terça-feira, 28 de novembro de 2017

SOS Segurança2



Anos atrás um avião bandeirante, com 30 anos de idade e superlotação, caiu na amazônia, matando 24 pessoas de uma mesma família. O piloto tentou repetir o pouso heróico do rio Hudson, mas aqui, encontrou enormes toras de madeira submersas , precipitando o desastre. Nas mídias, apareceu o drama familiar, agravado pelo fato de que normas de segurança, mais uma vez foram desrespeitadas, ao não se contabilizar sete crianças viajando em colos de parentes. O órgão que deveria fiscalizar não fez seu papel, numa região carente de transporte, em que uma viagem fluvial, também insegura, com gaiolas superlotadas, levaria dias. E gostaria de lembrar, em homenagem aos  o dia do Engenheiro e do técnico de segurança, o quanto a Nação perde, por não respeitar essas normas.
Faz um ano que o avião com o time da  chapecoense,  caiu nos arredores do aeroporto de Medelin na Colômbia, ceifando dezenas de vidas, por  causa de uma trivial pane seca, além uma série de outras irregularidades no voo.
Já a tragédia da boite Kiss, em Santa Maria faz 4 anos, e os responsáveis até hoje não foram punidos, além do que, centenas de espaços públicos em uso no Brasil, e sem fiscalização adequada,padecem dos  mesmos erros estruturais daquele ambiente de lazer noturno. Infelizmente ,muitos pais brasileiros, ainda chorarão a mesma dor daqueles progenitores gaúchos.
Continuando, não dá para esquecer também , do maior desastre de mineração do mundo , ocorrido em Mariana MG, com a subsidiária da Vale, a Samarco,  que matou dezenas de pessoas além do rio Doce, deixando milhões sem água para beber, sem trabalho, matando também fauna e flora em MG e Espirito Santo, afetando paraísos até então preservados na costa marítima deste estado.
No momento em que escrevo este artigo, centenas de indivíduos estão se acidentando, ou morrendo, por não respeitarem normas de segurança,quiçá sendo atingidos por quem não as respeita. E, o enredo se repetirá sempre : comigo não acontece. Ou vai ser só desta vez. Como resultado, temos  números de mortos de uma verdadeira guerra no País, só de vitimados por acidente, já que vivemos outra de verdade , com mutilados e mortos por fuzis, que entram e saem pelas nossas fronteiras- elas como se peneiras fossem- e pior ,vão parar nas mãos de bandidos .
Finalizando, a segurança deve portanto, ser aprendida e seguida como norma de vida , pois caso contrário,  será  ela a testemunha da história a lacrar o caixão dos recalcitrantes, imprudentes, e irresponsáveis.

Jose Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor e Presidente da Academia de Letras de Uberlândia(ALU)
debatef@debatef,com

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