sábado, 14 de setembro de 2019

O mundo que deixo para Raquel - minha neta de 1 ano

                   



" O desenvolvimento é algo que deve vir de dentro para fora, como o germinar de uma semente" Samuel Murgel Branco

A queima da Amazônia, durante o início do governo Bolsonaro, por integrantes da oposição e madeireiros, levou o mundo a olhar para esta floresta que é nacional, com preocupação e medo de que se perca para sempre, como reserva ambiental mundial de verde e biodiversidade. Não havia me posicionado ainda, e agora o faço, após ver o governo se mover, e colocar recursos e protocolos em ação, para resolver o problema, que, como sabemos, atravessa vários governos, de toda coloração ideológica, e há décadas. Como sabem, sou um lutador pela causa ambiental desde sempre, durante minhas aulas, formando meus alunos, no ciclo básico, há 40 anos, e mais recentemente nas disciplinas de  graduação e pós graduação nas universidades em que trabalhei ,e não foram poucas ,em quase 50 anos de trabalho. Fiz especialização em engenharia ambiental, mestrado e doutorado em saúde ambiental, na USP- entre as melhores do mundo há décadas. Fundador de uma ONG ambiental na baixada santista, intitulada Núcleo de Pesquisas ambientais da Baixada Santista - NPABS, colaboro com ONGs sócio ambientais, e, no meu doutorado, propus soluções estruturais para a população da cidade de Cubatão, que adoecia com a poluição advinda do polo industrial da cidade, as quais foram implantadas com sucesso, e. narradas pelo Prefeito Nei Eduardo Serra, na ECO 92, como exemplo para o mundo. Uma pena que muito se perdeu, em Cubatão e nas indústrias do País, com a recessão ora vivida...Fazer prevenção ambiental e usar protocolos, exigem recursos, que só acontecem com o faturamento das organizações, agora atingidas, e muitas delas fechadas ou em stand by.

Apesar do estado da arte acima, deixo um mundo cada vez mais carente de cuidados para engajamento de minha neta Raquel, nascida há um ano, e as reflexões que faço, são para ela daqui a alguns anos, ler e , quem sabe, lembrar com orgulho, do que o avô fez para sua vida e seu crescimento, em um mundo melhor, só que não...passo a dizer porque a seguir: Cresce a importância das análises de sustentabilidade em projetos massivos, como os que usam plástico e gases de efeito estufa. No ano de 2050, em que ela estará com 32 anos, haverá mais plástico no mar , que peixes, e o aquecimento do planeta terá elevado o nível dos mares de tal forma, que muitas cidades litorâneas, como Nova York e Rio de Janeiro, onde ela vive, terão perdido grande parte de seus territórios urbanos, para o avanço do mar. Tsunamis passarão a acontecer no Atlântico Sul e furacões também.

É sempre bom lembrar que o  livro" A Vingança de Gaia", do cientista inglês James lovelock, preconiza que o equilíbrio ambiental já foi rompido pelo aquecimento ambiental, e o mesmo já passou do ponto sem volta.( há quem não acredite nas evidências do aquecimento global – não vou discutir isso agora), mas  Lovelock é o inventor de um  aparelho, que ajudou a identificar o DDT nos seres vivos, na década de 80, além do CFC, como gás responsável pela destruição da camada de ozônio na década de 90, e ainda trabalha em seu laboratório, com mais de 90 anos, sendo exemplo para estas e futuras gerações.

Vou continuar a fazer a minha parte, certo de que Raquel, infelizmente, terá muito trabalho para sobreviver na Terra, durante sua futura  jornada, que  desejo feliz e realizada  na vida.
Que Deus a ajude!

José Carlos Nunes Barreto
Pós - Doutor e Sócio diretor  da DEBATEF Consultoria






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