domingo, 10 de julho de 2016

Quando o Fim Parece Chegar...



 
“Mas é claro que o sol /
Vai voltar amanhã/
mais uma vez.../
Escuridão já vi pior/
De endoidecer gente sã..../
.Quem acredita sempre alcança”
Do nosso cancioneiro popular
 
Uma medida extrema. E a vida se vai. É o suicídio. Desta forma,    a reportagem deste Jornal Correio nos mostrou dias atrás, a terrível escuridão. O sufoco. Da falta de quem escute. De quem apoie, e dê ajuda. Uma palavra de carinho ou um silêncio, mas com  abraço,a tempo. Talvez um “meu amor / ha! Se eu pudesse te abraçar agora/ poder parar o tempo nesta hora”. Quantas vezes, deixamos de fazer isso! Com nossos amigos queridos, nossas esposas, maridos e filhos. E pensar que muitos deles,  estão a beira de um precipício, que só em pensar dá vertigem sem fim! Mas será que não o fazemos, por estarmos, nós mesmos confusos e/ou perdidos, precisando de fé? de acreditar na vida, no ser humano, no amor de Deus? De sermos capazes de doar nosso tempo, nossa energia, nossos bens, em favor de quem o Senhor Jesus Cristo nos ensinou ser o próximo? Daí a parábola do bom samaritano. (Os palestinos de hoje).
Passando pela estrada, se depara com um judeu ferido por ladrões,  e, deixado à morte na beira do caminho. Apesar de inimigos (até hoje), ele põe o desconhecido sobre seu cavalo, leva até a hospedaria .Cuida de seus ferimentos, salvando-lhe a vida, paga as despesas com remédios, médicos,  e a estadia  até seu pronto restabelecimento. Será que isso não existe mais? É claro que existe. Milhares de ONGS  espalhadas pelo mundo, sustentadas por voluntários. “ médicos sem fronteiras” é uma. Casa Betesda ,aqui em Uberlândia, é outra. Gostaria de homenagear esta última, uma entidade  reconhecida como de utilidade pública nos níveis federal, estadual e municipal ,e que é uma  ONG da Igreja presbiteriana Central de UDI. Faz agora  10 anos, e  neste período, atendeu mais de 14000 pessoas, de várias partes do País que ao virem se tratar no HC da UFU, não teriam condição de pagar hotel para seus familiares, e para eles mesmos, antes e logo após a alta do hospital. O apoio psicológico, espiritual e material  ressuscitou milhares de vidas, quando o fim parecia chegar. Me lembro de outra passagem das Escrituras Sagradas, em que Cristo é chamado a curar seu amigo lázaro, irmão de Maria Madalena e de Marta. Ocupado como estava,  demorou, e quando chegou o doente já estava morto. Gosto de ler este texto em João11.
As  irmãs se jogam aos pés de Jesus e o adoram, mas cobram: “Se o Senhor estivesse aqui nosso irmão não teria morrido” .Faltava fé nelas, apesar de terem vistos tantos milagres do Mestre. Jesus chorou. E as repreendeu: Não falei para vocês, naquele dia que estávamos tomando um vinho, que se cressem veriam a glória de Deus? E a falta de fé persistiu - mas mestre, ele já cheira mal. Retirem a pedra da boca da caverna, ordenou! ninguém acreditava! e demoravam na ação! até que alguém se moveu, e logo em seguida outros. E foram em direção ao sepulcro, tampando as narinas. Então retiraram uma enorme pedra.( muitos problemas e situações de nossas vidas são como esta pedra)Só depois disso Deus agiu: Lázaro vem para fora! - Expectativa....E lá vem ele, todo atado, meio atordoado, suas irmãs correm para abraçá-lo. Última ordem do mestre. “Desatai-o”- Claro Deus não faz nada pela metade! Só precisamos....acreditar!
 
Jose Carlos Nunes Barreto
Professor Doutor e Presidente da Academia de Letras de Uberlandia(ALU)
debatef@debatef.com

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