quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Felicidade Interna Bruta


“Mais louco/ é quem me diz/Que não é feliz/Não é feliz!”
Rita Lee


Felicidade Interna Bruta

O que realmente contou para sermos felizes, dentro de uma exaustiva lista de realizações ao longo dos últimos 10 anos? Ao responder a esta pergunta, vamos nos defrontar com um dilema, que é mudar ou não nossa agenda para atingir o ideal de felicidade. Nem tudo que dá dinheiro traz felicidade, ao contrário do senso comum. As vezes até se prospera, e neste período, pensamos ser felizes. Segundo estudiosos de universidades americanas, isto acontece até que atinjamos o patamar de 100 mil dólares. Acima disso qualquer incremento não trará felicidade , e se for muito significativo, ao contrário, proporcionará desilusões e desgastes. Talvez por isso ,Jesus Cristo tenha ensinado no sermão do monte a “ não ajuntar tesouros na terra”. O PIB per capita(Produto Interno Bruto-quantidade de riquezas produzidas por um país em um ano, dividida pelo número de habitantes) até hoje é usado como indicador de desenvolvimento de um povo. Todavia, se você tiver um grande desastre ambiental, como o de Campo do Frade em Campos, a movimentação de recursos e tecnologia para saná-lo-por exemplo, fará um movimento do PIB para cima. O que a sociedade ganhou neste episódio? Só poluição e destruição. Pois na década de 90, surgiu um novo indicador que passou a representar melhor a qualidade de vida gerada pelo desenvolvimento: o IDH-Índice de Desenvolvimento Humano, que é estruturado por três colunas: renda per capita , longevidade e o número médio de anos de escolaridade da população .Este indicador varia de 0 a 1 ,quanto mais próximo de 1, melhor a qualidade de vida. Cidades como Curitiba, Niterói, Santos, possuem o IDH municipal próximo de 0.90 por isso são excelentes em qualidade de vida para as pessoas, e benchmarkings em sustentabilidade ambiental, portanto, vivendo nelas, a tendência é que os cidadãos sejam mais felizes. Porque? Posso enumerar alguns benefícios vivenciados por eles: 1-Menos tempo se locomovendo, pois os transportes de massa são rápidos e modernos.2- O ar da cidade é melhor pois há arborização e jardins 3 - A rede de ensino é de qualidade e atende do pré-escolar à pós graduação 4-Os Hospitais e rede de atendimento da saúde é de primeira linha, pois foram investidos ali recursos federais, estaduais e municipais 5- Há coleta de lixo diária ,inclusive a seletiva, e o esgoto é tratado em sua totalidade, enquanto o lixo vai para um aterro sanitário adequado às legislações ambientais.6- A população que dirige, foi educada para respeitar faixa de pedestres e ciclovias(elas existem!).
Mas ora vejam em Butão – pequeno País da ásia, um sultão se preocupou com a felicidade de seus súditos e passou a medi-la através do FIB-Felicidade interna Bruta, que substituiria o IDH .Claro que as universidades e estudiosos do mundo todo, agora querem criar um algoritmo que diga o que é FIB ,que para diferentes países, variaria de acordo com a cultura local. Mas o que chama a atenção é a inovação proporcionada por um líder, que se preocupa realmente, com a felicidade seus governados, e não em sangrá-los com impostos, para depois desviar estes recursos, como no Brasil.
Concluindo: Não importa se você mora em casebre ou palácio, é sempre possível ser feliz. Seja feliz. De Jesus: “Olhai os lírios do campo, eles não tecem e não fiam, e nem Salomão ,com toda sua Glória, se vestiu como nenhum deles.” Nosso Pai do Céu, cuida deles assim. Cuidará de você!
José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor
debatef@debatef.com

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