segunda-feira, 20 de junho de 2022

A Quarta Revolução(Versão Atualizada)

Agradecimentos ao Blog Uberlândia Hoje e à seu editor Ivan Santos, onde este artigo foi publicado a primeira vez em:| out 22, 2017 | no Ponto de Vista. “A vida só é possível reinventada/Anda o sol pelas campinas/ E passeia a mão dourada/ Pelas águas, pelas folhas…/Há! Tudo são bolhas/ Que vêm de fundas piscinas/De ilusionismo… mais nada/Mas a vida, a vida, a vida/ A vida só é possível reinventada.” Cecilia Meireles A função da Academia e Think Thanks em tempos de crise, é apontar caminhos para a sociedade... Aliás, antever as crises, e evita-las está entre as metas, que estes players teimam em não cumprir, imobilizados em abraços de afogado, com políticos e governantes cegos, ou prisioneiros de miopia estratégica... No excelente livro “A quarta Revolução”, cuja releitura faço agora, os autores John Micklethwait e Adrian Wooldrige, cumprem esta regra ao anunciarem a falência do estado, e alertarem para as grandes transformações previstas em escala global, em função do uso massivo de inovações tecnológicas, de tal monta , que, com os novos usos da tecnologia da informação, as democracias correriam perigo. Neste contexto, a ditadura das Big Techs está se consolidando como realidade... E esta é uma boa leitura, que recomendo para este e próximos feriados, pois quem lê um livro assim, muda primeiro a si mesmo, depois muda o mundo, se for necessário.... Principalmente ao constatar, algo desesperador: Contratamos para a Nação, mais uma década perdida, em virtude da má gestão de governantes de plantão. Onde o desemprego estrutural entre os jovens, que ajudamos a formar, está, infelizmente, entre os subprodutos desses tempos de ilusionismo, a que se refere a poetisa em tela. O Brasil figura, ao lado da África do Sul, Itália, e sudeste asiático, segundo os autores, na lista de países e regiões, onde os impactos da quarta revolução industrial, serão predominantemente negativos, informavam os painéis de discussão do fórum econômico mundial, em Davos na Suíça, já em 2017... Para contornar esta situação, será necessário investir, primeiro em qualificação de pessoas, e depois reformar o estado, utilizando de forma mandatária, os orçamentos legislativos, para investir em inovações tecnológicas e sustentabilidade –Não dá mais para aceitar uma legislatura desprezível como essa, do Congresso Nacional, que esconde dinheiro público em orçamentos secretos- rasgando a CF de 1988. Temos massa crítica para esta agenda! Somos um País rico! 13º PIB do mundo ,mas com povo desgraçadamente pobre... Basta portanto, usarmos de modo adequado o orçamento, afastando esses párias dos cofres da Nação. Por exemplo, investindo nas MEIs, pequenas e médias empresas, pinçando inovações e start ups, algumas já em curso, no universo de produção de energia e, no uso de tecnologia da informação... Nesta década, ainda segundo os autores, a quarta revolução industrial(Inteligência artificial, robótica , internet das coisas e computação em nuvem) impactará nossa mão de obra necessária à produção, reduzindo-a em 6%, pela otimização dos postos de trabalho...A desqualificação de nossos trabalhadores, por conseguinte terá que ser revertida, e o novo congresso terá a responsabilidade de construir esse futuro, fazendo leis e erigindo protocolos que blindem o orçamento, para coibir desvios e malversações. Todavia, segundo os especialistas, há um contraponto que aquece a alma: o setor de mobilidade e logística no Brasil, notadamente em Uberlândia, terá uma janela de oportunidades jamais vista até hoje, e poderá ser o trator a nos tirar da inércia frustrante. Ao, governo de Uberlândia- principal polo de logística do País--apesar de prejudicado pela pandemia, infelizmente, até agora, faltou aliar gestão e inteligência, para explorar nossas vantagens competitivas, e sair dos labirintos de escândalos na área de saúde, e justiça, que corroem energias, recursos, e o bom nome. Com base nas reflexões desta leitura, me atrevo a afirmar que na área de relações internacionais, as Academias deveriam, direcionar pesquisas, patentes e artigos, visando países do oriente, como Singapura – um padrão, que reformou o estado, e prepara seus alunos para esta nova era. Os efeitos deste benchmarking, já atingiram a china e EUA, e estão se irradiando para países adjacentes da região, como Arábia Saudita, Bahrem, Omã, Quatar, Emirados árabes Unidos, e quem diria? Já chegaram ao Chile aqui pertinho, além do México, Índia e Turquia…Porque estaríamos fora disso? Esta é uma agenda necessária nesta década – para voltarmos à rota de nosso destino de crescimento e grandeza, após vencermos os efeitos da maior recessão da história deste País- uma tsunami provocada pelos governos petistas, seguida pela pandemia de COVID19. Reinventar a vida, mudando os integrantes do Congresso Nacional pelo voto, lutando contra todo autoritarismo de um STF que usurpa nossa Constituição. E assim honrar o sacrifício da vida de Tiradentes, e o exemplo dos Pais da Pátria que construíram nossa República! José Carlos Nunes Barreto Pós - doutor e Sócio da DEBATEF Consultoria