"Se todo corpo fosse olho, onde estaria o ouvido, pergunta...Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato, volta a indagar..."( Apóstolo Paulo de Tarso)
Tenho escrito sobre catedrais e templos físicos com vitrais, suas naves e auras da espiritualidade, , além da emoção aos pés dos altares em vários lugares do planeta, o que ainda me emociona, em conjunto com milhares de pessoas,professando a fé no nosso Senhor Jesus Cristo.
Apesar disso, cada vez mais me convenço que as verdadeiras catedrais e templos, estão dentro do homem. Como cristão, me lembro das palavras do mestre, ensinando que somos o templo do Espírito Santo. Também da narrativa dos evangelhos, de que quando, após a ressurreição, Jesus se juntou a dois discípulos que tristes caminhavam na trilha de Emaús.
Ainda não criam na ressurreição e sem que percebessem, foram instruídos por aquele estranho sobre a glória de Deus, da vitória sobre a morte.
Ao longo do caminho, foram aos poucos convencidos. Ao final, quando o homem se afastou,descobriram que se tratava do Senhor.
Exultaram de alegria, e se perguntaram: " como nos ardia o coração enquanto ele falava!"
E como amo as letras da Bíblia, admiro toda lavra do apóstolo Paulo, aliás Dr Paulo,em especial a magnífica ode à diversidade de dons espieituais aos coríntios 12.
Em tempos em que a ciência se aproxima cada vez mais da religião, vide as descobertas do QS- Quociente espiritual- e as conclusões da física quântica...
Paradoxalmente, vivenciamos uma era cada vez mais burra, espiritualmente falando. Em que pastores com baixo QS levam multidões ao precipício. Em que a profecia da "terra gemendo por conta de nossa cega ganância"se cumpre à velocidade jamais vista.
Voltando ao texto sagrado, Paulo adverte que " ninguém que fala pelo espírito de Deus, diz jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor senão pelo Espírito Santo".
Fala da diversidade de dons, num momento em que as mídias tentam formatar todos do mesmo jeito,e ainda que, a manifestação do espírito é dada a cada um para o que for útil:" A uns foi concedida a palavra da sabedoria; a outro pelo mesmo espírito a palavra da ciência."
Ele disse ciência.
Algo que tantos tentaram, durante séculos, afastar de Deus e das coisas transcendentais.
A outro, continua o apóstolo, foi dado o dom de operação de maravilhas- quais são elas , ele não disse, mas podemos imaginar contemporâneos com estas competências, fazendo andar tetraplégicos , e levando pessoas a outros planetas, por exemplo. Todavia, todos somos um só corpo, mas com muitos membros,e, mesmo aqueles mais fracos e menos honrosos são necessários, eis o principal.
E de novo surge o poder do um. Aquele poder que levou Ghandi a dizer sem armas, a um regime opressor: "terão meu corpo, mas não terão minha obediência";que fez John Lenon a compor "Imagine", e inspirou Martin Luther King a discursar" Eu tenho um sonho", numa época imprópria para sonhar, na visão particular e conjuntural do baixo QS. Para completar de vez a ponte entre ciência e religião, sugiro aos leitores que me honraram com a leitura do artigo até aqui,que o façam também do livro "QS, o Q que faz a diferença" de Danah Zohar e Ian Marshal, ed. Record SP 2000. E a leitura diária da Bíblia, para abrir apoteoticamente as portas do S de espiritualidade em sua vida.
Desejo a todos meus leitores um feliz 2020, sob as bênçãos do Pai das Luzes, de onde procede toda boa dádiva, e todo dom perfeito, segundo as escrituras sagradas.
Que assim seja!
José Carlos Nunes Barreto
Pós doutor e Sócio diretor da DEBATEF Consultoria
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