"O Covarde nunca tenta, o fracassado nunca termina, o vencedor nunca desiste" (Norman Vincent)
Peço vênia a meus leitores , pois estou fazendo uma releitura deste artigo, publicado originalmente, em15-02-2006, no Jornal O Correio , com o título "A Terra é Plana" : Acredito na eficácia dos pactos...A propósito do encontro do presidente Bolsonaro, com os chefes do judiciário e do legislativo nacionais, visando a governabilidade da Nação em tempos tão bicudos... O Pacto de Moncloa, por exemplo, selou o destino de desenvolvimento econômico e social da Espanha, após as trevas do franquismo.
Nas guerras, a estratégia dos pactos de não agressão, faz a diferença entre a vitória ou não em batalhas. A sociedade brasileira, tem construído pactos em momentos críticos, ao longo de sua história... Somos um povo, que termina longos ciclos com costuras de tréguas, entre facções políticas. Foi assim, na Proclamação da República, na edição da Lei áurea, no final da ditadura, no fim do período inflacionário, nos empeachments presidenciais de Collor e Dilma. Pois estamos no limiar de um ciclo nada favorável ,com a edição de mais uma década perdida, (a década de 80 já era conhecida como tal), com crescimento médio anual de 0,6%, aliado à triste banalização da vida, com mais de 60 mil mortes/ano por assassinato, e outras cerca de 40 mil por acidentes nas estradas, além do que, 75 por cento dos cidadãos brasileiros, não conseguem ler e entender uma notícia de jornal, em plena era da indústria 4.0, e de startaps.
Apesar disso, o País continua entre os PIBs top tens do mundo, o que caracteriza uma grande pergunta- exclamação, tipo como pode isso acontecer!! pois continuamos nos últimos lugares em escrita e matemática nos testes PISA, entre 70 países pesquisados pela OCDE, e , portanto um dos pactos, que urgentemente precisamos fazer, é na Educação, muito mais urgente que este pacto político, ora observado, e comandado pelo recém eleito líder nacional.
O termo "brasilinização",cunhado por Michael Lind no livro " The Next American Nation", infelizmente, significa hoje no planeta, o aumento da lacuna entre ricos e pobres, e o auto - isolamento dos ricos, em bolhas, com bairros fechados, caras escolas privadas, sistemas de segurança up to date, e caríssimos sistemas privados de saúde. Que outro pacto é este, que abarca tantos temas, que nos são tão caros, indago...Claro que desta vez, será em torno da real valorização do ser humano ,o grande capital social deste imenso País.
Bolsonaro é a liderança nova, que está apresentando propostas estruturantes para 5 dezenas de milhões de desempregados , sub empregados, e dos que recebem migalhas do governo, quase duas argentinas... Haverá resultados surpreendentes na economia, acredito, quando se otimiza o uso do dinheiro público, se tira o País do buraco negro fiscal, e, portanto se muda este estado da arte, evitando -se que a máquina pública, absurdamente, continue se transformar no maior absorvedor de recursos, que deveriam estar na sociedade, que é a legítima dona dos mesmos.
Um Pacto fiscal, portanto, é necessário, ao lado do da educação, e, ouso pedir mais um, ainda mais alto: um pacto de integridade nacional, no âmbito público e no privado, para se fazer só coisas certas, e com possibilidade de criarmos, assim,um ciclo virtuoso que nos eleve a patamares generosos de qualidade de vida, e crescimento econômico.
Que Deus nos ajude!
José Carlos Nunes Barreto
Pós Doutor e sócio diretor da DEBATEF Consultoria
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