Cabral está preso, finalmente.Sua agenda de nabucodonozor tupiniquim chegou ao fim.Outros virão atrás dele.A briga pelos bilhões dos royalties de petróleo não era para o povo, como se viu depois. Algumas vozes, como a deste escriba denunciaram sua miséria moral....
“Ora direis
ouvir estrelas...”
Olavo Bilac
Um
iluminado discurso do senador pelo PDT do DF, Cristovan Buarque, ,ecoou solenemente
no senado da república na semana em que foi divulgada a posição do Brasil como 85º país em IDH no
mundo, atrás de muitos países pobres e dos hermanos argentinos que por exemplo,
com Messi , Papa e mesmo em crise, estão
em 45º .Dizia ele que o governo ao invés de reconhecer que algo não vai bem com
a qualidade de vida do povo brasileiro, e a partir daí liderar uma maré para
reverter este escore negativo, “com sangue suor e lágrimas”-tal qual Churchil
na segunda guerra,nossa autoridade maior preferiu tentar mudar a planilha(dar
uma maquiada, como suspeitamos costuma
fazer). Ora senhora presidente, mesmo que estivéssemos na posição 68º com a tal
correção, isto seria triste para uma nação que já é a sexta economia do mundo, pondera
o nobilíssimo senador. O IDH é um indicador de Qualidade de Vida que varia de 0
a1- quanto mais próximo de 1 melhor , e avalia somente 3 dimensões de nossa
vida: a educação, a longevidade e o salário ou capacidade econômica do cidadão.
Quanto maior a educação, melhor se comporta os dois outros indicadores. Todavia,
muitos aspectos ruins de nosso cotidiano,
não são medidos: por exemplo, o tempo cada
vez maior que gastamos no trânsito, o estupor de nossas cidades derrotadas pelas cracolândias e a insegurança
a elas associadas; as nossas águas fétidas contaminadas pelo esgoto urbano;
nosso stress urbano com assaltos a luz do dia em semáforos.
Há ainda o
sentimento de perda e desilusão após sucessivas cheias de rios não dragados, e
encostas não escoradas em áreas de riscos, as quais todo ano ,na estação
chuvosa, ceifam vidas por irresponsabilidade de autoridades corruptas e
desatentas. A lista seria enorme, e por
certo pesaria tanto que, sequer estaríamos em 85º lugar. Para cada problema acima
citado existe uma solução já provada .E
porque não conseguimos realizar estes projetos? Não há falta de recursos. Falta
indignação neste País. Sequer vamos para as ruas com panelas como fazem os argentinos:
morremos bovinamente- e olhe que até os bois tem hoje quem os defenda por uma
morte mais digna!
Quando vejo
o governador do Rio brigar por bilhões e bilhões de reais que recebe de
Royalties de petróleo- pergunto: porque não escorou os barrancos de Petrópolis
nestes quase dois anos? porque não reconstruiu as pontes? além disso não dá
para vê-lo hoje, sem lembrar que curtiu Paris com Cavendish da Delta e com
lenços de pirata na cabeça, gastando a rodo dinheiro, fazendo o papel da
cigarra da parábola “ A cigarra e a formiga”. Agora cadê o dinheiro para resolver os problemas do dia a dia da população do Rio?
O segundo
discurso, outra luz, foi do poeta J.B. Guimarães citando o patrono de sua
cadeira, Olavo Bilac, e o belo poema em tela, ao tomar posse na ALU-Academia de
Letras de Uberlândia, que tenho a honra de presidir desde janeiro. Pudemos notar que a sociedade
pulsa e pode sinalizar o caminho ao
setor público, como protagonista da cena
cultural de nossa cidade, fazendo novos “ imortais” do pedaço.
Jose Carlos
nunes Barreto
Professor
doutor
debatef@debatef.com
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