de pai branco e mãe negra não sou xiita. Mas sempre me assumi negro. Até porque só isso podia explicar tantos nãos ao longo da vida. Para um menino pouco quieto e perguntador. Para um jovem namorador que acreditava no amor sem a barreira da epiderme. Para um velho professor com 30 anos de experiência em salas de aula, ensinando tudo que sabia não importando a cor de quem quer que fosse. Ultimamente na Pós Graduação da Academia sem ver os negros como seus alunos. Volto a afirmar: não se constrói uma nação desse jeito: A pobreza tem cor e é negra. E essa pobreza está sendo construída há centenas de anos, institucionalmente no País.. A riqueza também tem cor e é branca desde sempre.Daí porque precisamos de outros Zumbis . Outra resistência porque cerca de dois milhões de jovens negros (até 22 anos)de baixa escolaridade, só entre o Rio e São Paulo, por não terem estas positivas lideranças, estão prestes a entrar nas fileiras do crime organizado,e aí sim virão engrossar as estatísticas de morte de jovens negros.Um verdadeiro genocídio.Ou adentrar em caras prisões quando não tiveram sequer baratas escolas e mal pagos professores.
Entre aqueles que estão desempregados ,diz o IBGE, metade são negros.E o poeta já dizia que” sem o seu trabalho , um homem não tem honra.E sem ela,se mata .Se morre.Não dá pra ser feliz”.Principalmente porque no bairro ao lado a opulência afronta: carros blindados com segurança.Mansões , festas nababescas e escarnecedoras,( muitas delas feitas com desvios de dinheiro público) ,a que seus irmãos só tem acesso pelo elevador de serviço. Já que esta pesquisa mostra também que negros e pardos só são maioria no mercado de construção civil e como domésticos. Pobre Brasil dos negros! .Rico Brasil dos brancos! .Uma mama äfrica - mãe solteira,pobre e sofredora e uma europa bem nascida ,quatrocentona e de puro sangue.Duas nações superpostas no mesmo espaço físico. Claro que os negros estão por baixo. E não importa quão ricos e intelectuais eles sejam. Quão famosos e elegantes se apresentem. Esta é uma constatação de todos negros e pardos que como eu, a duras penas conseguiram ascender às classes A/B.
Ações civis públicas contra o racismo expresso nestes números começam a romper o silêncio constrangedor a que se referia Martin Luther King. A moderma escravidão a que estão sujeitos muitos dos irmãos pardos e negros é a gerada pela falta de escolaridade na era do conhecimento. “O sol da liberdade em raios fúlgidos” é para esses brasileiros aprenderem a aprender. Para romper o dia de amanhã sem grilhões.
José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor
sexta-feira, 2 de outubro de 2020
A Indústria da morte
Editorial de Adeus
Em um grave e abatido momento da vida nacional, foi me foi dada a incumbência, e o faço com subida honra, de publicar a décima edição da Revista Sciencomm, em homenagem ao brilhante professor Wisley de Falco, representando, neste caso as demais vítimas da Covid 19 no Brasil, cerca de 140 000 almas. Wisley, como gostava de ser chamado, era alguém entusiasmado pelo LEPU, laboratório da UFU que coordenou, pelos seus alunos de graduação, e pelos orientandos de mestrado, doutorado e pós -doutorado, como no meu caso. Também foi incentivador, parceiro e co-editor desta revista científica, vestindo a camisa, como em tudo que fazia, dando sugestões e apontando caminhos. Uma perda inimaginável. Sua ausência , de repente, se compara à dos pais , mães, avôs e avós - Brasil afora, deixando uma nação órfã, mais pobre e mais triste. Indigitado País, que não investe em prevenção da doença com protocolos já estabelecidos pelo aprendizado ao longo da pandemia, para deixar aos mercadores da morte, o lucro com desvios de recursos que comprariam respiradores, mascaras e sacos mortuários, além do custo de muitas covas. Louca Nação que elege quem olvida artigos científicos e protocolos da ciência, desprezando pesquisadores e professores de nossas universidades. Triste País, repito. Apesar disso, a parte boa da nação, de pessoas do bem, que são a maioria de que o professor Wisley fazia parte, ainda luta por mudanças rápidas, com punição severa para quem, como estes citados párias, desvia dinheiro de saúde, e lucra com a morte das pessoas. O Covidão está aí para isso. Esperamos para muito breve, este mesmo empenho , para evitarmos perder os recursos da educação, mesmo que com simples desvios de finalidade. Oramos a Deus pela vida dos filhos que ficaram, e rogando para que Wisley seja, mais uma estrela a brilhar sobre nossas cabeças, mentes e corações, no céu do saber.
Boa leitura!
Professor- doutor José Carlos Nunes Barreto
Editor Executivo
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Hotel Ruanda 2, por José Carlos Nunes Barreto
sex, 23 de janeiro de 2015 00:03debatef@debatef.com
domingo, 23 de agosto de 2020
O Líbano é aqui
“Vou deixar a rua me levar/ ver a cidade se acender/.../Eu vou lembrar você”
Do nosso cancioneiro popular
E o Líbano não é aqui. Temos dois países distantes. Que sofrem de maneiras diferentes, e interagem com a dor do Mundo. De tão brutal o abismo, dá vertigem. O País “corporate” na Vila Olímpia em SP e o PCC nas zonas sul e leste, nas palavras de João Sayad, em artigo na Folha de SP de 07/08/2006. Ele não é qualquer um. Foi ministro do planejamento do governo Sarney. É inflente economista - pensador do nosso tempo, e vive em SP.
Em plena campanha para Presidência da República, falta um projeto de Nação. Os estudiosos de fora do País, como C.K.Prahalad, um indo - americano, têm propostas melhores que os envolvidos nesta rinha desértica de idéias. Também vem de fora o conceito de BRICs e com ele as projeções ,que embora na rabeira e comendo poeira ,nos colocam junto com a Rússia ,a ïndia e China,no olho do redemoinho da transformação deste século. Este conjunto de países representarão 40% do PIB mundial além 800 milhões de novos consumidores de classe média já em 2010, segundo Estudo da Goldman Sachs . Nas décadas seguintes devem desbancar potências como JP Alemanha e EUA.A lógica dos negócios vai sofrer mudanças críticas com a entrada destes consumidores emergentes. Essa classe média no Brasil é a mesma que vai eleger o próximo congresso e o Presidente da República. Será que isso não nos diz nada?
Crescemos menos, somos os menos educados, temos a maior carga tributária, a pior e mais avariada infraestrutura .Contudo nosso lado “corporate” possui um parque industrial diversificado, grandes reservas minerais ao lado de uma rede de universidades, linkadas a um elogiado sistema de pós graduação, que já produz 1,8% dos artigos científicos do mundo, ultrapassando países de primeiro mundo.
No nosso “lado PCC” somos um líbano, massa de manobra dos países desenvolvidos e de belicosos espertos como Chavez e Morales. No “Corporate” somos liderança com potencial de ser o maior fornecedor mundial de produtos agrícolas.
No Líbano real, a guerra é por procuração dos EUA de um lado e por Síria + Irã do outro, com uma mãozinha da França. O Hezbollah só tem sua força por causa do armamento e apoio logístico destes países.E
Israel, a nosso ver atacou o Líbano só para atrair a Síria e o Irã ao teatro de operações, e facilitar assim a ampliação do conflito, que propiciaria o tão almejado ataque dos americanos ao seu arqui-inimigo, o eixo do mal Irã.
Mas não é de hoje que somos um quintal dos poderosos, que usam o BIRD(Banco Mundial) e O FMI(Fundo Monetário Internacional) para atingir seus objetivos. Agora é a OMC(Organização Mundial do Comércio), onde se destaca o “caso dos pneus”: A UE(União Européia)impugnou entre outras medidas, a proibição da importação de pneus recauchutados da UE ,imposta ao Brasil. Um absurdo surrealista! Se vitoriosos em seu intento, teremos de recuar nas nossas suadas políticas de proteção à saúde e ao meio ambiente, para receber como destinação final, um passivo ambiental europeu. Via de consequência geraremos mais dengue, mais acidentes, mais poluição e mais mortes .O que é pior: isso ou um míssil do PCC - Hezbollah ?
José Carlos Nunes Barreto
Professor-doutor
Uberlândia MG
debatef@debatef.com
sábado, 22 de agosto de 2020
A Ditadura das Togas
A Ditadura das Togas
“ Aos juristas: teu dever é lutar pelo direito. Mas no dia em que encontrares o direito em conflito com a justiça, lute pela justiça.”
Eduardo Coleture
Estou vivendo um tempo de releituras em home office...esta me deu a famosa linha do tempo, das ações do Supremo tribunal Federal na última década...Um lixo da história! E não é de hoje...alguém se lembra da decisão da era Vargas que exportou para Alemanha nazista , em plena guerra a mulher de Luís Carlos Prestes, indago...para morrer em uma câmara de gás...indago novamente....Nenhum país do mundo merece esta corte...segue o texto de 10 anos atrás:
"Escrevo ainda sob o sentimento de indignação pelo abuso de poder do governo Federal do PT. Que se aliou ao STF contra o Congresso Nacional- representante do povo que foi humilhado-para cassar a voz de um caseiro na CPI dos Bingos. Não um caseiro qualquer. Mas uma testemunha ocular da história de um governo que aparelhou o estado para pilhá-lo através de um ministro da economia- pouparei o leitor dos detalhes sórditos da “república” de Ribeirão Preto. Pobre Brasil!Que Diogo Mainard na revista Veja de 15 de março, arrazoa : após a alforria do professor Luizinho do PT ,e crescendo quase como o Haití, daqui a alguns anos será ultrapassado também pela economia do Iraque. Não precisamos de guerra minha gente! Temos essa elite que faz muito mais estrago que bombardeios inimigos!aí incluída a suprema corte do País.
Porque o Supremo com tantos juristas de notável saber, age assim? Porque se apega à virgulas- quando interessa- e à letra morta da da Lei? Porque não faz justiça e defende somente o status quo no direito?
Senão vejamos:fato 1- a começar pela récem eleita(parabéns às mulheres por mais este posto)presidente do STF ministra Ellen Grace. Sua posição em garantir o sigilo do disco rígido de Daniel Dantas do Banco Oportunity, impede a PF e a CPI dos Correios de investigar o principal financiador (2/3 dos recursos) do “valerioduto” que movimentou 30 milhões de reais. Fato 2-A decisão do STF de favorecer a progressão da pena para presos por crimes hediondos vai colocar na rua só em SP, 43000 facínoras. Alguém merece? Fato3-A chicana a favor dos bancos e contra os correntistas no julgamento de ações com base no Código de defesa do consumidor. Um escânda-lo! Fato4-O ataque ao Ministério Público: Se avizinha mais uma desastrosa decisão: A proibição de investigação por parte do MP -uma mordaça que José Dirceu preparou antes de ser pego com a mão na botija. Entre outros.
As Cortes e a intelligentsia sempre viveram longe da realidade ao longo da História . Por isso os estadistas e os sábios sempre que a buscam, se aproximam do povo,e evitam com isso as decapitações e apedrejamentos da vida. Infelizmente nesta quadra, os sábios, quando existem, não são ouvidos, faltam estadistas e sobram “oportunistas”.
Sábio aqui significa ter conhecimento. E ser doutor e intelectual neste País está muito difícil. Há uma campanha contra, a começar pela Presidência. O bonito é ser esperto e não ir a escola. E quando se vai à escola, se depara com o que acontece num dos maiores Centros Universitários de Uberlândia e outros Brasil a fora: demitem-se doutores e mestres, e quando o seus líderes sindicais , vêm a público defender a categoria, são suspensos e retaliados. Este é o retrato do Brasil de hoje , com alguns sindicalistas sócios do poder, todavia de costas para seus representados"
Chore!
José Carlos Nunes Barreto
Pós-doutor e sócio da DEBATEF Consultoria
sexta-feira, 21 de agosto de 2020
Lembranças Malditas
O governo mais auto elogiado da história do Pais saia, após tentar humilhar seus antecessores com pretensas lições de governar. Daí veio a catástrofe de Teresópolis e de Nova Friburgo, então, seu secretário de tecnologia foi obrigado a confessar, no Congresso Nacional: ”Falamos muito e fizemos pouco” - No caso do mapeamento de área de riscos, e fortalecimento da defesa civil nas áreas atingidas, e em todo o País, esse pouco foi quase nada. O ex - governador Garotinho , de muitos outros pecados( e prisões) , além de coautor do atual estado da arte, divulgou em seu blog, que o governo federal disponibilizou 24 milhões de reais para serem utilizados na remoção de moradores destas áreas, e o dinheiro foi desviado pelo atual governador do Rio(Cabral, depois preso pela Lava Jato), para uma importante rede de televisão(Rede Goebels), na época da campanha para reeleição.
Onde o ministério público ?Porque ainda não foi usada polícia federal? Um crime como esse, se comprovado, não poderia ficar sem punição, a fim de servir de exemplo para todos gestores da coisa pública que desviam recursos do erário. São políticos vigaristas, como ensinava Berttold Brech: por gastarem mal os escassos recursos da sociedade, geram como consequência mortes , carestia, fome , prostitutas, menores abandonados, e futuros assaltantes.
Goebels ,no nazismo de Hitler, comprovou que uma mentira falada muitas vezes, se transforma em verdade, e maquiavelicamente ,o governo que terminou foi um às no assunto: Mensalão virou “golpe das elites”, empeachment também, mesmo com vasta documentação e condenação em andamento, e uma mãozinha do STF, rasgando a constituição federal de 1988, ao manter os diretos políticos de Dilma Roussef. Outra lorota : abriu-se a porta da prosperidade, vendeu-se ilusões para o povão e até ,pasmem, para a elite que o elegeu como guia.
Desgraçadamente para os jovens, reforçando a “lei de Gerson” do menor esforço, a megalomania, ao se julgar excepcionalmente melhor que os outros, sem ralar em cima de projetos, de estudos e da penosa preparação contra o que pode vir de pior. Pobre Brasil. Não somos melhores que ninguém, temos uma argentina de desvalidos, e precisamos investir muito em nossa gente para sairmos do septuagésimo terceiro lugar em IDH, para algo próximo ao que somos como economia , oitavo ou nono lugar.
Isso só se faz com livros , professores, horas de estudo e meritocracia, ou seja , ganha quem tem conhecimento , habilidades e atitudes aprendidas. Nos últimos 5 anos ,crescemos menos que a média da América Latina, e os países pobres da Europa como Romênia, Sérvia, Bulgária. Apesar disso, ao crescermos 7,5% em 2010, nos deparamos com o apagão de talentos e de infraestrutura. E a perspectiva? Sem um grande projeto nacional de educação que englobe , da escola primária à pós graduação, não teremos chance de brilhar nesta janela de oportunidade que se abre para os próximos vinte anos.
Finalizando, cada centavo do orçamento é sagrado e deveria ser utilizado para a redenção desta escravidão moderna que nos oprime: Teremos de importar ,já, milhares de engenheiros, carpinteiros, pedreiros , pilotos de avião e arquitetos, se quisermos continuar a crescer, enquanto milhões de brasileiros que poderiam ocupar estes postos de trabalho, sem educação e oportunidades, permanecem no limbo. Não é triste?
José Carlos Nunes Barreto
Pós-doutor e Sócio da Debatef Consultoria
domingo, 16 de agosto de 2020
Lixo, Desperdício e Cidadania
“Deve ser nosso jeito de sobreviver- Não comendo lixo concreto, mas engolindo esse lixo moral e fingindo que está tudo bem...”Lya Luft
A propósito da proposta de reeleição de duas lideranças, revisito artigo de quatro anos atrás , cobrando dos mesmos, apesar e por causa da pandemia, soluções de gestão harmônicas e inovadoras para nossa cidade. Ainda não decidi se voto na reeleição de Odelmo Leão, e tampouco voto para reitor da UFU, todavia, ambos estão a dever à população da cidade, algumas das sugestões de bom senso e transparência, que fiz neste artigo publicado, que, peço vênia ao leitor amigo , para releitura:
“A UFU e a cidade de Uberlândia fizeram 2 boas escolhas para suas lideranças nos próximos 4 anos: O reitor será Walder Stephen, pós doutor em Engenharia mecânica, especializado em estruturas inteligentes, e diretor da faculdade de engenharia mecânica. E o prefeito será o atual deputado federal e ex ocupante do cargo, Odelmo Leão. Nunca na história, estas duas pirâmides administrativas precisaram tanto, uma da outra, como na atual quadra por que passa o País. Os respectivos PLOAs(Projetos de Lei Orçamentária Anual)apontam respectivamente 1,2 e 2,6 bilhoes de reais para a UFU e a pólis em 2017- sem contar as emendas parlamentares endereçadas às instituições associadas.
Todavia, esta cidade vive como se não soubesse da importância e abrangência do orçamento da UFU. Só para comparar, somente cerca de 60 dos 5500 municípios brasileiros, possuem orçamento maior que este, e o HC atende com 300 milhões /ano, algo como 3 milhões de pessoas/ano, de Uberlândia e do seu entorno expandido, até os grotões do interior do Brasil(todavia a UFU fechou 100 leitos do mesmo durante a pandemia, e, por isso é alvo de inquérito em processo do MP)). Apesar de 80% do orçamento da universidade, ser destinado a pagamento de salários e aposentadorias, esta massa de recursos fica na cidade e região, irrigando uma miríade de cadeias de valor. Os 20 por cento restantes, somados às emendas parlamentares, e projetos tipo CNPQ mais parcerias com empresas privadas, além do custeio, podem chegar a 100 milhões por ano em investimentos em solo uberlandense.
Quanto ao PLOA do município, as obras do DEMAE( houve desvios de vultosos recursos destinados ao saneamento,que foram alvo de processo na câmara e no MP) e de corredores BRT advindas do BNDES, podem deixar outros 200 milhões /ano na cidade, mas isso é pouco ante tantas demandas já estabelecidas, e espera-se projetos com aporte de recursos, que nos ajudem com a inovação e criatividade, que só a academia supra citada pode proporcionar, haja vista seu corpo técnico de excelência reconhecida no mundo.(Não há transparência no uso de dinheiro público por parte destas administrações, principalmente do município, e, ao meu ver, deveriam prestar contas em conjunto à sociedade, com um balanço do que foi enviado, e onde e como foi gasto!!!)
Sugiro então um dos projetos : a UFU poderia ensinar às populações, o correto manejo do lixo industrial e urbano em conjunto com o município(somos o maior centro logístico do País, e dezenas de milhares de resíduos são gerados por aqui, sendo que ao redor de 10 por cento deles são perigosos e deletérios à vida), e campanhas publicitárias se fazem necessárias,( no município, as mesmas só são feitas como propaganda política de reeleição do atual mandatário, e não visando à formação e educação do povo) além de competentes projetos. Por exemplo o uso do biometano advindo do lixo( uma de nossas chagas sociais) ,que já é usado em grandes megalópoles como Paris, através de tecnologia de engenharia já consolidada. Poderíamos mandar missão conjunta prefeitura –UFU visitar um benchmarking aqui no Brasil- A superintendência de Energias Renováveis de Itaipú, que gera do biometano, mais meia Itaipu, com segurança e espírito público, atendendo pequenos negócios e sítios no entorno da estatal, uma aula de engenharia social e cidadania, no interior do Paraná...
Finalizando: como dois vizinhos que mal se conhecem, a UFU e a cidade, as vezes falam mal um do outro: Ela é uma torre de marfim, diz a cidade; se deixar, eles ferem a autonomia universitária, e vão querer mandar aqui dentro, diz nossa principal academia. O fato é que, a sociedade precisa que estes dois líderes recém eleitos, harmonizem estes patrimônios de nosso ethos acadêmico-urbano-industrial, em benefício de Uberlândia e região, e ,por que não dizer do Brasil?”
Infelizmente, com a pandemia, se mascarou muitos graves problemas de gestão, e o dinheiro público foi gasto sem a devida parcimônia, e bom senso, principalmente no município, onde se apostou na morte como política pública.
José Carlos Nunes Barreto
Pós- doutor e sócio da DEBATEF Consultoria
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Bolsonaro e o Agronegócio
sexta-feira, 31 de julho de 2020
A Gestão do Espaço Urbano
“O Espaço é a morada do Homem, mas pode ser também a sua prisão” ( Milton Santos)
Revisito artigo publicado no saudoso Jornal Correio em setembro de 2007, sob o título “Nosso hábitat”, aproveitando para atualizá-lo. Ajudei a formar 7 turmas de arquitetos e urbanistas, num grande centro Universitário desta cidade, e após essa convivência, meu olhar sobre uma pólis, é também um pouco o daqueles jovens. Como cereja do bolo, formei um filho na primeira turma de arquitetura da UFU.
Por isso, quando ando numa calçada, me preocupo com a função dela. Da necessidade da sua existência, e do bom estado da mesma. Porque sem ela, as pessoas vão para o “leito carroçável” disputar espaço com os carros. E muitos atropelamentos acontecem, nessa intensa urbanização caótica de nosso tempo. A forma também é importante. Calçadas muito estreitas e escorregadias, também são armadilhas para pedestres. Que se acidentam, principalmente se forem idosos. Com estas comorbidades no espaço urbano, importantes vias da cidade de Uberlândia, se transformam em palco de constantes acidentes.
As pessoas preferem muitas vezes, andar na via principal entre os carros, a enfrentar calçadas totalmente fora de padrão, desniveladas, com buracos e cheia de obstáculos. No bairro onde construí uma casa, na zona sul , as caminhadas só acontecem nas ruas, o que coloca pessoas em risco, e tem gente que sai de casa buscando saúde , mas encontra mutilações e até a morte. E qual é o papel do poder público, se não regular, punir os eventuais abusos dos donos das calçadas, e educar os cidadãos, com campanhas para alertar os pedestres contra esses riscos, indago...
Também colocar temporizadores para pedestres nos sinaleiros, enfim, cuidar da segurança de forma ampla e irrestrita. O exemplo dos temporizadores é crucial: muitos sinais não o possuem, e onde existem, estão mal regulados, o que gera outro absurdo- obrigar cidadãos a correrem dos carros, enquanto atravessam a faixa de pedestres.
Uma cidade com 700000 habitantes, precisa cada vez mais de campanhas educativas, tanto para pedestres, quanto para motoristas, ciclistas e motociclistas. Infelizmente as campanhas publicitárias do governo Odelmo Leão, são rasas e somente voltadas à sua propaganda eleitoral visando a reeleição. As cidades de Curitiba, Brasília, Santos e Niterói são excelentes benchmarkings para seus secretários municipais aprenderem a gastar dinheiro público mais inteligentemente, apostando na vida, visando criar uma cultura cosmopolita e preventiva, e não fazer a roleta da morte, abrindo covas e comprando milhares de sacos mortuários.
Parafraseando o pensamento do geógrafo e imortal Milton Santos: em Uberlândia, o espaço pode ser o túmulo do homem.
Jose Carlos Nunes Barreto
Pós Doutor e Sócio da DABATEF Consultoria
terça-feira, 28 de julho de 2020
As Diversas Formas de Roubar
terça-feira, 21 de julho de 2020
Mais um Desastre Evitável:Sequelas e Mortes nos Clientes da Cervejaria Backer!
Leio postagem de um colega engenheiro, criticando a omissão (que não é de hoje) do CREA, na esteira das reformas vigentes que servem, muitas vezes para abater o piso salarial dos engenheiros.
Isso quando não limitam a entrada de muitos no mercado, tantas vezes aviltado, por não saber escolher bem funcionários, excelentemente preparados em Engenharia de Produção, Engenharia Química, com conhecimento profundo de processos e BPF- Boas práticas de Fabricação.
E que incluem o APPPC- Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle, o que evitaria a contaminação da cerveja pelo fluido de arrefecimento, que só deveria passar, com estanqueidade, nas serpentinas dos tanques do processo cervejeiro, e nunca contaminar o produto a ser ofertado ao público, pois é tóxico e mortal, como acontecido no caso da cervejaria Backer!
Pós Doutor e Sócio da Debatef Consultoria
quarta-feira, 8 de julho de 2020
Chão de Estrelas
Republico esse meu texto, pedindo permissão à "Gazeta do Triângulo" de Araguari - excelente parceria- pois às vésperas da revista Sciencomm 10, no prelo, nada mudou nesta visão, apesar da bela poesia...
Chão de estrelas, por José Carlos Nunes Barreto
sex, 21 de novembro de 2014 00:03não sou alegre /nem sou triste/sou poeta”
Cecília Meireles
debatef@debatef.com