"Embora
tenham caixa, as grandes empresas não investem. Em 22 de janeiro de2014, o
Financial Times informou que, as empresas não financeiras dos EUA detinham $US
2.8 trilhões, sendo $US150 bilhões apenas nos cofres da Apple."
Kostas
Vergopoulos -professor de Ciências Econômicas da Universidade Paris 8
Thomas
Piketty é um dos autores do livro "Piketty e o segredo dos ricos", da
editora veneta, SP-2014, que aborda de maneira clara, o sinal amarelo já
anunciado em Davos, há 3 anos atrás, sobre o aumento exponencial da
desigualdade no mundo. Este fenômeno tem a possibilidade de matar a galinha de
ovos de ouro, dos ricos e super ricos do mundo, gente que tem um patrimônio
(riqueza acumulada sob a forma de casas, contas bancárias - menos dívidas -ações
e outras formas de riquezas-pedras preciosas por exemplo), igual ou superior à
1 milhão de dólares. Apenas cerca de 8% da população mundial de 4,5
bilhões de habitantes - 400 milhões de pessoas, se apoderam de 83,3% da riqueza
planetária, enquanto os 68,7% mais pobres (3,2 bilhões de seres humanos, que
tem patrimônio de até US$10.000 ) ficam com 3% da mesma, em um escárnio global
e insustentável.
O fato é
que, os estudos têm apontado para o acúmulo de riquezas, sem investir na
produção/inovação/qualidade de vida, a fim de fazer prosperar a sociedade, o
que tem colaborado para destruir o meio ambiente, matar
populações, aumentar ativos sem conformidade às normas anti - roubos e
negócios escusos ao redor do mundo. Via de consequência, instala-se o embrião
de crises semelhantes às de 1914 e 1997, no século passado, com o incremento
dos riscos sociais, e possíveis instabilidades institucionais em governos
democráticos. Isto se dá à medida que, os rendimentos anuais auferidos
pelos investimentos financeiros, de pelo menos 5% ao ano, para
grandes players, contrastam com o aumento do PIB de até 2.5 % ao ano, na
maioria dos países, o que só faz aumentar o fosso entre os super ricos (o topo
da pirâmide de patrimônios- entre 0,1e 0,01% do total) e o restante da
população mundial.
Há poucos
meses, a ISO lançou a norma ISO37001, anti- roubo alinhada às normas ISO
9001,14001 e 45001 (respectivamente, de conformidade para Qualidade ; proteção
ao MA; Saúde ,e Segurança Ocupacional) ante o clamor de empresas, governos
e terceiro setor em todo planeta, que presenciaram vultosos desvios de recursos dos Tesouros Nacionais de países, para a conta
de pessoas já ricas – vindos à tona por processos judiciais e julgamentos
, a exemplo da Lava- jato no Brasil.
Apesar de
muito divulgados, nunca é demais lembrar a lista dos mais super ricos do
Brasil, segundo listagem da FORBES 2014, a maioria enriquecidos com
bilhões de dólares do Banco social brasileiro, o BNDES.
Concluo
como os autores: "Percebe-se que se trata essencialmente de bancos, com
carta patente para trabalhar com dinheiro público. De meios de comunicação (concessão
de publicidade com banda de espectro eletromagnético, para prestar serviço de
comunicação à população);de construtoras( as grandes, que trabalham com
contratos públicos, nas condições que já conhecemos); e de exploração de
recursos naturais (solo, água, minérios)que são do país, e que não precisam
produzir: É o divórcio crescente entre quem enriquece, e quem contribui para o
país."
Por conta
deste diagnóstico, e buscando mudanças, a maioria dos brasileiros elegeu
Bolsonaro, que traz o Sérgio Moro para seu governo em 2019.
Que Deus
nos ajude!
Jose
Carlos Nunes Barreto
Pós
doutor e sócio diretor da DEBATEF Consultoria
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