terça-feira, 26 de abril de 2016

A Queda

“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam roubadas.... Jeová o Senhor é a minha força.” Hab.  3:17a19

Meu avô reclamava do presidente Vargas nos estertores do seu governo. Um “mar de lama” rondava o palácio do Catete – corrupção, bradava. Meu pai se arrependeu de ter votado em JK, e descontente, também falava da corrupção que se instalou a partir das obras da construção de Brasília. “Nunca se roubou tanto, dizia”. Na crise de Jango, assisti pela televisão, seu discurso na Central do Brasil. A roubalheira no estado era o motivo para se tomar o poder e fazer a “república  sindicalista”. Antes disso Jânio Quadros já tinha sido eleito tendo como símbolo uma vassoura para varrer e limpar os roubos do País. Veio a ditadura.. A “Família com Deus” - leia-se a direita-disse que era para moralizar, acabar com a corrupção. Deu no que deu: 21anos de Chumbo. - roubaram até a alma do País. A nação lutou pela liberdade -diretas já - . desalojou os militares do poder e na primeira eleição direta, o que aconteceu? O “caçador de Marajás” e enganador de descamisados instituiu um esquema para tirar proveito próprio das “sobras de caixas de campanha”. Daí para os caras pintadas e o impeachment foi um pulo. E Itamar Franco? Apesar de suas esquisitices era um sujeito que como a mulher de César parecia ser honesto (depende até hoje de trabalho para se manter). Chegou a era FHC e com ela os escândalos de corrupção pipocaram “no limite da irresponsabilidade”. Até hoje não explicados, os mesmos são como esqueletos no armário da sala que teimam em sair, justo na hora de visitas. Venda de estatais muito abaixo do preço para “amigos”, compra de votos de deputados para reeleição.... foram 8 longos anos... E precisávamos mudar. Votamos em Lula e no PT que se dizia ético. Fustigava a todos Governos com CPIs e pregava transparência. O presidente eleito era um símbolo de resistência e o primeiro operário a ser eleito dirigente máximo da nação... E o que vimos estarrecidos? Um estelionato! A mesma política de FHC. Mais concentração de renda. Deslumbramento com o poder... Alianças com a escória das elites nacionais. que à sombra do poder enriquecem até o filho do Rei. Lamentável! Não muda o País ou não mudamos nós? Porque presidencialismo se como primeiro ministro poderíamos tirá-lo já do poder junto com os corruptos dirigentes do PT no governo? Porque esta condição de rei e culto à personalidade? aliás  muito bem retratada no filme”. “A queda” que recomendo. O “rei do Nazismo” exercia sobre uma importante parcela do eleitorado alemão este magnetismo que vemos em Lula ao comandar nossas “massas  do atraso”. Apesar de não parecer, demonstrava profundo desprezo pelo povo, descrito por quem conhecia os intestinos daquele poder. Esta queda como aquela, não foi aceita(vide o projeto de reeleição). Mas   as evidências da derrocada política e moral estão claros . Ufa! “confesso que vivie” não tenho a menor intenção de perder a fé em Jeová e nesta Nação.

José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor

debatef@debatef.com.br

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