Nesta fase de republicações, peço licença ao leitor amigo para refletir sobre como nada muda neste País nos últimos 10 anos,infelizmente...
“Não
me amarra dinheiro não/mas elegância/dinheiro não/mas a cultura/dinheiro
não/mas segurança”
Adaptado
de Caetano Veloso
Trabalho em um prédio que
seria o” World Trade Center de NY” em Uberlândia no triângulo mineiro, na localização e na forma ,guardadas
as devidas proporções. Várias vezes tentei, com o síndico montar uma brigada de
incêndio, e a investir em melhorias de segurança. Não há portas corta-fogo nos
andares e nenhuma escada de segurança anti-incêndio. Meu escritório de
consultoria é no décimo primeiro pavimento. Caso haja um incêndio em patamares
inferiores, só saio vivo se for por rapel, e contando com a sorte. Após a última decisão do condomínio
de reformar a fachada, ao invés de colocar as portas corta fogo, cheguei até a
procurar uma empresa credenciada.(Claro que não foi aquela do “bang-jump”
criminoso em Araguari).Indignado fui verificar qual era o estado da arte, em
termos de segurança dos prédios em UDI, e verifiquei que quase todos estão na
mesma situação: sem um sistema de
segurança operando, e sem utilizar
as normas vigentes, mesmo alertados pelo corpo de bombeiros. Uma brigada de
incêndio que treinasse as pessoas a saírem após a sirene, em ordem pela única e
estreita escada(porque fora de padrão normativo),salvaria muitas vidas como
salvou em NY no fatídico 11 de setembro de 2001. Aqui morreríamos todos. Em SP após
várias tragédias- a última foi o edifício Joelma de triste memória- uma
legislação municipal rígida, e a pressão da opinião pública tem levado a
importantes resultados nesta área. E aqui
porque a prefeitura não atua? E o ministério Público? E o Estado, mesmo com a famigerada taxa de
incêndio? Será que ,desgraçadamente só sabemos correr após o pior já ter
acontecido, como no caso dos saltos na ponte em Araguari?
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