sábado, 15 de setembro de 2018

Minha vida como Pesquisador de Universidade Pública(2)

Estou quase com setenta anos e, desde os 15 anos trabalho  com educação. Naquela época, morava no bairro Fonseca em Niterói, numa comunidade ao pé do morro, e próximo ao asfalto da Alameda Boa Ventura , onde minha clientela, era formada por alunos abastados, que ficavam de segunda época ( segunda chance para alcançar média e passar de ano)em matemática e física. 

De lá para cá, nunca parei um semestre qualquer...( Este segundo semestre de 2018,  - trabalho na ESAMC-Uberlândia,  estou coordenando curso de Extensão sobre Sistema Integrado de Gestão - com as normas ISO 9001, ISO14001, e a ISO45001, que substitui a OHSAS 18001).

 Retomando o foco da prosa,lembro que minhas pesquisas de mestrado e doutorado, foram feitas em paralelo com regência de salas de aula, em disciplinas dos cursos de tecnologia mecânica,  Engenharias e Administração, em diferentes IESs -Instituições de Ensino superior- dormia pouco, quatro horas , e trabalhava nas pesquisas das 22 h até 2 da manhã.

 Este horário é o ideal, porque nele  não há interrupção, e isto aumenta a produtividade, para análise de dados de coleta de campo, tabulação , correlação estatística, além da  análise de resultados...tudo durante a noite...A realização de pesquisa de campo, era realizada pela manhã ou à tarde, e as primeiras horas noturnas, eram dedicadas à sala de aula...

Meu orientador principal foi Carlos Celso do Amaral e  Silva, a quem homenageio  como "pai do saber", na Faculdade de Saúde Pública da USP, no departamento de Saúde Ambiental ,o qual , diante do descortino proporcionado pelos resultados dos trabalhos,  sempre me ensinou sabedoria, humildade e grandeza, principalmente durante as discussões com a banca de notáveis mestres, que me aprovou. 

Não foi fácil ser doutor em ciência, e. claro, como professor, e estando mais próximo de meus alunos, não faço questão de ser chamado assim ( aliás,  não tenho cara de doutor - sou um negro)por isso,  rio , quando presencio situações em que profissionais, há pouco formados, forçam a barra para serem chamados de doutor , sem terem suportado o custo social e econômico-financeiro  para alcança - lo,  falo principalmente de advogados  e  juízes, ora vejam!

               José Carlos Nunes Barreto
  Pós- doutor e Sócio diretor da DEBATEF CONSULTORIA

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