domingo, 29 de dezembro de 2019

Carta Aberta à Câmara Municipal de Uberlândia(2)




Prezados vereadores,

Tive o prazer de ver meu voto honrado, nesta crise de corrupção e descaso, ora acontecida nesta Casa, pois meu vereador não foi preso, nem obrigado a renunciar, como dezenas de seus pares. Esta  é uma situação impensável, num País democrático e sem corrupção institucionalizada, todavia feita comum neste País, em que estamos nos acostumando a passar a limpo.

Há tempos a sociedade brasileira e uberlandense, vem clamando por este novo tempo, em que a transparência dos gastos públicos, seja realidade no poder público- legislativo, executivo e judiciário-  e , apesar do impacto do acontecimento, somente visualizamos o começo desse processo, a ponta do iceberg.


Parabéns ao Ministério Público do Estado de  MG, e esperamos que os edis levados às barras dos tribunais, tenham a hombridade( se é que isto é possível para víboras e ladrões) de renunciar aos respectivos cargos, pois sabemos que outros processos estão em andamento, e que situações ainda  mais escabrosas serão deslindadas, e que poderão atingir   muito mais do que até agora , o executivo municipal.


Sinto vergonha, como todo munícipe, desta representação municipal que não respeita o suor do contribuinte, desvia dinheiro público, e o faz com desfaçatez e deboche. É como se todos valores da sociedade , construídos através de centenas de séculos( Sapiens de Harari) fossem jogados no lixo da história, e de repente, não houvessem pessoas com mindset para reconstruí-los, e transformá-los de novo em porta estandarte, de uma cidade  que tem significativa influência em MG como segunda em PIB, e também no País, como berço da logística -com suas redes de suprimento, ou seriam de valores agregados, indago.

Por tudo isso, me ponho, humildemente de joelhos, como cristão, pedindo ao Senhor da “Seara política” que levante obreiros para sua seara, com princípios que prezem aquilo que a maioria das mães e pais ensinaram em casa...o que não é seu, meu filho, devolva e entregue ao dono. Pode ser uma agulha, mas não é sua. O que estes senhores roubaram do erário, foram, até agora, dezenas de milhões de reais , e esperavam esconder isso da sociedade, que luta  contra a escassez de recursos, para saúde, educação e segurança, e da mesma forma  pretendia usá-los contra a  praga do desemprego, que  clama por investimentos do município.

Vaidade , tudo é vaidade! ensinava Salomão, que sabia desde sempre, que a mesma levaria muitos líderes a descaminhos como o atual, e à destruição da Pátria, Família e Nação.

Que Deus  nos dê forças para atravessar esta, e outras tormentas que estão por vir.

Que assim seja!

José  Carlos Nunes Barreto

Pós Doutor e Sócio- diretor da DEBATEF Consultoria




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