" Até os moços perdem as forças/E caem de tanto cansaço,/Mas os que esperam no Senhor/Sempre renovam suas forças(...)/Correm e não se cansam,/Sobem voando como águias"Isaías 40
A propósito da condenação de Lula,e da sua não prisão após condenação em segunda instância.Um e- mail me impressionou: uma leitora perguntava" Como fazer para a sociedade se levantar.Seria pelo voto, tornava a perguntar.Mas nós já votamos tanto, e sempre somos traídos!"continuava ela. Pois o voto popular proporcionou à Lula viver em palácios, com belo salário, e oportunidades legítimas, que não passavam, nem de longe pelo opróbrio de desvios de recursos do erário, ocorrido para suas próprias arcas, ou para a de seus filhos e apaniguados.Uma vergonha, e um péssimo exemplo para essa e futuras gerações.Se elegeu como uma vestal, pregando a moralidade na política, não roubar e não deixar roubar - era este o bordão do PT.
A crueldade da corrupção está no fato que, o povo sofre com a falta dos recursos desviados, seja na saúde,seja na educação e agora principalmente na falta de segurança, que custa milhares de vidas , anualmente, ao País.Como não ir às ruas reclamar, pergunta a leitora, e eu endosso.Foi quando me deparei com o texto de Isaías 40 supra citado. Às vezes a gente se cansa, mesmo sendo jovem, todavia somente aqueles que renovam suas energias em Deus, conseguem combater as vilanias, desigualdades sociais, e desmandos do mundo.Exemplos não faltam: o próprio profeta em tela, Zumbi, Gandhi, Luther King, Mandela, os estudantes venezuelanos contra Maduro...Muitas pessoas se desenvolvem para serem águias,e não galinhas no seu dia a dia,vêem longe no horizonte,atingem objetivos após irem à luta, enquanto as últimas ciscam sempre para trás olhando o conjuntural, o chão... e muitas vezes,dependem até que o alimento lhes seja servido.
Por oportuno, estou relendo "Voando como Águia", do professor Gretz (ed. Markgraph-RJ). Dele recuperei uma fábula, que peço vênia para transcrever:"Um camponês foi caçar na floresta, e capturou um filhote de águia , que decidiu criar em casa. Colocou-o no galinheiro com as galinhas.Tempos depois, um naturalista que passava pela região, ao visitar o camponês, percebeu a ave diferente no terreiro.´Esse pássaro aí não é galinha.É uma águia.´O dono da casa respondeu:´Era uma águia . Agora não é mais, porque eu a criei como galinha, e ela tornou-se uma galinha como as outras´.O visitante,concluiu:`Esta ave sempre será uma águia, porque ela tem um coração de águia, tem o instinto das águias.Isso vai fazer com que ela voe pelas alturas algum dia`.`Não ,senhor, de jeito nenhum´, insistiu o camponês, até que foi convencido pelo naturalista, a levá-la até a mais alta montanha da região,ergueu-a e ordenou:`Águia você pertence ao céu e não à terra.Abra suas asas e voe´.Ela tremeu nos braços do homem.Sentiu medo de experimentar a nova vida.Daquela vez não voou. No dia seguinte, o naturalista segurou-a firmemente bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se de claridade e da vastidão do horizonte.Naquele momento,ela grasnou visceralmente , abriu suas asas e ergueu-se soberana sobre o vale."
Não seremos galinhas, se como águias, tivermos estratégias e metas, visão de longo alcance, forma física,determinação e com ousadia formos à luta.Acima de tudo, se em Deus renovarmos nossas energias, pairaremos sobre o conjuntural- uma liderança nacional abjeta como Lula- que quis fazer seu povo ciscar como galinhas, e se deixássemos, transformaria este País em um reino socialista decadente e faminto, a exemplo da Venezuela.
Tenho dito.
Jose Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor e membro da Academia de Letras de Uberlândia(ALU)
debatef@debatef.com
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
O Poder nas Organizações
"Valores transcendentes, como a confiança e a integridade, traduzem-se literalmente em receita, lucros e prosperidade"(Patrícia Aburdene)
Na minha carreira de professor e orientador, participei de dezenas de bancas de trabalhos de fins de curso, desde a graduação até ao doutorado,e poucas vezes atribuí nota dez , como no trabalho da aluna Ariadney Ferreira, candidata a especialista em Gestão de Pessoas, e orientada pela professora Luciane Grispe, no trabalho intitulado" A Relação entre a Cultura Organizacional e o Poder nas Organizações".
Explico porque:Uma pesquisa bem feita em um assunto de suma importância, e que cada vez mais necessitamos conhecer para entender melhor o funcionamento das organizações. A autora demonstrou a hipótese de que a cultura organizacional influencia o tipo de poder exercido exercido por seus gerentes. Afinal, o que é cultura organizacional,e o que entendemos ser o poder ,perguntaria o leitor.
Na brilhante apresentação, percebemos que várias palavras e /ou o conjunto delas constroem o conceito de cultura organizacional: identidade, costumes, normas, valores, políticas e artefatos( a parte tangível da organização).Já o poder, da mesma forma, pode ser formal(coercitivo, de recompensas, de legitimidade, de referência ou de informação) ou pessoal( carismático, de talentos, de perícia, ou de referência- alguém que é um paradigma).
Todo trabalho científico precisa de um cuidado especial com a metodologia a ser usada, para atingir os resultados. Ao investigar esta correlação, a aluna usou dois métodos já validados em muitas pesquisas anteriores: o da abordagem, que parte de terorias e leis de gestão de pessoas, e o de métodos de procedimento,que são o histórico,o comparativo, e o estatístico, além da aplicação no campo da escala de valores da Tamayo(para medir a cultura organizacional), e da escala de poder supervisor, de Martins e Guimarães( para medir o poder).
Sei que artigos científicos não são pops, mas é com a aplicação deles que caminhamos para um estado de bem estar social, quando conseguimos aplicar seus resultados na produção de bens e serviços, trazendo a prosperidade, além disso eles apontam para uma correlação positiva entre poder e cultura, razão deste estudo.
O que nos chama atenção na pesquisa, é que a cultura organizacional, as competências,
e os resultados lucros e dividendos , estão alinhados em um mesmo vetor, agora desnudado.Via de consequência, entender a cultura e o uso do poder nas organizações, nos ajuda a trabalhar melhores instrumentos para construção da competência empresarial, adequada a cada empresa, e que gerarão os melhores resultados a curto, médio e longo prazo. Parabéns à aluna e à sua orientadora.Quanto a nós, só nos cabe : mãos à obra!
José Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor e Sócio diretor da DEBATEF Soluções e Conhecimento
debatef@debatef.com
Na minha carreira de professor e orientador, participei de dezenas de bancas de trabalhos de fins de curso, desde a graduação até ao doutorado,e poucas vezes atribuí nota dez , como no trabalho da aluna Ariadney Ferreira, candidata a especialista em Gestão de Pessoas, e orientada pela professora Luciane Grispe, no trabalho intitulado" A Relação entre a Cultura Organizacional e o Poder nas Organizações".
Explico porque:Uma pesquisa bem feita em um assunto de suma importância, e que cada vez mais necessitamos conhecer para entender melhor o funcionamento das organizações. A autora demonstrou a hipótese de que a cultura organizacional influencia o tipo de poder exercido exercido por seus gerentes. Afinal, o que é cultura organizacional,e o que entendemos ser o poder ,perguntaria o leitor.
Na brilhante apresentação, percebemos que várias palavras e /ou o conjunto delas constroem o conceito de cultura organizacional: identidade, costumes, normas, valores, políticas e artefatos( a parte tangível da organização).Já o poder, da mesma forma, pode ser formal(coercitivo, de recompensas, de legitimidade, de referência ou de informação) ou pessoal( carismático, de talentos, de perícia, ou de referência- alguém que é um paradigma).
Todo trabalho científico precisa de um cuidado especial com a metodologia a ser usada, para atingir os resultados. Ao investigar esta correlação, a aluna usou dois métodos já validados em muitas pesquisas anteriores: o da abordagem, que parte de terorias e leis de gestão de pessoas, e o de métodos de procedimento,que são o histórico,o comparativo, e o estatístico, além da aplicação no campo da escala de valores da Tamayo(para medir a cultura organizacional), e da escala de poder supervisor, de Martins e Guimarães( para medir o poder).
Sei que artigos científicos não são pops, mas é com a aplicação deles que caminhamos para um estado de bem estar social, quando conseguimos aplicar seus resultados na produção de bens e serviços, trazendo a prosperidade, além disso eles apontam para uma correlação positiva entre poder e cultura, razão deste estudo.
O que nos chama atenção na pesquisa, é que a cultura organizacional, as competências,
e os resultados lucros e dividendos , estão alinhados em um mesmo vetor, agora desnudado.Via de consequência, entender a cultura e o uso do poder nas organizações, nos ajuda a trabalhar melhores instrumentos para construção da competência empresarial, adequada a cada empresa, e que gerarão os melhores resultados a curto, médio e longo prazo. Parabéns à aluna e à sua orientadora.Quanto a nós, só nos cabe : mãos à obra!
José Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor e Sócio diretor da DEBATEF Soluções e Conhecimento
debatef@debatef.com
sábado, 27 de janeiro de 2018
"Perfume de Mulher"
"A amizade sincera; É um santo remédio;É um abrigo seguro"(cancioneiro popular)
O assunto da mesa do restaurante era perfume,cheiro.Os franceses não tomam banho e se orgulham disso, porque usam os seus perfumes para complementar sua marca.Os cientistas têm desvendado nas pesquisas que, para as mulheres e homens, o cheiro humano tem uma importância preponderante na escolha de seus companheiros.Algo tão animal, que muitas vezes preferimos esconder, sob pretexto de sermos mais desenvolvidos que outros primatas.
Um deficiente visual, por exemplo, desenvolve os demais sentidos, principalmente o olfato, que fica tão bom, que passa a apresentar o ambiente em que ele está.Se calmo e em paz, ou se há tensão entre as pessoas. Se limpo e organizado, ou se desleixado, e com sujeira nos cantos e debaixo do tapete. Nas relações humanas, e para o bom relacionamento, é importante recorrermos aos usos e aos costumes do lugar onde estamos( em Roma, como os romanos) ou fazer "o espelhamento", no jargão dos psicólogos. Todavia,como ficar 3 dias sem tomar banho, e achar isso normal, se nossa cultura indígena nos ensinou a tomar, pelo menos um banho por dia, indago...Eis aí um choque cultural que só quem viveu na França pode entender.Cito minha experiência de 30 dias em Paris, Chez Josias- meu irmão que cursava o doutorado na Sorbonne.
E, como era comum conversarmos sobre tudo, me espantou seus relatos sobre a higiene íntima das francesas, logo explicado pela cobrança do síndico do seu prédio , pelo alto consumo de água do apartamento, em que dois casais e duas crianças ,tinham o péssimo hábito de tomar até mais de um banho por dia.
Quando, retribuindo a visita , meu irmão veio com a família até Santos, onde eu morava, minha sobrinha adolescente trouxe um namorado francês. O rapaz ia para praia, voltava, e permanecia invicto, em relação ao H2O no corpo, mesmo após às diretíssimas da sobrinha, ao entregar ao mesmo a toalha, ligar o chuveiro, e ordenar tome banho "agora".
Todavia, como toda virtude está no meio, acho que o bom perfume se completa com o cheiro da mulher amada.E o excesso de banhos sim, prejudica essa química.Me lembro então de Napoleão, no outro extremo,escrevendo para que sua mulher não se lavasse , porque ele estava para chegar,depois de meses no campo de batalha. Não chegaria a tanto, porém pergunte ao que não vê a luz, como é afrodisíaca e explosiva essa mistura,cheiro do sexo + perfume, apreciada por todo aquele que desenvolveu o olfato para entender e apreciar o mundo.
No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, guiado por seu espetacular faro,tira uma belíssima e sexy moça para dançar, e ela responde: "Não posso, porque meu noivo vai chegar em minutos..." " Mas em um momento se vive uma vida"- reponde ele, conduzindo-a num passo de tango. E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.
Algumas pessoas vivem ,como se o mundo físico não cheirasse. Comem comida estragada por isso.Casam com pessoas erradas.Não descobrem a profundidade, e diversidade dos aromas que a vida proporciona, porque tudo é questão de treinar e desenvolver o olfato:enxergar com o nariz.Que todo mundo tem, mas que um nunca é igual a outro em suas sensações- um amigo sincero, um santo remédio e um abrigo seguro.
José Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor e membro da Academia de Letras de Uberlândia(ALU)
debatef@debatef.com
O assunto da mesa do restaurante era perfume,cheiro.Os franceses não tomam banho e se orgulham disso, porque usam os seus perfumes para complementar sua marca.Os cientistas têm desvendado nas pesquisas que, para as mulheres e homens, o cheiro humano tem uma importância preponderante na escolha de seus companheiros.Algo tão animal, que muitas vezes preferimos esconder, sob pretexto de sermos mais desenvolvidos que outros primatas.
Um deficiente visual, por exemplo, desenvolve os demais sentidos, principalmente o olfato, que fica tão bom, que passa a apresentar o ambiente em que ele está.Se calmo e em paz, ou se há tensão entre as pessoas. Se limpo e organizado, ou se desleixado, e com sujeira nos cantos e debaixo do tapete. Nas relações humanas, e para o bom relacionamento, é importante recorrermos aos usos e aos costumes do lugar onde estamos( em Roma, como os romanos) ou fazer "o espelhamento", no jargão dos psicólogos. Todavia,como ficar 3 dias sem tomar banho, e achar isso normal, se nossa cultura indígena nos ensinou a tomar, pelo menos um banho por dia, indago...Eis aí um choque cultural que só quem viveu na França pode entender.Cito minha experiência de 30 dias em Paris, Chez Josias- meu irmão que cursava o doutorado na Sorbonne.
E, como era comum conversarmos sobre tudo, me espantou seus relatos sobre a higiene íntima das francesas, logo explicado pela cobrança do síndico do seu prédio , pelo alto consumo de água do apartamento, em que dois casais e duas crianças ,tinham o péssimo hábito de tomar até mais de um banho por dia.
Quando, retribuindo a visita , meu irmão veio com a família até Santos, onde eu morava, minha sobrinha adolescente trouxe um namorado francês. O rapaz ia para praia, voltava, e permanecia invicto, em relação ao H2O no corpo, mesmo após às diretíssimas da sobrinha, ao entregar ao mesmo a toalha, ligar o chuveiro, e ordenar tome banho "agora".
Todavia, como toda virtude está no meio, acho que o bom perfume se completa com o cheiro da mulher amada.E o excesso de banhos sim, prejudica essa química.Me lembro então de Napoleão, no outro extremo,escrevendo para que sua mulher não se lavasse , porque ele estava para chegar,depois de meses no campo de batalha. Não chegaria a tanto, porém pergunte ao que não vê a luz, como é afrodisíaca e explosiva essa mistura,cheiro do sexo + perfume, apreciada por todo aquele que desenvolveu o olfato para entender e apreciar o mundo.
No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, guiado por seu espetacular faro,tira uma belíssima e sexy moça para dançar, e ela responde: "Não posso, porque meu noivo vai chegar em minutos..." " Mas em um momento se vive uma vida"- reponde ele, conduzindo-a num passo de tango. E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.
Algumas pessoas vivem ,como se o mundo físico não cheirasse. Comem comida estragada por isso.Casam com pessoas erradas.Não descobrem a profundidade, e diversidade dos aromas que a vida proporciona, porque tudo é questão de treinar e desenvolver o olfato:enxergar com o nariz.Que todo mundo tem, mas que um nunca é igual a outro em suas sensações- um amigo sincero, um santo remédio e um abrigo seguro.
José Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor e membro da Academia de Letras de Uberlândia(ALU)
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