Blog do Consultor e Professor de Graduação e Pós Graduação José Carlos Nunes Barreto
terça-feira, 12 de março de 2024
Espiritualidade X Fragilidade
A Relação entre espiritualidade e fragilidade: existem muitas evidências em Jesus e nas cartas paulinas que apontam para uma correlação entre uma vida frágil e ação do poder do eterno no humano: Por isso Bosh disse: “ A igreja não é composta de gigantes; apenas seres humanos feridos podem guiar outros até a cruz”. Qual é a significância particular desta última frase na sua vocação espiritual e na missão de sua igreja local, indago...
Fui um ser humano ferido: Um jovem negro da periferia de Niterói, acolhido na igreja batista, onde fui batizado nas águas pelo meu primeiro mentor espiritual, pastor Isaías Barcelos de oliveira, aos 10 anos de idade, logo compreendi, como o profeta Samuel, que Deus estava a me chamar. Depois já na Universidade liderei a ABU – Aliança Bíblica Universitária em Uberlândia-MG, e tive como mentora neste período a doutora Neusa Itioka, que me levou na época ,à um retiro espiritual Nacional com o Dr Hans Burk - psicólogo cristão, que me mostrou que Deus nos fez completos , e com auxílio do Espírito Santo, me ensinou que o Ânima – uma espécie de mãe interna, nos acolhe quando algo dá errado, e o Ânimus -nosso pai interno, nos estimula a enfrentar situações e a prosseguir, para ter vida boa e eficaz em Cristo Jesus, curando as feridas da alma(me ajudou aos 21 anos a me auto curar e sair , agora sei ,de uma depressão) e ajudei outros a fazê-lo.
Me propõem nesta síntese, definir a significância da frase de Bosh a seguir, para minha missão e vocação espiritual : “A Igreja não é composta de gigantes; apenas seres humanos feridos podem guiar outros até a cruz”. Respondo com a parábola do filho pródigo, onde aquele filho mais novo, após partir de casa, e dissipar todas riquezas a que tinha direito, amargurado e ferido, resolve voltar; e é recebido de braços abertos por um pai, também ferido pela dor de perder um filho amado, que para ele,” estava morto mas agora reviveu”. No batistério após passar pelas águas, 63 anos atrás,ouvi o coral cantando este tema- e senti que eu era também esse filho, e Deus o Pai, que me esperava; este canto coral me seguiu, e marcou toda minha existência cristã a partir daquele momento...As cartas Paulinas nos inspiram a crer num Deus que age em age na nossa fraqueza, através do Espírito, intercedendo por nós com gemidos inexprimíveis; nos momentos em que só o sobrenatural do Eterno, pode nos dar a vitória, pois Ele é o Deus do impossível. Senti isso ao sair de uma parada cardíaca, após clamar pela misericórdia de Deus. E em outras situações críticas, onde só O Senhor poderia me levantar ...Glória pois ao Deus da glória! Aleluia!
José Carlos Nunes Barreto
Pós Doutor, Editor da Revista Sciencomm e Estudante de teologia
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