segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Justiça?


Antes da Lavajato e há 12 anos atrás,  escrevi este artigo...Muita coisa melhorou- Criou-se o CNJ, puniu-se magistrados, mas muito há muito ainda por fazer...                     

 

               

“Nem os sábios nem os destemidos se deitam nos trilhos da história para esperar que o trem do futuro passe por cima deles”

Dwight D. Eisenhower

 

 

Sempre achei que uma das maiores chagas da nação é a falta de acesso à justiça para o cidadão  comum.. Pois a ONU  acaba de, publicamente, censurar este país como carente de justiça - deu na France Press. Chacinas não resolvidas, sem punição aos responsáveis- sempre envolvendo policiais civis e militares, portanto o Estado-atirando contra  pessoas desarmadas e sem passagens na polícia e cujo único crime foi sair na rua no instante em que “a bandidagem”  fazia sua carnificina “à la gangues de Nova York”: Na última(last but not least)trinta pessoas mortas na região de Queimados no RJ. Paradoxalmente, não só a base da pirâmide social sofre com esta calamidade. O STF detém por muitos anos com sua morosidade, decisões que afetam grande parte do PIB nacional,(em bilhares de dólares)representado por empresários e empresas muitas já falidas pela espera. A insegurança jurídica reina e aumenta o risco Brasil e o “espread” bancário, afastando até mesmo investidores internacionais.

 Nepotismo, formação de quadrilha, tráfico de influência, venda de sentenças, e falta de disposição para mudar e cortar na própria carne, são alguns dos crimes e mazelas que acompanhamos, atentos, nas páginas policiais dos jornais e magazines do país ,e ,principalmente do exterior ,onde livres da pressão e do poder dos magistrados, lemos antes daqui ,absurdos da nossa “justiça”. Há medo de se tocar no assunto, até mesmo no ministério público. E este  é dentre as instituições forjadas na constituição cidadã de 1988,a que mais esperanças dá ao  brasileiro e em  quem ele mais confia para ajudar na transformação da justiça...

E qual a solução? perguntaria o leitor. Acredito que como formador de opinião, não posso me deitar nos trilhos da história, como lembrou o grande estadista americano citado acima. Boas perguntas são uma forma de resolver  problemas de administração pública, como  ensina Sthefen Kenetz . Então vamos lá: 1)A quem interessa um judiciário assim?2)Porque na reforma do judiciário só se faz mudanças tópicas3)Porque não aprendemos com a Itália na öperação “Mãos Limpas”de combate à máfia que contaminou aquele judiciário além de partidos políticos?4)Será que não temos homens públicos corajosos para este comando que a nação clama?5)Como executar uma reforma que desate este verdadeiro nó que segura o país?6)Onde deverá acontecer o começo do processo?7)Quanto custa isto?8)Em quanto tempo se faz?

Vocês podem não ter percebido mas estas perguntas são parte de uma ferramenta da qualidade que ensinamos nos cursos de administração e é  usada por empresas no mundo inteiro: O 5W2H(iniciais em inglês de: o que? Quem?onde?porque?como?quanto custa?e Quando?,sempre que a parte mais difícil já foi executada ,isto é após descobrirmos o problema fundamental ou raiz. E parece que está bem claro qual é ele ,ou não?

 

José Carlos Nunes Barreto

Professor Doutor

debatef@debatef.com

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