“ Amor da minha vida /Daqui até a eternidade/Nossos
destinos/
Foram
traçados/Na maternidade”(Cazuza)
Dois
mistérios me fascinam. Sim, dois entre muitos: O cumprimento de profecias e a
essência do amor. E de repente lendo as Escrituras Sagradas, descobri que são
dons espirituais. O destino que às vezes maltrata, e outras vezes dá alegrias,
pode ser previsto por profetas. Alguns ainda estão entre nós. Outros já se
foram, e anos depois seus oráculos são desvendados um a um para espanto dos incrédulos. As profecias são segundo
Paulo, aos Corintios, recomendadas como um dom superior e devem ser buscadas
porque edificam a igreja. Conheço pessoas com o dom de antever desastres.
Sonham e interpretam sonhos que são avisos. Profetas modernos, os cientistas John
Naisbitt e Patrícia Aburder publicaram pela editora Amana Key o livro “Mega
Trends 2000 : Revelando As Mega Tendências do Séc XXI”. Ainda na década de 80. São
elas:*a economia global em explosão a partir dos anos 90;*Um renascimento das
artes;*A emergência do socialismo de mercado;*Estilos de vida globais e
nacionalismo cultural;*A privatização do Well Fare State;*A ascensão dos países
do Pacífico;*A era da biologia;*A década das mulheres liderando;* O
renascimento religioso no novo milênio; e *O triunfo do indivíduo.
Contudo
sigo as orientações de Paulo no cap.13 aos coríntios. Dentre todos os dons, o
de suprema excelência é o amor, cujo poema na íntegra foi popularizado na
música de Renato Russo: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos
e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine (vazio)”.
E
ainda que tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda
ciência, e ainda que tivesse tamanha fé que transportasse os montes para o mar (poder ilimitado),
se não tivesse amor nada seria.
E
ainda que distribuísse toda minha fortuna para o sustento dos pobres (Extremo da
responsabilidade social).E ainda que entregasse meu corpo para ser
queimado(mártir
por causa nobre),se não tivesse amor nada disso me aproveitaria.
O
amor é sofredor, é benigno, não é invejoso; O amor não se porta com leviandade,
não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não
se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (suprema utopia de
que carece a humanidade).
O
amor nunca falha, mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas
cessarão; havendo ciência, desaparecerá.
Este
hino ao amor estava escrito em pergaminhos. Hoje poetas modernos o fazem em
blogs, Okuts e acordes. Como Nelson mota na canção cantada por Lulu Santos:
”Não existiria` som senão/Houvesse o silêncio/Não haveria luz senão/Fosse a
escuridão[...] Eu te amo calado/Como se fosse uma/ Sinfonia/De silêncio e de
luz.
Ou
Carlos Rennó: “Signo do destino/que surpresa /Ele nos preparou/meu amor nosso
amor estava escrito nas estrelas/ Tava sim. Para os críticos deste estilo,
poderia parafrasear Vinícius de Moraes: “Canto porque o momento “exige” e
minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste. Sou poeta”. Vivendo um
grande amor há 31 anos, homenageio minha mulher Maria Terezinha.
José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor
debatef@debatef.com