Meu bairro, Morada da Colina em Udia, fica próximo da estação de Tratamento de água (ETA) de Bom Jardim. Há cerca de 3 anos atrás notei o aumento repentino da conta de água, e fui orientado pelo serviço de atendimento da empresa, a verificar possíveis fugas de água por vazamento, inclusive indicando uma empresa especializada. Assim procedi, e acompanhei todo serviço como sempre faço. O protocolo da empresa inclui ascultar as tubulações e verificar vazamentos, após injetar ar comprimido nas redes.... foram descobertos vários pontos com necessidade de reparos, que foram realizados, às minhas expensas após quebra do local e substituição das conexões rachadas pela alta pressão da água. Procurei então a área técnica da empresa, pois tudo indicava excesso de pressão na rede. E após várias tentativas infrutíferas, consegui conversar com um engenheiro mecânico do DMAE , que me informou que, sim havia excesso de pressão na rede, o que pude comprovar com a contratação de um encanador e a instalação de um manômetro, que mostrou pressões de 7 quilos em média, chegando a picos de 10 a 12 quilos, após o enchimento total da rede, quando o esperado seria 4quilos, que é quanto aguenta uma tubulação comum... Tal pressão foi impulsionada pelo fato da ETA em questão, ter trocado suas bombas de recalque,para poder fazer chegar o produto em novos e mais distantes locais , fazendo arrebentar as tubulações nos bairros mais próximos à estação. Sabendo disso , mandei instalar uma válvula reguladora de pressão que só deixa passar no máximo 4 quilos de pressão, e com isso acabei com os vazamentos, desperdícios e prejuízos. Mas será que isto é correto, indago. A empresa não poderia ter alertado a população para o problema antes de acontecer, ou mesmo , instalado uma válvula reguladora de pressão por ramal, que inclui casas de uma mesma rua.O que seria o correto e justo por parte da organização de saneamento. Jogar para o cliente a conta do ajuste e ainda cobrar o vazamento através da conta de água é inadmissível, e mostra o quanto o poder público em Uberlândia carece de transparência nos seus serviços prestados à população.
José Carlos Nunes Barreto
Pós Doutor e sócio da Debatef Consultoria
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