Blog do Consultor e Professor de Graduação e Pós Graduação José Carlos Nunes Barreto
terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
A Diáspora Protestante
Me pedem para destacar os aspectos positivos e negativos do processo histórico de invasões de portugueses e espanhóis na América Latina, numa reflexão sobre o germinar cristão nesta região, e como ele pautou o cristianismo atual.
Começo falando sobre os aspectos negativos, afirmando que o tratado de tordesilhas, que garantiu terras para os reis da Espanha e Portugal, deu "reservas de mercado"ao catolicismo nas Américas. Isso ao lado do do poder das armas desses estados, somados ao poder político do Vaticano ( terras para os Reis e almas para o papa). Construi-se assim o chamado complexo de censura e coerção,que imperou por vários séculos, também na Europa, só rompido com a reforma protestante, liderada por Martinho Lutero e aliados, em meados do séc. 18. Este regime perseguiu e matou protestantes ou desafetos políticos, que ousaram pensar e agir ,diferentemente do que aqueles senhores do poder dominante clerical permitia.
Lutero, Calvino, John Wesley e outros líderes. foram perseguidos e tiveram de se esconder em castelos e mosteiros para sobreviver, e, muitos dos seus seguidores, morreram em calabouços ou em "fogueiras da inquisição"...Foram tempos terríveis que culminaram com a noite de São Bartolomeu em Paris -França, quando huguenotes - cristãos reformados franceses, aos milhares, foram trucidados e mortos, pelos católicos franceses nas praças e ruas de Paris, ao estilo do filme"Gangues de Nova Yorque". Isso gerou a emigração maciça destes protestantes para as Américas, onde se estabeleceram pela força em alguns lugares , como no Brasil,( de onde foram expulsos), ou por acordos diplomáticos, como na América do Norte.
Esta perseguição, e seus desdobramentos ,fizeram os protestantes serem proibidos de terem suas igrejas e cultos estabelecidos no Brasil, e só em meados do século19 puderam ser aceitos, depois da intervenção da maçonaria , em cujos templos foram praticados cultos batistas, luteranos e presbiterianos, entre outros- aspecto positivo desta perseguição, por abrir caminhos institucionais e políticos para essas denominações.Destaco o fator que marcou para sempre o cristianismo atual,o que levou Voltaire a exclamar: Vcs estão matando seus irmãos na fé, indagava- não foi Jesus, a quem dizeis sguir , que ensinou amai-vos uns aos outros...
Hoje a dualidade ideológica repete esta briga , desta vez entre os evangélicos - antigos protestantes,e geraram o fenômeno de milhões de desigrejados, muitos fiéis a Cristo, mas sem igrejas nem pastores, que apostataram da fé-como Demas fez em relação ao apóstolo Paulo:Amaram o dinheiro e o presente século!!!
domingo, 19 de janeiro de 2025
Voltaire e a Polarização Ideológica na Igreja Contemporânea
Me indagam: Como a pesquisa séria e a construção de boas argumentações podem proporcionar a produção de textos que contribuam para uma teologia feita com tolerância e representem o exemplo de Jesus Cristo na igreja e sociedade atual?
Acredito que a teologia com argumentação estabelecida nas escrituras sagradas, pode e deve acontecer, e constituir a base de uma pesquisa séria para o estabelecimento de uma nova era, em que a tolerância entre irmãos seja estimulada pelas lideranças evangélicas. Cito a apostila do professor Jonathan da FTSA, que dando voz à Voltaire, de modo apologético, mostra que a mais perigosa de todas as superstições, seria " aquela de odiar seu próximo por causa de suas opiniões" ou de sua fé , acrescento em paráfrase.No seu tempo, o mesmo questionou os cristãos católicos perseguidores dos irmãos récem convertidos ao protestantismo na Europa:" se quisessem assemelhar-se a Jesus Cristo,que se tornem mártires e não algozes": Uma ode contra o vergonhoso momento, vivenciado pela divisão entre direita e esquerda , dentro das igrejas, e que feriu e perseguiu irmãos em cristo,tal como nos tempos do filósofo francês...Que exclamava:digo-vos com horror, mas com verdade: somos nós cristãos os perseguidores, os algozes, os assassinos! E de quem, indago...De nossos irmãos!"
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sábado, 4 de janeiro de 2025
É mais sério do que imaginamos?
Marcos FerreiraMarcos Ferreira • Seguindo • Seguindo Seguros | Negócios | Comercial | OperaçõesSeguros | Negócios | Comercial | Operações 3 d • Editado •
Há 3 dias
Como foi que o “Complexo Industrial da Censura”, o vasto aparato de manipulação da internet montado pelo Pentágono e pelo Departamento de Estado, desembarcou no Brasil quatro dias depois da eleição de Jair Bolsonaro e estruturou a máquina de desinformação criada para derrubá-lo?
Que contatos esses agentes tiveram com Alexandre de Moraes e que tipo de ações resultaram desses contatos? Como esse processo interferiu na eleição seguinte?
E, para alem do Brasil, como, passo a passo, essa estrutura montada inicialmente para ser usada contra governos estrangeiros inimigos dos Estados Unidos depois da rebelião da Ucrânia de 2014, foi adotada como a nova “arma padrão” da NATO, ”cresceu em metástese”, ficou fora de controle e passou a ser usada contra os próprios cidadãos americanos depois da primeira eleição de Donald Trump em 2016?
Essa é a história cheia de detalhes chocantes que Mike Benz, 42, o chefe da divisão de informática do Departamento de Estado encarregada da formulação da política internacional de tecnologia da informação durante o primeiro governo Trump, hoje dedicado à Foundation for Freedom Online que ele montou para “restaurar a promessa de uma internet livre e aberta” e combater o que ele chama de “Complexo Industrial da Censura”, conta nesta entrevista/depoimento a Joe Rogan, que eu reputo como a mais importante que li em muitos anos, e quero compartilhar com todos os brasileiros que se interessam por entender o que realmente esta se passando neste nosso mundo louco.
Fernão Lara Mesquita (clique no link abaixo para ler toda a matéria no blog O Vespeiro)
sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
Liberdade para nossa sociedade!
Liberdade para nossa sociedade!
texto de Antônio Cabrera Filho no Linkedin
O tempo é como um rio, você jamais tocará na mesma água duas vezes.
O tempo é um bem precioso, mas infelizmente pouco levamos isso em conta.
É preciso, avaliar quanto tempo foi desperdiçado ou quantas oportunidades foram roubadas.
Como hoje é o derradeiro dia do ano, habitualmente é o dia do balanço final destes últimos 365 dias.
Fazer uma retrospectiva do ano é enfatizar que a história é essencial para entender o presente e planejar o futuro.
Nesse sentido, se eu pudesse escolher um retrato do que foi o ano de 2024 para o Brasil, indicando quais os rumos que o país tomou no ano que se encerra, eu apontaria uma declaração do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Ele declarou:
"Não há nenhum direito absoluto [...] nem direito à vida, nem direito à liberdade, muito menos o direito à livre expressão parlamentar".
Essa infeliz visão do ministro, que representa a maioria quase absoluta do aparato estatal brasileiro, é que o progresso natural das coisas é que a liberdade ceda e o governo (o deles) ganhe musculatura.
No entanto, qualquer sociedade que advogue o fortalecimento da máquina estatal, dando-lhe controle irrestrito sobre a economia e sobre a vida das pessoas, é uma regressão histórica.
Basta lembrar da notável Declaração da Independência dos EUA, completamente no sentido inverso da frase acima.
Os Pais Fundadores dos EUA realçaram que:
“Consideramos que essas verdades são evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos Direitos inalienáveis, entre os quais estão a Vida, a Liberdade...”
Por esse documento, os americanos deixaram claro que a liberdade é um valor fundamental para o florescimento humano, essencial para a dignidade, a prosperidade e o bom funcionamento da sociedade.
Os indivíduos, ou melhor, cada brasileiro, devem ter permissão para fazer suas próprias escolhas; as escolhas coletivas devem ser minimizadas.
A presunção de liberdade individual deve substituir a presunção das soluções coercitivas do governo salvador.
Eu acredito que a experiência americana, baseada na Declaração e incorporada na Constituição, pertence a um momento excepcional da história humana e permanece excepcional.
Ela inspirou e ainda inspira o sonho de liberdade ao redor do mundo.
Russel Kirk diz que ele é o documento conservador mais bem-sucedido da história da humanidade.
A liberdade está intrinsecamente ligada à responsabilidade individual, ou seja, a capacidade de tomar decisões e arcar com as consequências.
A liberdade individual é o primeiro bem, e protegê-la é o primeiro dever de qualquer governo, ao contrário do que o atual governo fez em 2024.
Nesse momento de reflexão para 2025, não custa lembrar que o grande problema do Brasil é que achamos que o país tem tempo.
Grave erro.
Uma retrospectiva deve ser um meio de progredir e construir um futuro melhor.
E sem a Liberdade nesse futuro, temos uma receita pronta para mais um ano de retrocesso.
Que a Liberdade abra as asas sobre nós em 2025!
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