“Revesti- vos de toda armadura de Deus...
porque a vossa luta não é contra a carne
e o sangue , e sim contra os principados e potestades...contra as forças
espirituais do mal...”Ef.6:11
Quando vi o filme “O nome
da rosa”, pensei que seria o máximo em termos de enredo do mal, dentro da
igreja. Interessante notar que naquele monastério, onde foram rodadas as cenas- hoje visitado
por turistas- viveram por séculos monges, a maioria filhos caçulas da nobreza
européia, enviados para clausura, como forma de evitar dividir a herança da
família. Ou porque a mesma já fora dilapidada pelos irmãos mais velhos. Para muitos, não havia
escolha: ser sacerdote era a única saída.
Mas é importantíssimo frisar que, muitas abençoadas carreiras eclesiásticas(o
livro “o monge e o executivo” -de James Hunter - narra a história de um grande
executivo que se tornou o monge Simeão, e foi usado por Deus para transformar
muitas vidas) destes pastores de almas, são fruto de um despertar, um
toque do espírito santo, da mesma forma que aconteceu à S.francisco de
Assis. Que rico ,renunciou a tudo por amor a Deus. Doou aos pobres sua riqueza. Fez o solicitado por
Jesus àquele rico príncipe que o procurou à noite: ”Vai vende tudo que tens e
dá aos pobres”.
Bispos há,porém, que só pensam em poderes e
riquezas deste mundo. Não tem o menor constrangimento em se apoderar das
ofertas dos fiéis para fazer campanha política e/ou promoção pessoal. Comprar e
manter emissoras de TVs, casas luxuosas,
vinhos caríssimos ,enfim viver nababescamente. Alguns, após dezenas de
anos com delitos acobertados pela igreja(roubo; abuso sexual de menores),
terminam sendo julgados e presos. Uma vergonha! Ao invés de vestir toda
armadura de Deus para combater o mal deste mundo, eles são o próprio mal. Lutam
a favor da carne e mancham suas mãos com sangue. São os dominadores deste mundo tenebroso,
juntamente com o diabo e seus anjos, fazendo acordos com os marcolas da vida,
não importando os meios para chegar a um
almejado fim.
Pastores há, também , que de seus
púlpitos agem como covardes, a citar exemplos de casos acontecidos sob sigilo
de sua ação pastoral. Expondo os fiéis. Não sendo éticos. Não tendo humildade,
ao contrário sendo vaidosos, orgulhosos, presunçosos dentro dos seus ternos e túnicas de “linho
egípcio”. É lamentável dizer, mas não são filhos de Deus. Alguns até expulsam
demônios. Fazem maravilhas aos olhos dos fiéis. Sobre eles, no entanto, nosso
Senhor dirá no dia do juízo: ”não vos conheço”.
O Pior eu veria em outro filme: “O Código Da Vinci”, que inovou. Trouxe mais
suspense e mistérios. Por causa dele, houve até quem se desviasse da fé.
Todavia, esta é somente mais uma nova
trama . Com algumas pesquisas até de
vulto. Porém no essencial, uma ficção. Que despreza dados e fatos verídicos, e
cria outros mentirosos, a serviço das
forças espirituais do mal, e que por
isso mesmo, vende bilhares de dólares. Mais uma cilada armada pelos principados
e potestades, igual à que parou a cidade de
S.Paulo tempos atrás, por ordens de incendiários. Igual às que eu e você,
encaramos na luta diária pela sobrevivência digna. São tempos difíceis...
mas tenhamos fé em Deus. Revestindo-nos
de sua armadura!
José Carlos Nunes Barreto
Professor doutor e Presidente da Academia de Letras de Uberlândia (ALU)
debatef@debatef.com
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