domingo, 23 de janeiro de 2022

Fé e Confiança

Fé e Confiança “Entregue o teu caminho ao Senhor, confie nele, e Ele tudo fará” Salmo 37:5 Aos meus alunos de graduação e pós graduação, tenho sempre de mostrar “cases” de planejamento estratégico bem sucedidos, e neles constato que, a visão dos fundadores, é o que move essas organizações. Quem acreditaria na revolução contida em um pequeno computador pessoal, na década de 70? caso da Microsoft de Bill Gattes ; ou que um armazém de varejo em Uberlândia, disposto a fazer entregas a seus clientes, se transformaria na maior empresa de logística da América Latina, tantos anos depois ?caso do Grupo Martins do sr Alair Martins; ou, que o sonho de Martin Luther King , “libertaria” a sociedade negra americana e geraria a poderosa Condolleza Rice de hoje? Sempre pergunto em minhas consultorias: como você e sua empresa, esperam estar fazendo negócios daqui a dez anos? A maioria dos empresários não sabe a resposta. Alguns poucos, respondem na ponta da língua. Têm-na como visão, após o filtro dos princípios (crenças e valores), somados à análise do ambiente de negócios. Há fé nestes líderes. Ao “tocarem” as organizações (religiosas, empresas ou países), essas lideranças têm a seu favor, “insights” que lhe são emprestados por conselheiros, normalmente fora dos papéis e ambições hierárquicas, das organizações que dirigem. Esses, costumam dar ao líder, opiniões e informações imaculadas, com elevada franqueza, e iluminada perspectiva de êxito. Há entre esses conselheiros e líderes, uma relação de confiança que Saj-nicole Joni, chama de estrutural, em seu brilhante artigo: ”A Geografia da Confiança”, em “Harvard Business Review” 2004-03, após estudar a questão de liderança, em 150 empresas européias e americanas. Há segundo a autora, dois outros tipos de confiança: a profissional e a pessoal. Fica claro que um dirigente, precisa de um “kitchen board” -uma espécie de conselho de sua cozinha, para que suas decisões possam acontecer, após ouvir pelo menos três opiniões às vezes estruturais, outras vezes profissionais, e algumas até pessoais, porque, após tomadas e executadas, moverão muitas vezes mercados, países e o mundo. Interessante notar que, quando se movem dentro da organização, os conselheiros podem mudar o peso de suas opiniões, junto ao líder. A confiança profissional, cresce à medida que a liderança trabalha, lado à lado com indivíduos que, reiteradamente demonstram domínio sobre certos processos e áreas do saber. Alguns homens de confiança estrutural, deixam de sê-lo, quando assumem cargos dentro da organização, e passam a ser “contaminados” pelos interesses corporativos. Já a confiança pessoal, normalmente conservada a partir de laços familiares, ou de amizade, é refém de todas as mazelas que estas relações abrigam, fazendo despencar(no divórcio por exemplo)conselheiros, e ascender novos, com todos os seus impactos. Por maior que seja a ascensão de alguém no papel de líder, a tríade de confianças estrutural, profissional e pessoal, é mais do que necessária em seu corpo de conselheiros, para tomada de decisões, que podem mudar a vida de milhares de pessoas, e a sorte de organizações. Já a fé...esta só vem de Deus (e é para os que creem). Concluindo: “A Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” ensina a bíblia,”um líder para ter sucesso, deve aprender a usar a geografia da confiança” completa Saj-Nicole Joni. Que tal ficarmos com as duas, fé e confiança, para líderes, e para nós, mortais comuns? José Carlos Nunes Barreto Pós- Doutor e sócio-diretor da DEBATEF Consultoria

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