Quando vi o filme “O nome da rosa”
pensei que seria o máximo em termos de enredo do mal dentro da igreja. Cabe
notar que naquele monastério, onde foram rodadas as cenas, viveram durante
séculos monges, a maioria filhos caçulas da nobreza européia, enviados para
clausura como forma de evitar dividir a herança da família. Para muitos, não
havia escolha: ser sacerdote era a única saída. Mas é importantíssimo frisar
que existem hoje, graças a Deus, muitas abençoadas carreiras eclesiásticas, de
pastores de almas, que são fruto de um despertar, um toque do espírito santo, da mesma forma que aconteceu à S. Francisco
de Assis, que rico renunciou a tudo por amor a Deus, doou aos pobres sua riqueza. Fez o solicitado por
Jesus àquele rico príncipe que o procurou à noite: ”Vai vende tudo que tens e
dá aos pobres”.
Bispos
e pastores há, porém, que só pensam em poderes e riquezas deste mundo. São
avarentos, e não tem o menor constrangimento em se apoderar das ofertas dos
fiéis, seja para pequenas coisas (quem não é fiel no pouco, como o será sobre
fortunas?), seja para fazer campanha política e/ou promoção pessoal. Alguns compram
e mantêm emissoras de TVs, com o dízimo da igreja, pagando caríssimos espaços
na madrugada, desestabilizando esse mercado de comunicação. Enfim vivem
nababescamente.
A
história eclesiástica mostra que, após dezenas de anos de delitos acobertados
pelas igrejas - de modo geral- itens como roubo, tráfico de influência, puxadas
de tapete de pares que podem fazer sombra, difamação e calúnia, abuso sexual de
menores, etc...(a lista é longa demais),alguns desses atores terminaram sendo
julgados, nunca por seus pares, e poucos foram presos. Uma vergonha! Ao invés
de vestir toda armadura de Deus para combater o mal deste mundo, eles são o
próprio mal. São os dominadores deste mundo tenebroso juntamente com o diabo e
seus anjos, fazendo acordos com os Sarneys da vida, não importando os meios
para chegar a um almejado fim.
Pastores
há, também, que de seus púlpitos agem como covardes a citar exemplos de casos
acontecidos sob sigilo de sua ação pastoral. Expondo os fiéis. São macacos em
loja de louças, não sendo éticos, não tendo humildade, ao contrário sendo
vaidosos, orgulhosos, presunçosos dentro
dos seus ternos e túnicas de “linho egípcio”. É lamentável dizer, mas estão
como Eli nos tempos de Samuel. Deus não fala mais através deles, não podem mais
fazer maravilhas, pois o poder sobrenatural do Senhor lhes foi tirado. Alguns
ouvirão dele no dia do juízo: ”não vos conheço”.
O
Pior eu veria em outro filme: “O Código Da Vinci”, que inovou. Trouxe mais
suspense e mistérios. Por causa de seu enredo, houve até quem se desviasse da
fé. E ele é só uma nova trama, no essencial, uma ficção que despreza dados e
fatos verídicos, e cria outros mentirosos. Uma cilada armada pelos principados
e potestades, igual à que parou o apóstolo Paulo quando se dirigia para uma de
suas igrejas. Se parou Paulo, que dizer a nós, homens de fé menor que o grão de
mostarda? São tempos difíceis, mas tenho certeza que se os pastores e bispos
continuarem assim, Deus continuará a falar nem que seja através de pedras ou com
uma mula, como fez com Balão.
José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor
debatef@debatef.com.br
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