A vida acadêmica traz muitas alegrias- este artigo é uma delas. Todavia, 5 anos depois, os bancos não aplicaram (salvo raras exceções) estas sugestões técnicas, e sim aprofundaram a exploração predadora de sua mão de obra, enquanto enriqueciam de maneira escandalosa . Feita a observação, peço vênia para republicar abaixo parte do artigo.
A QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE NO
TRABALHO FRENTE ÀS MUDANÇAS DENTRO DE UM SETOR BANCÁRIO – SOLUÇÕES PARA UM
MELHOR DESEMPENHO DOS BANCOS
* GOMES,Ana Carla
Queiroz + Barreto, Jose Carlos
Nunes
* Especialista em Gestão de
Pessoas pela UNIMINAS /PITÁGORAS –Uberlândia MG
+Doutor
**Artigo
apresentado à Banca de Pós Graduação da Faculdade Pitágoras como condição
para que GOMES, ANA CARLA QUEIROZ
obtivesse o título de especialista em Gestão de Pessoas
Dezembro
2012
|
Com o processo
de competitividade entre as empresas, o volume e a intensidade das exigências
tem abordado diariamente o colaborador. Então vários fatores passam a interferir na saúde, segurança e na qualidade
de vida dos bancários, como: estresse, sobrecarga na realização de tarefas,
doenças de trabalho por esforços repetitivos, falta de um horário fixo para
alimentação, dentre outros. Serão apresentados neste artigo instrumentos
necessários para o alcance da qualidade de vida e segurança no trabalho dentro
das agências bancárias, propondo uma estrutura que seja flexível às mudanças
exigidas pelos órgãos controladores .Em relação à técnica para a realização
deste trabalho, foi utilizada a documentação indireta, que abrange a pesquisa
documental e bibliográfica. Em função do estado da arte explicitado, as
agências bancárias precisam urgentemente melhorar a qualidade de vida no local
de trabalho englobando as questões
ergonômicas como oportunidade de melhoria dos postos de trabalho.,com base nos
fundamentos apresentados.
As transformações que vêm
acontecendo no sistema bancário brasileiro estão interligadas ao processo de
globalização, introdução de automação, de modernas tecnologias, e privatizações
no sistema financeiro; estas modificações acabam por produzir repercussões na
saúde geral dos trabalhadores dos bancos.
Sendo assim, as agências
bancárias precisam urgentemente melhorar a qualidade de vida no local de
trabalho. Precisam englobar igualmente as questões ergonômicas, saúde, higiene,
segurança, estresse, fadiga física, mental, comunicação, iluminação,
ventilação, ruídos do ambiente de trabalho, dentre outros.
Os bancos precisam realizar uma
análise ergonômica de seus postos de trabalho a fim de conhecer sobre o
comportamento do ser humano em sua atividade dentro da agência. Será através
desta análise que poderá haver uma melhoria dos postos de trabalho,, ou seja,
mesas, cadeiras, balcões, caixas, dentre outros, precisam ser adaptados a fim
de não gerarem lesões nos bancários. Mais ainda é necessário que, para aqueles
que trabalham sentados, haja apoio regulável para os pés, cadeira com encosto
lombar e com ajuste de altura e inclinação, além de apoio para os braços com
altura também ajustável. Para os bancários na função caixa, é importante que
seu local de trabalho seja projetado para que haja a possibilidade de
alternância de postura (em pé/sentado), porque é imprescindível que o
funcionário não fique em uma só posição, mas que exista alteração de movimentos
durante o seu dia de trabalho.
O banco ainda precisa realizar
com seus funcionários a ginástica laboral com o intuito de reeducar a postura
corporal dos trabalhadores, prevenir doenças, como por exemplo, DORT/LER
(Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho/Lesões por Esforços
Repetitivos), acidentes do trabalho, fadiga muscular, reduzir estresse, tensão,
absenteísmo, além de aumentar a produtividade e a desenvoltura do colaborador
bancário.
Todo este investimento em
qualidade de vida no setor bancário são ações importantíssimas para o sucesso
de qualquer empreendimento voltado a defender um marketshare[1]
na acirrada disputa pela preferência do consumidor.
Portanto, o
investimento na saúde do capital humano gera retornos de qualidade e de
produtividade para a empresa, ou seja, é o vetor de mudanças que a torna mais produtiva e
lucrativa; logo, a tríade: ergonomia, segurança
e meio ambiente interno nas agências bancárias, acaba por ser essencial para
uma melhor qualidade de vida dos bancários, e para o sucesso deste setor
como um negócio sustentável a médio e longo prazo.
[1]
A expressão pode ser traduzida como participação no mercado e designa a
fatia de mercado detida por uma organização.
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