"Grandes realizadores da história- Napoleão, Leonardo da Vinci, Mozart- sempre foram gestores de si mesmos. Em boa medida, foi essa a razão de seu sucesso," Peter F. Drucker
O mestre que erigiu vários pilares da administração moderna de empresas, escreveu artigo com este título em 1999 na Havard Business Review, e que hoje está entre as 10 leituras essenciais , segundo uma republicação de 2018. Na volta de uma viagem cansativa de negócios, a gente precisa encontrar uma leitura inspiradora para enfrentar aeroportos, e eu achei essa, que peço licença ao leitor amigo, para compartilhar como experiência revigoradora.
É claro que grandes luminares ,como os citados acima, são pontos fora da curva, em excepcionalidade e genialidade, e, seriam grandes porque já estava escrito nas estrelas. Todavia, nós, simples mortais, precisamos ter mais atenção no nosso desenvolvimento, e usar tecnologias de administração para gerenciar a própria vida.
O foco do artigo, é fazer com que possamos dar nossa melhor contribuição durante uma vida profissional que atinge hoje cinco décadas, e estar mentalmente aptos, e com saúde , para depois disso mudar, se for o caso, ou para uma nova profissão, cujo sonho agora se faz realizar, ou para um "hobby matador", que nos faça virar menino ou menina travessos e felizes. Somos hoje trabalhadores do conhecimento, e como tal precisamos nos manter competitivos e produtivos, e ninguém vai ser CEO de nossas carreiras, a não ser nós mesmos.
As empresas, nesta era de oportunidades, esperam contratar um profissional pronto, com suas competências , habilidades e atitudes, para poder ajustá-lo com mais facilidade à sua cultura , valores e processos. Muitos de nossos alunos, aprenderam mal algumas disciplinas ( e nós mesmos), porque não procuraram se conhecer, e ao mercado, tal qual se faz em um planejamento estratégico, como idealizado por M. Porter.
Quais são nossos pontos fracos mais perigosos, e quais são nossos pontos fortes mais valiosos, indago...Para responder estas questões é preciso autoconhecimento, ou seja ,saber como aprendemos e trabalhamos com os outros; que valores pessoais prezamos; em que tipo de ambiente de trabalho podemos dar nossa melhor contribuição, nas palavras de Drucker.
Alinhar os recursos disponíveis à nossas potencialidades, e usar o autoconhecimento para gerenciar nossas emoções , ou seja usar a Inteligência emocional ( Goleman) , estas são as bases para se atingir a excelência duradoura. Aprender a aprender, significa saber se somos melhores ouvintes , leitores,ou redatores quando trabalhamos. Kennedy era leitor, como Churchill, já alguns , como este escriba , (me permitam estar em tão boa companhia)são redatores, aprendem ao escrever.
Saber disso o mais cedo possível, conhecer quais valores prezamos, e buscar empresas que tem esses mesmos valores, pode significar contribuições magníficas e sucessos meteóricos, além de construir uma existência feliz e longe do suicídio, como ocorre com milhares jovens "bem sucedidos" no mundo.
Ao contrário de décadas atrás, no século passado, quando as empresas permaneciam e os trabalhadores-que só cumpriam ordens- morriam, ou se aposentavam em seus postos de trabalho, hoje os profissionais do conhecimento sobrevivem às organizações e tem mobilidade, e esta é uma revolução na estrutura social, que sinaliza prosperidade e bênçãos para quem aprendeu a gerenciar sua carreira, como nos ensina, magnificamente, o mestre Peter Drucker.
José Carlos Nunes Barreto
Pós doutor e sócio diretor da DEBATEF Consultoria
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