sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Minha Experiência como professor de Organizações(1)

A prática de um consultor é diametralmente oposta à de um auditor, ao prestar seus serviços numa empresa. Enquanto este confere a aderência dos procedimentos organizacionais, às normas e obrigações consagradas no planejamento da organização, o consultor ensina essas boas práticas, após conferir os POPs _Procedimentos Operacionais Padrão, lavrados com sua ajuda no treinamento organizacional.

 Muitas vezes trabalhei como auditor,e a maioria das vezes como consultor. Como auditor, sirvo ao MEC/INEP- uma agencia reguladora de empresas educacionais, reconhecida como uma das melhores do mundo. E como sócio de uma consultoria, na área de Sistemas Integrados de Qualidade, a DEBATEF- há 30 anos,a qual já teve muito serviço em sua carteira, atendendo especificamente pequenas e médias empresas, nos tempos de bonança da economia- especificamente até 2014, quando a experiência desastrada da dupla lula dilma e seus economistas, fizeram falir 8 em cada 10 micro, pequenas e médias empresas no País-  hoje ela  executa parcos serviços com os clientes que lhe restaram, após este cataclisma sócio-econômico-cultural  em que ainda estamos metidos.

Mas nem tudo são flores, mesmo quando há muitos clientes. A luta de um professor de organizações, é tão ou mais árdua, quanto ensinar matemática para alunos do ensino médio, que não tiveram base anterior e não querem estudar em casa...Sei bem, pois na juventude , ensinei matemática com sucesso , para essa faixa etária, em paralelo ao curso de engenharia....Saudade daquela época quando o  ensino público era melhor...

Como dizia, muitos dos empresários que contratam uma consultoria, se assemelham a estes maus alunos, pois não estão dispostos a fazer a lição de casa, em sua organização: o 5S, aplicar  ferramentas da qualidade , principalmente o ciclo de Deming, e o diagrama de Pareto - para melhorar sempre, e saber escolher  prioridades, sejam financeiro - econômicas, sejam aquelas ligadas à contratação e gestão de pessoas- o que consome até 60 por cento do tempo do empreendedor.

O que acontece , muitas vezes, é que em contratos mais longos, o dono quer que o consultor faça seu papel, o que é um erro inadmissível, se aceito pelo profissional.Ao me negar a fazer isso , muitas vezes tive de rescindir o contrato,  mostrando ao contratante, que seu papel é fundamental e não é admissível colocar outro ator em seu lugar, como na escola se faz, ao dizer que o dever de casa tem que ser feito para aprender matemática, e se dá uma nota baixa, como sinal do mau resultado.

José Carlos Nunes Barreto
Pós- Doutor e sócio- diretor da Debatef Consultoria


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