terça-feira, 21 de julho de 2020

Mais um Desastre Evitável:Sequelas e Mortes nos Clientes da Cervejaria Backer!

"Pedras no caminho, indago...Guardo todas... um dia vou construir um castelo"(Fernando Pessoa)

Leio postagem de um colega engenheiro, criticando a omissão (que não é de hoje) do CREA, na esteira das reformas vigentes que servem, muitas vezes para abater o piso salarial dos engenheiros.

Isso  quando não limitam a entrada de muitos no mercado, tantas vezes aviltado, por não saber escolher bem funcionários, excelentemente preparados em Engenharia de Produção, Engenharia Química, com  conhecimento profundo de processos e BPF- Boas práticas de Fabricação.

E  que incluem o APPPC- Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle, o  que evitaria a contaminação da cerveja pelo fluido de arrefecimento, que só deveria passar, com estanqueidade, nas serpentinas dos tanques do processo cervejeiro, e nunca contaminar o produto a ser ofertado ao público, pois é tóxico e mortal, como acontecido no caso da cervejaria Backer!

Lamentável formarmos engenheiros e administradores, que precisam permanecer como operadores de luxo em máquinas de processos industriais, por não haver lugar para os mesmos nas fábricas, que não os contratam. Tomara que este  acidente sirva para que as autoridades competentes, verifiquem e valorizem os responsáveis técnicos de engenharia nas fábricas , não só de alimentos, deste   País.Basta de acidentes evitáveis. Basta de omissões!

Neste contexto,volto a comentar a operação do DMAE aqui de Uberlândia, do qual sou um cliente insatisfeito,  deste monopólio, na verdade uma estrutura de mercado, que não tem apreço pelas críticas e demandas de quem compra seus serviços, como a Backer, e isso nunca acaba bem para o público que usa os bens ou serviços advindos destes processos.
Uma empresa de saneamento que deveria investir na operação, é usada pelo prefeito para manipular os gastos do orçamento municipal, a famosa pedalada usada nos tempos da Dilma, é também um cabide de empregos, na  cartilha  da velha política.

Nela faltam trabalhadores qualificados,  falta supervisão, faltam EPIs e equipamentos essenciais ao serviço de manutenção das redes. A terceirização acentua o problema, e aumenta a distância entre a organização e o cliente. E, historicamente, vender água tratada, coletar lixo e esgoto, tem se tornado um foco de propinas e financiamento do crime organizado dentro dos governos, no País inteiro, e aqui não é diferente. O Presidente da empresa, o vice prefeito, já foi pilhado em transações tenebrosas, e o MPE provavelmente está ainda produzindo provas contra ele. 

Um parlamentar fez a denúncia, e apesar de 20 dos 27 colegas presos e com seus mandatos cassados, a verdade é que, apesar das evidências de desvios de finalidade de  recursos, e da total falta de propósito em melhor atender a clientela, as medidas saneadoras do MPE não chegaram ao executivo,e ao DMAE,  por isso, acredito que o atual prefeito poderá ser reeleito, apesar de tudo, contaminando o próximo mandato que até poderá ser impugnado. Mais um desastre evitável, e  aqui em nosso torrão.

             José Carlos Nunes Barreto
Pós doutor e Sócio da DEBATEF Consultoria


  


         José Carlos Nunes Barreto
Pós Doutor e Sócio da Debatef Consultoria

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