Antes da Lavajato e há 12
anos atrás, escrevi este artigo...Muita
coisa melhorou- Criou-se o CNJ, puniu-se magistrados, mas muito há muito ainda
por fazer...
“Nem os sábios nem os
destemidos se deitam nos trilhos da história para esperar que o trem do futuro
passe por cima deles”
Dwight D. Eisenhower
Sempre achei que uma das
maiores chagas da nação é a falta de acesso à justiça para o cidadão comum.. Pois a ONU acaba de, publicamente, censurar este país
como carente de justiça - deu na France Press. Chacinas não resolvidas, sem
punição aos responsáveis- sempre envolvendo policiais civis e militares,
portanto o Estado-atirando contra
pessoas desarmadas e sem passagens na polícia e cujo único crime foi
sair na rua no instante em que “a bandidagem”
fazia sua carnificina “à la gangues de Nova York”: Na última(last but
not least)trinta pessoas mortas na região de Queimados no RJ. Paradoxalmente,
não só a base da pirâmide social sofre com esta calamidade. O STF detém por
muitos anos com sua morosidade, decisões que afetam grande parte do PIB
nacional,(em bilhares de dólares)representado por empresários e empresas muitas
já falidas pela espera. A insegurança jurídica reina e aumenta o risco Brasil e
o “espread” bancário, afastando até mesmo investidores internacionais.
Nepotismo, formação de quadrilha, tráfico de
influência, venda de sentenças, e falta de disposição para mudar e cortar na
própria carne, são alguns dos crimes e mazelas que acompanhamos, atentos, nas
páginas policiais dos jornais e magazines do país ,e ,principalmente do exterior
,onde livres da pressão e do poder dos magistrados, lemos antes daqui ,absurdos
da nossa “justiça”. Há medo de se tocar no assunto, até mesmo no ministério
público. E este é dentre as instituições
forjadas na constituição cidadã de 1988,a que mais esperanças dá ao brasileiro e em quem ele mais confia para ajudar na
transformação da justiça...
E qual a solução? perguntaria
o leitor. Acredito que como formador de opinião, não posso me deitar nos trilhos
da história, como lembrou o grande estadista americano citado acima. Boas
perguntas são uma forma de resolver problemas de administração pública,
como ensina Sthefen Kenetz . Então vamos lá: 1)A quem interessa um judiciário
assim?2)Porque na reforma do judiciário só se faz mudanças tópicas3)Porque não
aprendemos com a Itália na öperação “Mãos Limpas”de combate à máfia que
contaminou aquele judiciário além de partidos políticos?4)Será que não temos homens públicos corajosos
para este comando que a nação clama?5)Como executar uma reforma que desate este
verdadeiro nó que segura o país?6)Onde deverá acontecer o começo do
processo?7)Quanto custa isto?8)Em quanto tempo se faz?
Vocês podem não ter percebido
mas estas perguntas são parte de uma ferramenta da qualidade que ensinamos nos
cursos de administração e é usada por
empresas no mundo inteiro: O 5W2H(iniciais em inglês de: o que?
Quem?onde?porque?como?quanto custa?e Quando?,sempre que a parte mais difícil já
foi executada ,isto é após descobrirmos o problema fundamental ou raiz. E
parece que está bem claro qual é ele ,ou não?
José Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor
debatef@debatef.com
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