Blog do Consultor e Professor de Graduação e Pós Graduação José Carlos Nunes Barreto
segunda-feira, 20 de junho de 2022
A Quarta Revolução(Versão Atualizada)
Agradecimentos ao Blog Uberlândia Hoje e à seu editor Ivan Santos, onde este artigo foi publicado a primeira vez em:| out 22, 2017 | no Ponto de Vista.
“A vida só é possível reinventada/Anda o sol pelas campinas/ E passeia a mão dourada/ Pelas águas, pelas folhas…/Há! Tudo são bolhas/ Que vêm de fundas piscinas/De ilusionismo… mais nada/Mas a vida, a vida, a vida/ A vida só é possível reinventada.” Cecilia Meireles
A função da Academia e Think Thanks em tempos de crise, é apontar caminhos para a sociedade... Aliás, antever as crises, e evita-las está entre as metas, que estes players teimam em não cumprir, imobilizados em abraços de afogado, com políticos e governantes cegos, ou prisioneiros de miopia estratégica...
No excelente livro “A quarta Revolução”, cuja releitura faço agora, os autores John Micklethwait e Adrian Wooldrige, cumprem esta regra ao anunciarem a falência do estado, e alertarem para as grandes transformações previstas em escala global, em função do uso massivo de inovações tecnológicas, de tal monta , que, com os novos usos da tecnologia da informação, as democracias correriam perigo. Neste contexto, a ditadura das Big Techs está se consolidando como realidade...
E esta é uma boa leitura, que recomendo para este e próximos feriados, pois quem lê um livro assim, muda primeiro a si mesmo, depois muda o mundo, se for necessário.... Principalmente ao constatar, algo desesperador: Contratamos para a Nação, mais uma década perdida, em virtude da má gestão de governantes de plantão. Onde o desemprego estrutural entre os jovens, que ajudamos a formar, está, infelizmente, entre os subprodutos desses tempos de ilusionismo, a que se refere a poetisa em tela.
O Brasil figura, ao lado da África do Sul, Itália, e sudeste asiático, segundo os autores, na lista de países e regiões, onde os impactos da quarta revolução industrial, serão predominantemente negativos, informavam os painéis de discussão do fórum econômico mundial, em Davos na Suíça, já em 2017...
Para contornar esta situação, será necessário investir, primeiro em qualificação de pessoas, e depois reformar o estado, utilizando de forma mandatária, os orçamentos legislativos, para investir em inovações tecnológicas e sustentabilidade –Não dá mais para aceitar uma legislatura desprezível como essa, do Congresso Nacional, que esconde dinheiro público em orçamentos secretos- rasgando a CF de 1988.
Temos massa crítica para esta agenda! Somos um País rico! 13º PIB do mundo ,mas com povo desgraçadamente pobre... Basta portanto, usarmos de modo adequado o orçamento, afastando esses párias dos cofres da Nação. Por exemplo, investindo nas MEIs, pequenas e médias empresas, pinçando inovações e start ups, algumas já em curso, no universo de produção de energia e, no uso de tecnologia da informação... Nesta década, ainda segundo os autores, a quarta revolução industrial(Inteligência artificial, robótica , internet das coisas e computação em nuvem) impactará nossa mão de obra necessária à produção, reduzindo-a em 6%, pela otimização dos postos de trabalho...A desqualificação de nossos trabalhadores, por conseguinte terá que ser revertida, e o novo congresso terá a responsabilidade de construir esse futuro, fazendo leis e erigindo protocolos que blindem o orçamento, para coibir desvios e malversações.
Todavia, segundo os especialistas, há um contraponto que aquece a alma: o setor de mobilidade e logística no Brasil, notadamente em Uberlândia, terá uma janela de oportunidades jamais vista até hoje, e poderá ser o trator a nos tirar da inércia frustrante. Ao, governo de Uberlândia- principal polo de logística do País--apesar de prejudicado pela pandemia, infelizmente, até agora, faltou aliar gestão e inteligência, para explorar nossas vantagens competitivas, e sair dos labirintos de escândalos na área de saúde, e justiça, que corroem energias, recursos, e o bom nome.
Com base nas reflexões desta leitura, me atrevo a afirmar que na área de relações internacionais, as Academias deveriam, direcionar pesquisas, patentes e artigos, visando países do oriente, como Singapura – um padrão, que reformou o estado, e prepara seus alunos para esta nova era. Os efeitos deste benchmarking, já atingiram a china e EUA, e estão se irradiando para países adjacentes da região, como Arábia Saudita, Bahrem, Omã, Quatar, Emirados árabes Unidos, e quem diria? Já chegaram ao Chile aqui pertinho, além do México, Índia e Turquia…Porque estaríamos fora disso? Esta é uma agenda necessária nesta década – para voltarmos à rota de nosso destino de crescimento e grandeza, após vencermos os efeitos da maior recessão da história deste País- uma tsunami provocada pelos governos petistas, seguida pela pandemia de COVID19.
Reinventar a vida, mudando os integrantes do Congresso Nacional pelo voto, lutando contra todo autoritarismo de um STF que usurpa nossa Constituição. E assim honrar o sacrifício da vida de Tiradentes, e o exemplo dos Pais da Pátria que construíram nossa República!
José Carlos Nunes Barreto
Pós - doutor e Sócio da DEBATEF Consultoria
domingo, 23 de janeiro de 2022
O LEGADO DE 2021
“O legado do ano 2021”
“De tudo ficam três coisas: a certeza de que estamos sempre começando, a certeza de que precisamos continuar, e a certeza de que seremos interrompidos, antes de terminar. Portanto, devemos fazer da interrupção, um caminho novo; da queda, um passo de dança; do medo uma escada; do sonho uma ponte; da procura um encontro” (Fernando Pessoa).
Certos anos nunca terminam: 1968 foi um deles, e este escriba, era adolescente de 17 anos, à época daquela transformação social, empreendida pelos babyboomers com o woodstock, e a tríade sexo, drogas e rock n’roll. 2001, com o ataque e destruição das Torres Gêmeas, foi outro ícone. E, agora 2021, 20 anos depois, com a pandemia do SARCOV2 no mundo, e o alívio da vacinação em massa, nos transmite a mesma sensação de que, um novo tempo de mudanças , nem sempre para pior, está apenas começando.
Uma era de oportunidades e de transformações, que nos colocam desafios como nação , nesta eleição em 2022, para a próxima legislatura e Presidência. Que enumero: primeiro, realizar uma revolução educacional paralisada nos últimos governos; segundo, uma revolução sanitária, em paralelo com a revolução sociológica, que serão a base de reformas estruturais ,e desaguarão na implantação da igualdade social (as reformas tributária, política e fiscal), pois não queremos repetir a Grécia de 2011-não podemos quebrar! Em terceiro, seria desejável a construção de um marco de gestão ambiental no país, como benchmarking para o mundo, aproveitando nossas vantagens comparativas inatas. Sobre esse tema, a sigla ESG, (MA, Segurança e Governança) em alta no mundo, oferece políticas que nos forçarão a tomar medidas necessárias , para evitar maiores desastres climáticos, por exemplo, plantando um cinturão verde ao redor da Amazônia, igual ao que a África fez, e que também foi realizado em SP na serra do mar, em volta de Cubatão entre as décadas de 80/90...A fim de diminuir a temperatura da Terra, contudo incluindo também na agenda nacional, a inclusão social,com a exclusão da fome, como chaga social e econômica , ao fazermos um pacto nacional de sustentabilidade, na produção de bens e serviços.Se o atual mandatário quiser se reelegar, precisará negociar planos de ação nesta linha...De nada!
Vale lembrar que o aumento das queimadas na Amazônia, vai em sentido contrário a esse paradigma, haja vista a ação deletéria dos eventos oriundos do clima, no País. E não será agora, com esses impactos sociais e ambientais agudos, que sequer conhecidos são, em sua totalidade, que devemos tolerar grupos econômicos ligados à velha mídia impressa e eletrônica, monopolizarem o debate, para infelizmente, favorecer a oposição, que tenta voltar ao poder , para fazer mais do mesmo, ou seja: o alinhamento com o Foro de SP, de triste memória (fome , miséria e venezualização) em países que o acolheram na AL. Há que se lutar pela consolidação da reforma do Judiciário, impedindo o aparelhamento do mesmo pela esquerda, não permitindo retrocessos no controle externo desse poder, pela Procuradoria do CNJ. É preciso voltar a aplicar a Lei da Ficha Limpa, cassar congressistas e togados envolvidos em crimes. Trazendo à memória que, a justiça representada pelo STF, hoje , é outra chaga social, com prisões arbitrárias por delito de opinião, algo que nem as piores ditaduras já vividas anteriormente no País conseguiram fazer. Triste momento, mas de luta!
Se quisermos, poderemos fazer em cinco anos a principal revolução necessária ao país, a educacional, e para isso, precisaremos de menos recursos e energia, do que devotamos para a realização das emendas do Centrão - com o orçamento secreto, e para partidos políticos comprarem vozes e consciências- neste ano eleitoral -vide os acordos , ora realizados no Congresso Nacional, para a votação dessas leis específicas, muitas delas deletérias ao arcabouço institucional e jurídico da nação. Tudo isso, nas barbas de uma das piores legislaturas já eleitas no Brasil.
Continuando, a revolução sanitária é simples de ser feita e, com ela, deixaríamos de gastar vários bilhões de dólares por ano com o SUS. Basta sanearmos as cidades brasileiras, construindo estações de tratamento de água e esgoto, além de aterros sanitários. Essas metas estratégicas, farão girar a economia, e os resultados ficarão, para sempre , como marcos favoráveis às atuais e futuras gerações de brasileiros, que se desesperam hoje, com a atual crise sanitária do SARCOV2, todavia,como legado se conscientizaram da importância da gestão da saúde, em suas vidas. Vamos portanto, ajudá-los!
Que assim seja!
JOSÉ CARLOS NUNES BARRETO, Pós Doutor e Professor universitário
( Adaptado e atualizado de artigo publicado pelo autor no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 4 de janeiro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9).
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO
jose carlos nunes barreto
Ao apresentar o módulo, a autora afirma com precisão, que a metodologia é encontrada em toda pesquisa científica, devendo ser detalhada o suficiente, para que outro pesquisador possa replicar o estudo descrito, portanto, todo estudante de graduação, e pós graduação, precisa conhecer a estrutura de um artigo científico. “Esse formato de trabalho é utilizado em congressos, e revistas acadêmicas, como meio para circular o conhecimento adquirido numa pesquisa.”. Tanto os resultados do TCC, quanto projetos realizados ao longo do curso, podem render uma publicação. Escrever artigos, mesmo que em coautoria de professor orientador, também ajuda o aluno a pontuar no Currículo Lattes. Esses dados, são avaliados durante as seletivas para uma pós-graduação, podendo inclusive, garantir uma bolsa de mestrado ou doutorado. Portanto, de acordo com a autora, vale a pena investir um tempo para elaborar um texto coerente, informativo, e com uma linguagem acessível, seguindo normas de formatação da ABNT NBR 10719 ou da ABNT NBR 6022, conforme o tipo de trabalho científico.
Esta apostila e curso, é uma sequência que possibilita ao aluno, definir o que é um processo de metodologia científica, desde sua linguagem e argumentação, passando pelas etapas da pesquisa, até chegar na elaboração de um artigo cientifico, com suas estruturas, e normas utilizadas. (Metodologia do Trabalho Científico, in Apostila de Engenharia de Segurança do Trabalho. Editora Faculdade Única, Ipatinga,2021).
Conforme o conteúdo ensinado na mesma, o método científico deve ser diferenciado dos objetivos e produtos da ciência, como conhecimento, previsões ou controle, e , métodos são os meios, pelos quais estes objetivos são alcançados. Etimologicamente, a palavra metodologia, vem do grego “metá”, que significa na direção de, e “ hodós” que significa estudo, (Rodrigues, 2006, p.19), logo, inferimos que é o estudo crítico dos métodos utilizados. São as opções disponíveis para o estudo, daquilo que o pesquisador acredita poder saber mais. Rodrigues ainda define, de modo resumido, o que podemos identificar como metodologia científica: “Assim pode-se dizer que, a metodologia científica consiste no estudo, na geração e na verificação dos métodos, das técnicas, e dos processos utilizados na investigação, e resolução de problemas, com vistas ao desenvolvimento do conhecimento científico. O conhecimento científico, se constrói por meio de investigação científica (Rodrigues, 2006, p.19)”.
Ainda segundo a autora, "o desenvolvimento do método científico, envolve algumas das culturas mais esclarecidas da história, bem como alguns grandes cientistas, filósofos e teólogos. Além de analisar as mudanças na filosofia, subjacente à descoberta científica, não podemos esquecer algumas das ferramentas, que tornam a ciência possível, incluindo indexação de bibliotecas, e revistas científicas revisadas por pares". Desde as observações dos antigos gregos e zoroastrianos, até o telescópio espacial Huble, a história do método científico, está subjacente ao desenvolvimento de toda ciência e tecnologia, e devemos nossa tecnologia moderna, à algumas mentes grandes e inovadoras que delas se socorreram.
Quivy & Campenhoudt (1995,p.247-53) falam sobre os princípios contidos nos 3 eixos de uma pesquisa. e da lógica que os unem: 1-A ruptura- romper com ideias pré-concebidas e falsas evidências; 2- A construção- A ruptura só se efetua, ao nos referirmos a um sistema conceitual organizado, suscetível de expressar a lógica que, o pesquisador supõe ser a base do objeto em estudo;3- A constatação – uma proposta de pesquisa tem direito ao status científico, quando ela é verificável, por informações de realidade concreta: a experimentação. Segundo Goldemberg apud Prominas, numa pesquisa científica, é imprescindível existir: a) Uma pergunta que se deseja responder; b) A elaboração de um conjunto de passos que permitam chegar na resposta; c) A indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida. Ainda, de acordo com a autora, as etapas de uma pesquisa são:1) Identificar o problema; ;2) revisão da literatura;3) Esclarecer o problema;4) Examinar o resultado e tirar conclusões.
Segundo a apostila, o modelo hipotético dedutivo, é uma descrição da proposta do método científico, e é conhecido como teste de hipóteses. Em princípio, não levanta problema, uma vez que sua validade, depende do teste empírico apropriado. Hipóteses, variáveis dependentes. e independentes, formam um conjunto de ferramentas teóricas que, nos auxiliam a criar teorias sobre fenômenos da natureza, e envolvem 3 níveis. No primeiro, acontece a observação dos fatos, fenômenos, comportamentos e atividades; no segundo, temos as hipóteses, e finalmente, no terceiro, surgem as teorias, hipóteses validadas e sustentáveis ( aquelas que foram testadas)
Durante as etapas da pesquisa científica, uma leitura crítica se faz necessária, quando se chega à ” estrutura profunda”, isto é , verificar consistência, lógica, tom, organização e vários outros itens, que permitem ir além da superfície do texto. Segundo a autora, a leitura crítica, é uma precursora importante da escrita crítica, e , na sequência fornece algumas ideias sobre, como o pesquisador pode se tornar um escritor mais crítico, independente de quanto objetivo, técnico ou científico, seja o assunto. Sabendo-se que o mesmo haverá de tomar muitas decisões, durante o processo de pesquisa e redação, e que cada uma dessas decisões é um tópico potencial, para exame e debate, e não para aceitação cega. O objetivo da leitura crítica não é encontrar falhas, mas avaliar a força da evidência e do argumento. A capacidade de reinterpretar, e reconstruir para maior clareza e legitimidade, também é um componente da leitura crítica, ainda de acordo com a autora, pensar criticamente, no sentido acadêmico, envolve ter a mente aberta, usando julgamento e disciplina, para processos que o pesquisador está aprendendo, sem deixar que seu viés, ou opinião pessoal, prejudique os argumentos. Alguns autores sugerem que, se deve começar a escrever um artigo científico, pelos objetivos e conclusões do trabalho, de acordo com a análise crítica dos resultados encontrados... Dessa forma, é possível ter uma visão clara da pergunta, que se gostaria de responder, com a pesquisa (Os objetivos) E quais as respostas, realmente se encontrou (Conclusões). As conclusões, ainda segundo a autora, são o ponto forte do estudo, e guia para estruturação do texto do trabalho científico.
Como considerações finais, me amparo na lavra da autora, sobre o bom uso da habilidade de construir trabalhos acadêmico -científicos: “se supõe dar ao acadêmico ou pesquisador, não apenas o domínio dos conteúdos e técnicas, próprias à especificidade da atividade profissional, como também, e principalmente -(acrescento), o domínio dos aspectos relacionados, à forma e à sistematização do próprio pensar”. Nesta caminhada rumo ao final desta especialização, em Engenharia de Segurança do Trabalho, o curso de metodologia do Trabalho científico, nos ensina a ser críticos e a pensar, por conseguinte, nada poderia ser mais adequado e estimulador para o início de uma carreira, que se abre, no horizonte de um profissional preparado!
REFERÊNCIA
Metodologia do Trabalho Científico, in apostila de Engenharia de Segurança do Trabalho. Editora Faculdade Única, Ipatinga,2021)
Fé e Confiança
Fé e Confiança
“Entregue o teu caminho ao Senhor, confie nele, e Ele tudo fará” Salmo 37:5
Aos meus alunos de graduação e pós graduação, tenho sempre de mostrar “cases” de planejamento estratégico bem sucedidos, e neles constato que, a visão dos fundadores, é o que move essas organizações. Quem acreditaria na revolução contida em um pequeno computador pessoal, na década de 70? caso da Microsoft de Bill Gattes ; ou que um armazém de varejo em Uberlândia, disposto a fazer entregas a seus clientes, se transformaria na maior empresa de logística da América Latina, tantos anos depois ?caso do Grupo Martins do sr Alair Martins; ou, que o sonho de Martin Luther King , “libertaria” a sociedade negra americana e geraria a poderosa Condolleza Rice de hoje? Sempre pergunto em minhas consultorias: como você e sua empresa, esperam estar fazendo negócios daqui a dez anos? A maioria dos empresários não sabe a resposta. Alguns poucos,
respondem na ponta da língua. Têm-na como visão, após o filtro dos princípios (crenças e valores), somados à análise do ambiente de negócios. Há fé nestes líderes.
Ao “tocarem” as organizações (religiosas, empresas ou países), essas lideranças têm a seu favor, “insights” que lhe são emprestados por conselheiros, normalmente fora dos papéis e ambições hierárquicas, das organizações que dirigem. Esses, costumam dar ao líder, opiniões e informações imaculadas, com elevada franqueza, e iluminada perspectiva de êxito. Há entre esses conselheiros e líderes, uma relação de confiança que Saj-nicole Joni, chama de estrutural, em seu brilhante artigo: ”A Geografia da Confiança”, em “Harvard Business Review” 2004-03, após estudar a questão de liderança, em 150 empresas européias e americanas. Há segundo a autora, dois outros tipos de confiança: a profissional e a pessoal. Fica claro que um dirigente, precisa de um “kitchen board” -uma espécie de conselho de sua cozinha, para que suas decisões possam acontecer, após ouvir pelo menos três opiniões às vezes estruturais, outras vezes profissionais, e algumas até pessoais, porque, após tomadas e executadas, moverão muitas vezes mercados, países e o mundo.
Interessante notar que, quando se movem dentro da organização, os conselheiros podem mudar o peso de suas opiniões, junto ao líder. A confiança profissional, cresce à medida que a liderança trabalha, lado à lado com indivíduos que, reiteradamente demonstram domínio sobre certos processos e áreas do saber. Alguns homens de confiança estrutural, deixam de sê-lo, quando assumem cargos dentro da organização, e passam a ser “contaminados” pelos interesses corporativos. Já a confiança pessoal, normalmente conservada a partir de laços familiares, ou de amizade, é refém de todas as mazelas que estas relações abrigam, fazendo despencar(no divórcio por exemplo)conselheiros, e ascender novos, com todos os seus impactos.
Por maior que seja a ascensão de alguém no papel de líder, a tríade de confianças estrutural, profissional e pessoal, é mais do que necessária em seu corpo de conselheiros, para tomada de decisões, que podem mudar a vida de milhares de pessoas, e a sorte de organizações. Já a fé...esta só vem de Deus (e é para os que creem).
Concluindo: “A Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” ensina a bíblia,”um líder para ter sucesso, deve aprender a usar a geografia da confiança” completa Saj-Nicole Joni. Que tal ficarmos com as duas, fé e confiança, para líderes, e para nós, mortais comuns?
José Carlos Nunes Barreto
Pós- Doutor e sócio-diretor da DEBATEF Consultoria
quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
Análise de Risco em Máquinas e Equipamentos Industriais
José Carlos Nunes Barreto
A autora oferece nesta apostila e curso, uma visão da evolução histórica da manutenção, partindo das gerações iniciais e chegando à Manutenção Produtiva Total- TPM, assim como, detalha um hígido estudo sobre arranjo físico, com os diferentes tipos de leiautes, que atendem às características dos processos projetados. Todavia, adverte que alguns processos podem exigir um mix de layouts para suas execuções e, são mostrados nela bons exemplos disso. Neste trabalho, também são apresentados conceitos fundamentais, derivados das Normas regulamentadoras-NRs, para Segurança no Trabalho em instalações e serviços de eletricidade (NR10), bem como a segurança no canteiro de obras (NR18) (Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, in apostila de Engenharia de Segurança do Trabalho. Editora Faculdade Única, Ipatinga,2021).
Ainda segundo a autora, esta lavra é baseada em uma pesquisa qualitativa, desenvolvida a partir das referências bibliográficas, cujo principal objetivo, é apresentar a importância de observar todos aspectos constantes das NRs, integradas e complementares, como forma de prevenção e controle de riscos em máquinas, equipamentos e instalações, e os resultados revelam que, as manutenções corretiva,e preventiva, são importantes para a boa segurança do ambiente, e segurança dos trabalhadores. Um especial destaque para as condições inseguras, em um ambiente laboral: Os acidentes de trabalho, podem ocorrer de diversas formas, e podem ser causados por uma miríade de situações, dentre elas, cabe lembrar as condições inseguras, que estão relacionadas aos perigos, aos quais os trabalhadores estão submetidos, e, devem ser controlados e/ ou eliminados, de modo a contribuir para o sucesso das atividades de produção, com segurança e qualidade. Exemplos dessas condições, podem ser facilmente observadas no ambiente organizacional, e. se caracterizam pela falta de manutenção em máquinas, equipamentos e ferramentas necessárias ao trabalho; dispositivos de segurança com defeito; instalações projetadas de modo precário, entre muitas outras causas. Nesse sentido, prossegue a autora, para alcançar este objetivo, o profissional habilitado, deve elaborar um projeto de instalação. Esse projeto, deve ser único e exclusivamente pensado para aquela destinação. Com o intuito de manter a segurança, e a qualidade da produção em dia, um programa de manutenção periódico, específico, deve ser elaborado e implementado, devendo conter ferramentas, que promovam o monitoramento dos desempenhos de máquinas, equipamentos e instalações. (Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, in apostila de Engenharia de Segurança do Trabalho. Editora Faculdade Única, Ipatinga,2021).
Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas ( ABNT) de 1994,manutenção é entendida como, uma combinação de ações técnicas e administrativas(inclusive as de supervisão) que objetivam manter, ou recolocar, um item em condições favoráveis para desempenhar uma função requerida(ABNT,1994).
A definição do termo “Manutenção”, passou por diferentes processos de evolução. Primariamente, para o minidicionário da língua portuguesa (BUENO, 2001, p.11). Manutenção é, “o ato ou efeito de manter, gerenciar, administrar e conservar”. Entretanto, esse conceito, não preenche as necessidades do setor, tendo sido necessário que os autores, propusessem uma nova ideia, que objetivasse atender a um processo de produção, ou de serviço, com confiabilidade, segurança, custo adequado, e com a preservação do MA. Nesse sentido Kardec e Nascif (2013, p.13) declaram que:
“Para exercer papel estratégico, a manutenção precisa estar voltada para os resultados empresariais da organização. É preciso, sobretudo, deixar de ser apenas eficiente para se tornar eficaz, ou seja, não basta apenas reparar o equipamento ou instalação tão rápido quanto possível, mas é preciso principalmente manter a função do equipamento para a operação, reduzindo a probabilidade de uma parada de produção não planejada”.
Na mesma linha, Soeiro, Oliveira e Lucato (2017), dizem que a manutenção nas últimas décadas, deixa de ser um instrumento de mero reparo, e se torna um meio primordial para o alcance dos objetivos de uma organização. As maiores complexidades dos equipamentos, fizeram da manutenção, uma função complexa, que se encontra dotada de novas técnicas, de modernas ferramentas de gestão e de inovadoras abordagens. Dessa forma, Soeiro, Olívio e Lucato (2017), dizem que, para gerenciar corretamente os modernos meios de produção, é necessário pensar em métodos e sistemas de planejamento, controle e execução, eficazes e viáveis economicamente.
Os autores acima citados, continuam , afirmando que a confiabilidade e a disponibilidade dos produtos, se tornaram imprescindíveis, com o crescimento da automação e da mecanização, maior compartilhamento entre diferentes setores, como o de saúde; telecomunicações; processamento de dados e gerenciamento. Entretanto, maior automação, pode significar maiores falhas, como por exemplo, falhas em maquinários, que podem afetar a pontualidade da rede de transporte, e o controle climático, o que pode acarretar menor capacidade de produção, e queda nos padrões de qualidade estabelecidos. Sendo assim, apresentamos a terceira geração, o conceito de manutenção preditiva, como muito bem expressado por Soeiro, Olívio e Lucato (2017): “É um conjunto de programas especiais (análise e medição de vibrações, termografia, análise de óleo, etc...), orientados para o monitoramento de máquinas e equipamentos em serviço. Sua finalidade é prever falhas e detectar mudanças no estado físico que exigiriam serviços de manutenção, com a antecedência necessária para evitar prejuízos maiores”. Segundo a ABNT, manutenção preditiva é a que permite garantir uma qualidade de serviço desejado, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando meios de supervisão centralizados, ou de amostragens, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva, e por conseguinte, a manutenção corretiva (Associação BRASILEIRA DE Normas Técnicas- ABNT,1994)
A Manutenção centrada em Confiabilidade-MCC, mantém a segurança e a qualidade dos equipamentos, ou seja, é um programa de gestão que garante as funções, as condições à economia, e o desempenho operacional, para que não afete o MA. Dessa maneira, os autores Soeiro, Olívio e Lucato (2017) ratificam que a MCC, preza pela diminuição da atuação das manutenções corretiva e preventiva, por meio do desenvolvimento de atividades mais eficientes, e por técnicas aprimoradas de análise de falhas. O pilar da manutenção de qualidade, segundo os autores (LAMPKOWSKI, MASSOV, CARRIJO,2006), garante a qualidade no processo, elimina além das reclamações de clientes, o número de homens/hora, utilizados para inspeção dos produtos. Ainda segundo os mesmos, a Qualidade Intrínseca Adquirida, pode ser entendida como a segurança que está garantida, mesmo na presença de falhas. A ideia de um projeto, que seja intrinsicamente seguro, converge, com o conceito de prevenção, e podemos considerar como uma chave de ouro, para finalizarmos a jornada deste relatório, com esta técnica, que é muito utilizada para garantir a segurança de instrumentos, em atmosferas potencialmente explosivas (MORAES,2010).
REFERÊNCIA
Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, in apostila de Engenharia de Segurança do Trabalho. Editora Faculdade Única, Ipatinga,2021)
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