sexta-feira, 2 de outubro de 2020

A Indústria da morte

Fiz um editorial de adeus ao professor Wisley de Falco, do Laboratório de Ensino e Usinagem da UFU,vítima da Covid 19: muito triste!Enquanto isso leio nos jornais que 60% dos recursos destinados aos estados e municípios, para serem usados contra a covid 19, foram desviados. Compras sem licitação, de respiradores, máscaras, sacos mortuários, pagamento em dobro para diárias em UTIs de COVID,  de norte a sul do País nos ajudam a entender, o porque  de se fazer a profilaxia, ou seja, tratar preventivamente a doença, com os protocolos médicos desenvolvidos ao longo da pandemia, através de Kits já consagrados, ao invés de deixar os pacientes piorarem até precisar destes recursos,  e pasmem, se morrerem até o enterro, caixões são pagos pelo poder público.Uma elite safada, insensível, corrupta e perversa, que  graças ao STF, se apoderou destes recursos, apostando na morte das pessoas para enriquecerem. Pobre Brasil da população que depende dos hospitais públicos!Rico Brasil daqueles que tem plano de saúde, que imediatamente aplicaram os citados protocolos, e com isso esvaziaram suas UTIs e zeraram estes custos operacionais, ao mesmo tempo em que, os dramas de mortes anunciadas se avolumavam em hospitais públicos, alguns de campanha, montados às pressas, e com respiradores que apesar de comprados com superfaturamento, não chegavam , além da falta de qualidade de atendimento tantas vezes denunciada...!147 000 almas que poderiam estar entre nós, não fosse esta fraude monumental: "Fiquem em casa e só apareçam aqui no hospital, quando tiverem falta de ar".
O STF conseguiu , maquiavelicamente distribuir dinheiro e poder entre todos os coronéis da política, neste País durante a pandemia,e o Covião está aí a mostrar, através do MP, gavetas, armários e paredes, cheias de milhões de reais roubados da saúde do povo...Eita Brasil...Até quando...Indagooo!

Editorial de Adeus

Em um grave e abatido momento da vida nacional, foi me foi dada a incumbência, e o faço  com subida honra, de publicar a décima edição da Revista Sciencomm, em homenagem ao brilhante professor Wisley de Falco, representando, neste caso as demais vítimas da Covid 19 no Brasil,  cerca de 140 000 almas. Wisley, como gostava de ser chamado, era alguém entusiasmado pelo LEPU, laboratório da UFU que coordenou,  pelos seus alunos de graduação, e pelos orientandos de mestrado, doutorado e pós -doutorado, como no meu caso. Também foi incentivador, parceiro e  co-editor desta revista científica, vestindo a camisa, como em tudo que fazia, dando sugestões e apontando caminhos. Uma perda inimaginável. Sua ausência , de repente, se compara à dos pais , mães, avôs e avós - Brasil afora, deixando uma nação órfã, mais pobre e mais triste. Indigitado País, que não investe em prevenção da doença com protocolos já estabelecidos pelo aprendizado ao longo da pandemia, para deixar aos mercadores da morte, o lucro com desvios de recursos que comprariam respiradores, mascaras e sacos mortuários, além do custo de muitas covas. Louca Nação que elege quem olvida artigos científicos e protocolos da ciência, desprezando pesquisadores e professores de nossas universidades. Triste País, repito. Apesar disso, a parte boa da nação, de pessoas do bem, que são a maioria de que o professor Wisley fazia parte, ainda luta por mudanças rápidas, com punição severa para quem, como estes citados párias, desvia dinheiro de saúde, e lucra com a morte das pessoas. O Covidão está aí para isso. Esperamos para muito breve, este mesmo empenho , para evitarmos perder os recursos da educação, mesmo que com simples desvios de finalidade. Oramos a Deus pela vida dos filhos que ficaram, e rogando para que Wisley seja, mais uma estrela a brilhar sobre nossas cabeças, mentes e corações, no céu do saber.

Boa leitura!

                   Professor- doutor José Carlos Nunes Barreto

                                  Editor Executivo