Um
dos maiores crimes do lulopetismo – de lesa pátria - foi entregar à sanha do
mercado a educação superior brasileira, ao deixar se formar, ao arrepio da lei,
um super grupo de ensino superior, o maior do mundo, que abarca cerca de 60% do
Market share, durante seus governos. Para estudiosos de economia e
administração, isto configura uma estrutura oligopolística, onde a força do
poder econômico, com ações em bolsa, e compras com maior valor agregado,
derrubam toda concorrência, tradicionalmente construída entre comunidades e confessionais
- com melhor ensino e melhores avaliações - (salvando-se ainda as municipais, estaduais
e federais pelo uso do dinheiro público).
Grande
parte dos recursos utilizados por estas Instituições de Ensino Superior é
advinda da especulação, própria desta forma de captação de numerários, onde
cada aluno e professor vira um código de barra, e onde o lucro deve vir em
primeiro lugar “doe-la a quem doe-la”. Naquelas, se buscam valores, há muito
esquecidos pelo mercado, como por exemplo, usar a tecnologia para ajudar o ser
humano, apesar da busca da sustentabilidade econômica... Nessas, com projeto de
thicket médio de 100 dólares, e reduzindo o custo por atividades em escala,
além de atuar sobre o salário médio do professor, abaixando-o, ao eliminar
postos de doutores, contratar mestrandos e especialistas por um valor menor,
logo após a visita do MEC - que se dá a cada 3 anos em média - e ao movimentar os mesmos livros de
bibliotecas associadas, além de laboratórios acadêmicos, toda vez que é auditada.
Este
sistema utiliza a legislação nos seus limites,(quer nota mínima 3 na avaliação
do INEP pois esta é a melhor relação
custo-benefício), paga caros advogados, coopta sindicatos, órgãos reguladores, e reduz a carga horária em 20% mascarando as
auditorias, com um falso EAD sem tutores suficientes, sem que o aluno tire proveito, pois o coitado não para em casa, sai de madrugada
para trabalhar, estuda a noite, volta para casa depois da meia noite, e, fisicamente
não tem condições de se dedicar ao estudo fora dos encontros presenciais, em grupos de estudos, nos intervalos e antes da
aula nas IESs.
Se
o CADE não permite estruturas oligopolísticas para indústrias de carros,
sabonetes, carnes etc... Porque deixou este monstro ser criado para enganar a
sociedade brasileira, no que há de mais sagrado numa Nação, que é a formação de
seu povo? Esta é uma das causas de nosso subdesenvolvimento e dependência. As
escolhas de nossas elites quando estão no turno do poder – salvo raras exceções
que só confirmam a regra - e é por causa de decisões equivocadas no passado, que
hoje, por exemplo, os projetos de motores continuam sendo feitos na Europa e
Estados Unidos, o núcleo duro de sensores de aviões da EMBRAER, continuam
americanos, e os reagentes que nossos pesquisadores precisam ser importados em
dólares, além de nossas publicações científicas serem em Jornals de língua
inglesa, para terem valor acadêmico.
A
educação vai mal da escola fundamental à superior, e a culpa é também da
corrupção de prioridades desta podre elite - bilhões de dólares do BNDES para a
América Latina e África - muito pouco ou nada para escolas com laboratórios
inovadores, e que mudassem a vida de nosso povo. Esse sim é o maior crime do
lulopetismo, e não há cadeia que pague esta conta.
José Carlos
Nunes Barreto
Professor
Doutor e Presidente da Academia de Letras de Uberlândia
debatef@debatef.com
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