quinta-feira, 30 de julho de 2015

Justiça


“Nem os sábios nem os destemidos se deitam nos trilhos da história para esperar que o trem do futuro passe por cima deles”

Dwight D. Eisenhower


Sempre achei que uma das maiores chagas da nação é a falta de acesso à justiça para o cidadão comum... Pois a ONU acaba de públicamente censurar este país como carente de justiça-deu na France Press. Chacinas não resolvidas, sem punição aos responsáveis- sempre envolvendo policiais civis e militares, portanto o Estado-atirando contra  pessoas desarmadas e sem passagens na polícia e cujo único crime foi sair na rua no instante em que “a bandidagem”  fazia sua carnificina “à la gangues de Nova York”: Na última(last but not least)trinta pessoas mortas na região de Queimados(triste nome) no RJ. Paradoxalmente, não só a base da pirâmide social sofre com esta calamidade. O STF detém por muitos anos com sua morosidade, decisões que afetam grande parte do PIB nacional,(em bilhares de dólares)representado por empresários e empresas muitas já falidas pela espera. A insegurança jurídica reina e aumenta o risco Brasil e o “espread” bancário, afastando até mesmo investidores internacionais.

Nepotismo, formação de quadrilha, tráfico de influência, venda de sentenças, e falta de disposição para mudar e cortar na própria carne, são alguns dos crimes e mazelas que acompanhamos atentos nas páginas policiais dos jornais e magazine s do país e principalmente do exterior, onde livres da pressão e do poder dos magistrados lemos antes daqui, absurdos da nossa “justiça”. Há medo de se tocar no assunto, até mesmo no ministério público. E este é dentre as instituições forjadas na constituição cidadã de 1988,a que mais esperanças dá ao  brasileiro e em  quem ele mais confia para ajudar na transformação da justiça.

E qual a solução? Perguntaria o leitor. Acredito que como formador de opinião não posso me deitar nos trilhos da história. Como lembrou o grande estadista americano citado acima. Boas perguntas são uma forma de resolver os problemas de administração pública como ensina Sthefen Kenetz na edição da revista Veja de 30 de março. Então vamos lá: 1)A quem interessa um judiciário assim? 2)Porque na reforma do judiciário só se faz mudanças tópicas; 3)Porque não aprendemos com a Itália na operação “Mãos Limpas” de combate à máfia que contaminou aquele judiciário? 4)Será que não temos homens públicos corajosos para este comando que a nação clama? 5)Como executar uma reforma que desate este verdadeiro nó que segura o país? 6)Onde deverá acontecer o começo do processo? 7)Quanto custa isto? 8)Em quanto tempo se faz?

Vocês podem não ter percebido mas estas perguntas são parte de uma ferramenta da qualidade que ensinamos nos cursos de administração e é  usada por empresas no mundo inteiro: O 5W2H(iniciais em inglês de: o que? Quem? onde? porque? como? quanto custa? e Quando?, sempre que a parte mais difícil já foi executada, isto é após descobrirmos o problema fundamental ou raiz. E parece que está bem claro qual é ele, ou não?

José Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor

debatef@debatef.com

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