" O
desenvolvimento é algo que deve vir de dentro para fora, como o germinar de uma
semente" Samuel Murgel Branco
A queima
da Amazônia, durante o início do governo Bolsonaro, por integrantes da oposição
e madeireiros, levou o mundo a olhar para esta floresta que é nacional, com
preocupação e medo de que se perca para sempre, como reserva ambiental mundial
de verde e biodiversidade. Não havia me posicionado ainda, e agora o faço, após
ver o governo se mover, e colocar recursos e protocolos em ação, para resolver
o problema, que, como sabemos, atravessa vários governos, de toda coloração
ideológica, e há décadas. Como sabem, sou um lutador pela causa ambiental desde
sempre, durante minhas aulas, formando meus alunos, no ciclo básico, há 40
anos, e mais recentemente nas disciplinas de graduação e pós graduação
nas universidades em que trabalhei ,e não foram poucas ,em quase 50 anos de
trabalho. Fiz especialização em engenharia ambiental, mestrado e doutorado em
saúde ambiental, na USP- entre as melhores do mundo há décadas. Fundador de uma
ONG ambiental na baixada santista, intitulada Núcleo de Pesquisas ambientais da
Baixada Santista - NPABS, colaboro com ONGs sócio ambientais, e, no meu
doutorado, propus soluções estruturais para a população da cidade de Cubatão,
que adoecia com a poluição advinda do polo industrial da cidade, as
quais foram implantadas com sucesso, e. narradas pelo Prefeito Nei Eduardo
Serra, na ECO 92, como exemplo para o mundo. Uma pena que muito se perdeu, em
Cubatão e nas indústrias do País, com a recessão ora vivida...Fazer prevenção
ambiental e usar protocolos, exigem recursos, que só acontecem com o faturamento
das organizações, agora atingidas, e muitas delas fechadas ou em stand by.
Apesar do
estado da arte acima, deixo um mundo cada vez mais carente de cuidados para engajamento de minha neta Raquel, nascida há um ano, e as reflexões que faço, são para ela
daqui a alguns anos, ler e , quem sabe, lembrar com orgulho, do que o avô
fez para sua vida e seu crescimento, em um mundo melhor, só que não...passo a
dizer porque a seguir: Cresce a importância das análises de sustentabilidade em
projetos massivos, como os que usam plástico e gases de efeito estufa. No ano
de 2050, em que ela estará com 32 anos, haverá mais plástico no mar , que
peixes, e o aquecimento do planeta terá elevado o nível dos mares de tal forma,
que muitas cidades litorâneas, como Nova York e Rio de Janeiro, onde ela vive,
terão perdido grande parte de seus territórios urbanos, para o avanço do mar.
Tsunamis passarão a acontecer no Atlântico Sul e furacões também.
É sempre
bom lembrar que o livro" A Vingança
de Gaia", do cientista inglês James lovelock, preconiza que o equilíbrio
ambiental já foi rompido pelo aquecimento ambiental, e o mesmo já passou do
ponto sem volta.( há quem não acredite nas evidências do aquecimento global –
não vou discutir isso agora), mas Lovelock
é o inventor de um aparelho, que ajudou
a identificar o DDT nos seres vivos, na década de 80, além do CFC, como gás
responsável pela destruição da camada de ozônio na década de 90, e ainda
trabalha em seu laboratório, com mais de 90 anos, sendo exemplo para estas e
futuras gerações.
Vou
continuar a fazer a minha parte, certo de que Raquel, infelizmente, terá muito
trabalho para sobreviver na Terra, durante sua futura jornada, que desejo feliz e realizada na vida.
Que Deus
a ajude!
José
Carlos Nunes Barreto
Pós -
Doutor e Sócio diretor da DEBATEF Consultoria
Nenhum comentário:
Postar um comentário