“Nem os sábios nem os destemidos se deitam nos
trilhos da história para esperar que o trem do futuro passe por cima deles”
Dwight D. Eisenhower
Sempre achei que uma das
maiores chagas da nação é a falta de acesso à justiça para o cidadão comum...
Pois a ONU acaba de públicamente censurar este país como carente de justiça-deu
na France Press. Chacinas não resolvidas, sem punição aos responsáveis- sempre
envolvendo policiais civis e militares, portanto o Estado-atirando contra pessoas desarmadas e sem passagens na polícia
e cujo único crime foi sair na rua no instante em que “a bandidagem” fazia sua carnificina “à la gangues de Nova York”:
Na última(last but not least)trinta pessoas mortas na região de Queimados(triste
nome) no RJ. Paradoxalmente, não só a base da pirâmide social sofre com esta
calamidade. O STF detém por muitos anos com sua morosidade, decisões que afetam
grande parte do PIB nacional,(em bilhares de dólares)representado por
empresários e empresas muitas já falidas pela espera. A insegurança jurídica
reina e aumenta o risco Brasil e o “espread” bancário, afastando até mesmo
investidores internacionais.
Nepotismo, formação de
quadrilha, tráfico de influência, venda de sentenças, e falta de disposição
para mudar e cortar na própria carne, são alguns dos crimes e mazelas que
acompanhamos atentos nas páginas policiais dos jornais e magazine s do país e
principalmente do exterior, onde livres da pressão e do poder dos magistrados
lemos antes daqui, absurdos da nossa “justiça”. Há medo de se tocar no assunto,
até mesmo no ministério público. E este é dentre as instituições forjadas na
constituição cidadã de 1988,a que mais esperanças dá ao brasileiro e em quem ele mais confia para ajudar na transformação
da justiça.
E qual a solução? Perguntaria
o leitor. Acredito que como formador de opinião não posso me deitar nos trilhos
da história. Como lembrou o grande estadista americano citado acima. Boas
perguntas são uma forma de resolver os problemas de administração pública como
ensina Sthefen Kenetz na edição da revista Veja de 30 de março. Então vamos lá:
1)A quem interessa um judiciário assim? 2)Porque na reforma do judiciário só se
faz mudanças tópicas; 3)Porque não aprendemos com a Itália na operação “Mãos
Limpas” de combate à máfia que contaminou aquele judiciário? 4)Será que não
temos homens públicos corajosos para este comando que a nação clama? 5)Como
executar uma reforma que desate este verdadeiro nó que segura o país? 6)Onde
deverá acontecer o começo do processo? 7)Quanto custa isto? 8)Em quanto tempo
se faz?
Vocês podem não ter
percebido mas estas perguntas são parte de uma ferramenta da qualidade que
ensinamos nos cursos de administração e é
usada por empresas no mundo inteiro: O 5W2H(iniciais em inglês de: o
que? Quem? onde? porque? como? quanto custa? e Quando?, sempre que a parte mais
difícil já foi executada, isto é após descobrirmos o problema fundamental ou
raiz. E parece que está bem claro qual é ele, ou não?
José Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor
debatef@debatef.com
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