quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Qualidade, Segurança e Meio Ambiente, ao fazer um MBA 100% EAD pela FGW





"Os jornais costumam noticiar a queda de aviões Bandeirantes com mais de 30 anos de fabricação, e superlotados, em uso corrente na Amazônia, matando famílias inteiras"




Após a pane, uma saída é o piloto tentar repetir o pouso heroico no rio Hudson em Nova York, mas aqui, na maioria das vezes, encontra toras de madeiras submersas, precipitando os desastres. Nas mídias, aparecem os dramas familiares, agravados pelo fato de que, normas de segurança são constantemente desrespeitadas, ao não se contabilizarem dezenas de crianças viajando em colo de parentes. O órgão que deveria fiscalizar não faz seu papel, ou faz vista grossa , numa região carente de transporte, em que uma viagem fluvial, também insegura, com gaiolas superlotadas, leva vários dias.



Este fato, tipificado como acidente, infelizmente é uma rotina no Brasil, seja no ar, seja na água, seja em terra firme: estradas, chão de igreja, chão de fábrica, chão de loja ou chão de escola. Nas ruas, temos algumas dezenas de milhões de veículos, e chama a atenção o número cada vez maior de carros, rodando sem a mínima condição de segurança. Sem manutenção de freios, com pneus carecas, e sistema de suspensão vencido, e sujeito a quebras repentinas (situação agravada pela recessão e ausência de recursos por parte do usuário, para fazer os reparos tempestivamente).



O País flerta com o abismo na questão de acidentes. Não deveria. E há muito parou de contabilizar os prejuízos com a falta de prevenção de acidentes, na contramão do Mundo, que acaba de celebrar o lançamento da ISO 45001, em meados de 2018, justamente para estancar esta sangria, refletida nas incontáveis perdas de vidas, subtraídas de nosso capital humano, além do elevado custo social com as sequelas de acidentes. Vide Mariana e Brumadinho - histórias tristes e recentes, de como grandes empresas brasileiras, players mundiais, não investiram adequadamente em avaliação de risco e segurança, gerando mortes, destruição de valor, e ,prejudicando estas e futuras gerações, o que é absolutamente imperdoável.



Pois se até as pequenas e médias empresas, já estão operando a gestão integrada da saúde e segurança do trabalho, do meio ambiente e da qualidade, baseadas nas normas internacionais, ISO9001, ISO 45001 e ISO 14001, porque não elas, pergunto. Pois os empresários já fizeram as contas, e perceberam o enorme retorno que uma empresa tem, quando passa a eliminar as causas de acidentes e quase acidentes, nos pontos críticos de controle, utilizando-se para isso, as Ferramentas da Qualidade, e as boas práticas de gestão, principalmente com responsabilidade social. Por ser um tema relevante e fundamental para o crescimento do País, estamos lançando pela FGW Faculdade de Gestão Woli de Araxá -MG, um MBA de Gestão integrada da Qualidade ,100% EAD, abordando estes temas e normas, aplicando os mesmos na prática do chão de fábrica, chão de loja e chão de escola, e, na companhia de um brilhante time de profissionais, professores e convidados.



Schopenhauer, em 1860, afirmava:" Podemos pensar o que ninguém pensou, sobre algo que todos veem". Há uma cultura de descaso com a qualidade , MA e  segurança no País, no dia a dia, principalmente nas famílias: Crianças morrem afogadas em baldes dágua, ou, ficam marcadas para toda vida por queimaduras, devido à falta de prevenção e educação para segurança, das mães; Marquises de prédios e tetos de igrejas, hospitais , e escolas, desabam como castelo de cartas, por  falta de manutenção e, agora, no caso da cervejaria Backer, a falta de BPF, Boas Práticas de Fabricação –tirou a vida e/ou saúde de dezenas de pessoas, seus clientes, por falta de cuidado técnico básico, enfim, por pura falta de gestão.



Por isso, palmas para pastores de almas, que renovam telhados de igrejas, e cuidam de extintores de incêndio; para gestores de fábricas que aplicam a gestão integrada da qualidade, para prefeitos, que reformam marquises de velhos mercados municipais, recuperando a arquitetura do século passado, como em SP, BH e Uberlândia. Tal modelo de gestão, garante a qualidade dos produtos e serviços, preserva o meio ambiente, evita acidentes, preserva vidas, e, no caso das cidades, cria espaços culturais e de lazer fundamentais à Polis urbana.



             José Carlos Nunes Barreto

Pós doutor e Sócio diretor da DEBATEF Consultoria




sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Um Ano do Desastre da Vale em Brumadinho


" Nenhum trabalho será tão urgente ou importante, que não possa ser planejado e executado com segurança"
Petróleo Brasileiro- Petrobrás


Já a Vale, conseguiu desmoralizar as normas ISO de Qualidade , MA e Saúde Ocupacional, e várias ABNTs de barragens, ao articular e forjar falsos laudos, envolvendo até renomadas consultorias internacionais, antes do desatre ambiental e humano do rompimento da barragem do Feijão em Brumadinho, que só chora sua dor.

O que dói, é ler os processos do MP e escutar nas CPIs, que ela sabia de todos os riscos e pontos críticos fora de controle , através  de seus executivos, da alta e média administração: alguns provaram de seu próprio veneno, e morreram junto com inocentes funcionários, e suas famílias, no que pode ser o maior acidente de trabalho do mundo.

 Uma barbárie.

E hoje somos obrigados a ver sua propaganda, paga a peso de ouro na Globo( em horário nobre) "prestando contas à sociedade", depois de um desastre desses...É um descaso só.

É um crime abominável contra a população de MG, que permanece sequestrada em suas casas,  por dezenas de outras barragens, sem segurança e prestes a ruir.

Só agora, um ano depois,  foram indiciados os responsáveis pelo crime , e , alguém já disse que cada vida perdida em Brumadinho, vale o mesmo que 3 segundos desta maldita propaganda de alguns minutos , e que já zoa a cabeça dos contribuintes há meses.

Este é o escárnio.

Isto é Brazil!


                      José Carlos Nunes Barreto
Pós Doutor e Sócio- Diretor da DEBATEF Consultoria

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

O Paradoxo do Conhecimento


“Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos, erguem desdenhosamente a cabeça para o céu, enquanto que as cheias as baixam para a terra, sua mãe.”  Leonardo da Vinci

Após autorizar pelo INEP/MEC, o funcionamento de mais um curso superior no País( O de tecnologia em Produção e Design de Jóias,na capital de São Paulo), leio na volta, entre aviões e aeroportos, o livro "Gestão do Conhecimento" de Hirata Takeuchi e Ikujiro Nonaka- ed. Bookman, Porto Alegre , 2004, que conta como os executivos japoneses mais promissores e de empresas de sucesso, sempre eram transferidos para Havard,  Wharton ou Berkeley, nos EUA. Até que estadistas e pensadores de administração do Japão, fundaram a Hitotsubashi ICS, uma escola de administração de classe mundial, que exige para entrada em seus MBA's, uma experiência anterior de trabalho como qualificação para o ingresso. E, esta ação fez dela a principal escola do mundo em gestão do conhecimento.

Para entendermos o porque, voltemos à sociedade industrial de Taylor, com seus procedimentos científicos, para organizar e realizar o trabalho: nela o paradoxo era algo a ser eliminado. Para tanto, buscavam a simplificação das tarefas, e daí chegou-se à eficiência de produção, ícone do processo industrial. Na era da informação, décadas depois, houve tentativa semelhante de erradicar a ambiguidade, e desta vez, influenciada pelo desenvolvimento do computador, e das ciências cognitivas.

Nela, o melhor resultado só se tornou possível porque, os problemas complicados foram simplificados, e, as estruturas organizacionais se fizeram especializadas.

A complexidade do mundo real, nestes casos, foi decomposta em partes pequenas e simples, para que as pessoas as processassem. Os autores mostram então,  como a passagem para a sociedade do conhecimento, elevou o paradoxo, de algo a ser eliminado e evitado,para algo a ser aceito e cultivado, e avisam que,  quanto mais turbulentos os tempos, mais dicotomias  e paradoxos, que não são alheios ao conhecimento, pelo contrário, o conhecimento, por definição, é formado por dois componentes dicotômicos, e aparentemente opostos: o conhecimento explícito, e o tácito. Assim como a vida é formada por opostos: masculino e feminino, vida e morte, bom e mal.

O conhecimento explícito, é expresso em palavras, números ou sons ,e pode ser compartilhado na forma de dados, e especificações, via de consequência, consegue ser rapidamente ser transmitido aos indivíduos, formal e sistematicamente. Já o  conhecimento tácito, é altamente pessoal e difícil de   formalizar, sendo, portanto de comunicação e compartilhamento difícil. Nesta rubrica estão as intuições, palpites, subjetivos, que estão profundamente enraizados nas ações e experiências corporais dos indivíduos, assim como nos seus ideais, valores e emoções. São afinal, habilidades informais de difícil detecção, que caracterizam o "know How" de mestres e artesãos- um tesouro de especialidades-desenvolvidos nas pontas dos dedos, ou em " insights" e modelos mentais, que dão forma ao modo como  percebem o mundo.

Finalizando, o conhecimento não é explícito ou tácito. Ele é tanto explícito, quanto tácito, sendo inerentemente paradoxal, pois é formado do que se aparenta ser dois opostos. Logo temos de conviver com o paradoxo. Aceita-lo e enfrenta-lo. Tal como fazemos no Yin e Yang oriental, ou, do modo como utilizamos o fogo e a água, no processo industrial.

                 José Carlos Nunes Barreto
Pós -Doutor e Sócio diretor da DEBATEF Consultoria

Davos Ano 50

A afirmação do ministro da economia brasileira, Paulo Guedes, de que a pobreza no Brasil,
é a maior inimiga do Meio Ambiente, ( todos se apressaram em fazer a leitura literal do desmatamento da Amazônia, que é realizada por ricos e gananciosos grileiros, e não por pobres querendo comer)causou uma saraivada de críticas ao governo brasileiro.

Esta é uma afirmação antiga, entre os atores da gestão do MA, e que, somente enfoca um lado do problema,(a questão da falta de tratamento do esgoto, e do lixo em comunidades carentes) e carece de fundamento, pois quanto maior a riqueza das pessoas, maior quantidade de lixo elas geram, em média.

 Existem trabalhos científicos que comprovam isso, ao comparar(e pesar)quantidade de lixo gerada em bairros de classe média alta, e  bairros da classe D e E. Também se gasta mais energia quando se é mais rico, entre outros indicadores.

O príncipe Charles foi também criticado por viajar, a um evento dedicado em 60 por cento  dos painéis, à questão da sustentabilidade, em um jatinho com poucos passageiros, o que é a antítese da preservação do MA.

 Trump seguiu afrontando o conhecimento científico, ao negar o aquecimento da terra por gazes efeito estufa...A Greta chamou a todos de infiéis, por não ouvirem a ciência, e a neve continuou branca e chic sobre os 1% mais ricos do mundo.

Tudo como era antes no céu de Abrantes.


                  José carlos Nunes Barreto
Pós Doutor e sócio diretor da DEBATEF Consultoria
  

O Legado do Ano que Começa

A CIDADANIA, O LEGADO DO ANO NOVO E A FELICIDADE

“O legado do ano que começa

“De tudo ficam três coisas: a certeza de que estamos sempre começando, a certeza de que precisamos continuar e a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar. Portanto, devemos fazer da interrupção um caminho novo, da queda, um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro” (Fernando Pessoa). Certos anos nunca terminam: 1968 foi um deles, e este escriba era do adolescente de 17 anos à época daquela transformação social empreendida pelo babyboomers com o woodstock, e a tríade sexo, drogas e rock n’roll. 2001, com o ataque e destruição das Torres Gêmeas, foi outro ícone. E 2010, 10 anos depois, com a crise econômica do mundo desenvolvido, somado à Primavera Árabe, nos transmite a mesma sensação de que um novo tempo de mudanças está apenas começando.

Uma era de oportunidades e de transformações que nos colocam desafios como nação, que enumero: primeiro, realizar uma revolução educacional; segundo, uma revolução sanitária, em paralelo com a revolução sociológica que a partir de reformas estruturais desaguarão na implantação da igualdade social (as reformas tributária, política e fiscal), pois não queremos repetir a Grécia de 2011. Em terceiro, seria desejável a construção de um marco de gestão ambiental no país, como benchmarking para o mundo, aproveitando nossas vantagens comparativas inatas. Sobre esse tema é relevante lembrar a Rio + 20, que se realizará em 2012 com temas caros para o mundo, como as medidas necessárias para evitar maiores desastres climáticos com o aumento da temperatura da Terra.

Vale lembrar que a construção de Belo Monte vai em sentido contrário a esse paradigma, haja vista seu planejamento ter acontecido antes da agudização dos eventos do clima. E não será agora, depois de este governo ter jogado goela abaixo da sociedade essa obra, cujos impactos sociais e ambientais sequer são conhecidos em sua totalidade, que grupos econômicos ligados à mídia impressa e eletrônica queiram calar o debate, que deveria ter acontecido democraticamente antes de se tomar a decisão da construção. Infelizmente a maior parte da inteligência nacional não foi ouvida para proporcionar inovações e opções melhores que essa solução do século passado, e com custos menores. Há que se lutar pela consolidação da reforma do Judiciário, não permitindo retrocessos no controle externo desse poder pela Procuradoria do CNJ. É preciso aplicar a Lei da Ficha Limpa.

Se quisermos, poderemos fazer em cinco anos a principal revolução necessária ao país, a educacional, e para isso precisaremos de menos recursos e energia do que estamos devotando a Fifa para a realização da Copa de 2014, vide os acordos ora realizados no Congresso Nacional para a votação de leis específicas, muitas delas deletérias ao arcabouço institucional e jurídico da nação, como o favorecimento de acionistas de cervejarias através de venda de álcool em estádios. Tudo isso para uma entidade transnacional amoral e metida em escândalos de corrupção.

A revolução sanitária é simples de ser feita e, com ela, deixaríamos de gastar vários bilhões de dólares por ano com o SUS. Basta sanearmos as cidades brasileiras, construindo estações de tratamento de água e esgoto, além de aterros sanitários. Essas metas estratégicas farão girar a economia e os resultados ficarão para sempre como marcos favoráveis às atuais e futuras gerações de brasileiros, em vez dos elefantes brancos em que se converterão vários estádios de futebol agora construídos.”
(JOSÉ CARLOS NUNES BARRETO, Professor, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 4 de janeiro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9).