quinta-feira, 15 de junho de 2017

A QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE NO TRABALHO FRENTE ÀS MUDANÇAS DENTRO DE UM SETOR BANCÁRIO


    A vida acadêmica traz muitas alegrias- este artigo é uma delas. Todavia,  5 anos depois, os bancos não aplicaram (salvo raras exceções) estas  sugestões técnicas, e sim aprofundaram a exploração predadora  de sua mão de obra, enquanto enriqueciam  de maneira   escandalosa . Feita a     observação, peço vênia para republicar  abaixo parte do artigo.
                              
A QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE NO TRABALHO FRENTE ÀS MUDANÇAS DENTRO DE UM SETOR BANCÁRIO – SOLUÇÕES PARA UM MELHOR DESEMPENHO DOS BANCOS
* GOMES,Ana Carla Queiroz         + Barreto, Jose Carlos Nunes
* Especialista em Gestão de Pessoas pela UNIMINAS /PITÁGORAS –Uberlândia MG
+Doutor em Saúde Ambiental pela USP e coordenador do Pós Grad.em Gestão de Pessoas UNIMINAS/PITÁGORAS-Uberlândia MG,e orientador
**Artigo apresentado à Banca de Pós Graduação da Faculdade Pitágoras como condição para que GOMES, ANA  CARLA QUEIROZ obtivesse o título de especialista em Gestão de Pessoas
Dezembro 2012
 
 

                                                        

Com o processo de competitividade entre as empresas, o volume e a intensidade das exigências tem abordado diariamente o colaborador. Então vários  fatores passam a  interferir na saúde, segurança e na qualidade de vida dos bancários, como: estresse, sobrecarga na realização de tarefas, doenças de trabalho por esforços repetitivos, falta de um horário fixo para alimentação, dentre outros. Serão apresentados neste artigo instrumentos necessários para o alcance da qualidade de vida e segurança no trabalho dentro das agências bancárias, propondo uma estrutura que seja flexível às mudanças exigidas pelos órgãos controladores .Em relação à técnica para a realização deste trabalho, foi utilizada a documentação indireta, que abrange a pesquisa documental e bibliográfica. Em função do estado da arte explicitado, as agências bancárias precisam urgentemente melhorar a qualidade de vida no local de trabalho englobando  as questões ergonômicas como oportunidade de melhoria dos postos de trabalho.,com base nos fundamentos apresentados.

 

As transformações que vêm acontecendo no sistema bancário brasileiro estão interligadas ao processo de globalização, introdução de automação, de modernas tecnologias, e privatizações no sistema financeiro; estas modificações acabam por produzir repercussões na saúde geral dos trabalhadores dos bancos.

Sendo assim, as agências bancárias precisam urgentemente melhorar a qualidade de vida no local de trabalho. Precisam englobar igualmente as questões ergonômicas, saúde, higiene, segurança, estresse, fadiga física, mental, comunicação, iluminação, ventilação, ruídos do ambiente de trabalho, dentre outros.

Os bancos precisam realizar uma análise ergonômica de seus postos de trabalho a fim de conhecer sobre o comportamento do ser humano em sua atividade dentro da agência. Será através desta análise que poderá haver uma melhoria dos postos de trabalho,, ou seja, mesas, cadeiras, balcões, caixas, dentre outros, precisam ser adaptados a fim de não gerarem lesões nos bancários. Mais ainda é necessário que, para aqueles que trabalham sentados, haja apoio regulável para os pés, cadeira com encosto lombar e com ajuste de altura e inclinação, além de apoio para os braços com altura também ajustável. Para os bancários na função caixa, é importante que seu local de trabalho seja projetado para que haja a possibilidade de alternância de postura (em pé/sentado), porque é imprescindível que o funcionário não fique em uma só posição, mas que exista alteração de movimentos durante o seu dia de trabalho.

O banco ainda precisa realizar com seus funcionários a ginástica laboral com o intuito de reeducar a postura corporal dos trabalhadores, prevenir doenças, como por exemplo, DORT/LER (Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho/Lesões por Esforços Repetitivos), acidentes do trabalho, fadiga muscular, reduzir estresse, tensão, absenteísmo, além de aumentar a produtividade e a desenvoltura do colaborador bancário.

Todo este investimento em qualidade de vida no setor bancário são ações importantíssimas para o sucesso de qualquer empreendimento voltado a defender um marketshare[1] na acirrada disputa pela preferência do consumidor.

  Portanto, o investimento na saúde do capital humano gera retornos de qualidade e de produtividade para a empresa, ou seja, é o vetor de  mudanças que a torna mais produtiva e lucrativa; logo, a tríade: ergonomia,  segurança e meio ambiente interno nas agências bancárias, acaba por ser essencial para uma melhor qualidade de vida dos bancários, e para o sucesso deste  setor  como um negócio sustentável a médio e longo prazo.

 



[1] A expressão pode ser traduzida como participação no mercado e designa a fatia de mercado detida por uma organização.

Nenhum comentário:

Postar um comentário